Política
Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 26 de abril
Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional
Sem consenso
O lançamento da pré-candidatura de Marco Rillo (PT) à Prefeitura de Rio Preto e dos nomes daqueles que vão disputar um cargo na Câmara, nesta quinta-feira (25), no reduto da esquerda na cidade, o Centro Cultural Vasco, na Boa Vista, aparentemente estava com um bom clima. Nada que demonstrasse a treta interna que a ala vem passando enfrentando. De um lado, o PCdoB não está tão fechado assim com o PT. De outro lado, Marcelo Henrique, o mais novo presidente do PV, está se armando.
Presenças
Marcaram presenças no encontro o deputado federal e também presidente estadual do PT, Kiko Celeguim, além da deputada estadual e vice-presidente da Apeoesp, Professora Bebel (PT). A cidade tem virado um destino frequente da ala petista. No último fim de semana, apareceram por aqui o deputado federal Vicentinho (PT) e o deputado estadual Simão Pedro (PT). Ambos fizeram um tour pela região e, como não podia ser diferente, passaram pelo Hospital de Base (HB) para uma visita.
Mais gente
Quem também compareceu ao evento foi a diretora da rede Lucy Montoro e professora da Famerp, Regina Chueire. A mais nova filiada do PSOL, com direito a destaque nas redes sociais do partido, demonstrou que está mais aliada à esquerda do que nunca. Ela deve disputar uma vaga na Câmara, mas ainda dá tempo de tudo mudar e ela acabar sendo a indicada da legenda-irmã para vice-prefeita na já batizada ‘Frente Amor Por Rio Preto’. A noite terminou no embalada por samba.
Atropelo
O fato dos três partidos, PT, PV e PCdoB, estarem unidos por uma federação muda todo o contexto de uma decisão. Na teoria, todos devem concordar com um nome para a disputa majoritária, independentemente da composição da chapa. Na prática, a teoria não funciona. O PT trouxe um considerado bom nome para a disputa, mas esqueceu da disputa de egos. Marcelo Henrique sempre teve interesse em ser prefeito de Rio Preto, mesmo sabendo quem tem pouca chance de ser eleito, e o fato do PT atropelar o processo democrático não está agradando.
Munições
Para o PCdoB, o nome para a disputa da Prefeitura de Rio Preto precisa ser mais bem discutido com todos da federação. Para o PV, não parece que vai ter muita conversa. Dizem que a insistência do PT em não abrir o diálogo e manter o nome do ex-vereador Marco Rillo sem negociar pode ir parar na Justiça Eleitoral. Marcelo Henrique é advogado e ex-presidente da OAB Rio Preto. Armamento para uma briga jurídica é o que não vai faltar.
Mais um nome na esquerda
Outro partido que já tem um nome para lançar é o PCO. Depois da campanha do professor Daniel Nhani, em 2016, que conseguiu angariar 629 votos, ou seja, 0,29% do eleitorado, a legenda nanica volta a cogitar entrar na disputa. Desta vez, o nome escolhido é o de Bruno Menendez. Consultor especializado em consórcios e no setor de divulgação de uma agência de notícias, o jovem é estudante de direito, de geografia e de ciências sociais.
Sem novidades
Conforme vai se aproximando o período eleitoral, parece que as novidades estão se findando e fica tudo um pouco mais do mesmo. Nesta semana, o comandante do CPI-5, coronel Fábio Cândido, postou um vídeo nas redes sociais que nada mais é do que nenhuma novidade. Ao lado de Eduardo Bolsonaro (PL), o militar ainda da ativa falou novamente que é pré-candidato a prefeito de Rio Preto e tem o apoio da família do ex-presidente.
Promessas
No vídeo, o “Zero Três” promete que “cedo ou tarde” vai voltar à cidade e trazer o pai, Jair Bolsonaro (PL). O único impedimento neste momento, segundo o deputado, é a agenda cheia. Um burburinho de que o ex-presidente venha para Rio Preto no dia 10 de maio já está rolando. Outro momento da fala de Eduardo Bolsonaro que chama a atenção é sobre o papel do comandante do CPI-5 em relação às escolas cívico-militares. O deputado diz que Fábio Cândido “tem acelerado todo o meio de campo” para conseguir unidades na cidade.
Enquanto isso
Enquanto Fábio Cândido fica na ativa e impedido de falar de eleições, Edinho Araújo (MDB) corre para cacifar o pupilo, o deputado estadual Itamar Borges (MDB). Nesta semana, o prefeito de Rio Preto levou o deputado beijoqueiro para visitar a secretária estadual de Esportes, Helena Reis. O partido da militar da reserva já declarou apoio a Itamar e o encontro, que foi divulgado como sendo para falar de novas areninhas para a cidade, deixou de fora o secretário municipal de Esportes, Fábio Marcondes (PL).
No escanteio
A verdade é que o MDB tentou compor com o PL, mas o orgulho de Marcondes foi maior e agora não tem muito mais o que se fazer. Fábio Cândido também deixou a desejar para Edinho. O militar em plena pré-campanha velada chegou a dizer que não se aliaria a alguém com mais de 140 processos, se referindo a Itamar Borges. Em palanques separados, a disputa tem tudo para partir ao destino comum de um atacando e o outro se defendendo.
Os pets na disputa
Filiado ao PL e pré-candidato a vereador pelo partido, Alexandre Montenegro tem adotado uma postura de grande opositor a Edinho Araújo. O ex-emedebista não foi bem visto dentro do antigo partido ao abraçar a causa animal e acabou jogado para escanteio. Com a raiva travada na garganta, Montenegro agora se alia ao deputado federal licenciado, Delegado Bruno Lima (Progressistas) e, nas redes sociais, anunciou para “breve” a criação da Embaixada Cadeia para Maus Tratos em Rio Preto.
No front
Montenegro não parou por aí. Além de usar as redes sociais para ironizar a tentativa de busca de empréstimo do Semae para ir buscar água no Rio Grande, ele recorreu ao Ministério Público (MP) com denúncias na área da Saúde. Segundo o GCM, ele protocolou uma denúncia formal sobre verificações e relatos a respeito da situação das UPAs. Ele diz que há ainda a denúncia de que médicos que não são pediatras estão sendo escalados na pediatria para cobrir a falta da contratação de profissionais.
Não agradou
O veto do prefeito Edinho ao Projeto de Lei do vereador Celso Peixão (MDB) foi bastante criticado na última sessão da Câmara. A proposta determinava que as salas de aula deveriam ser climatizadas, o que acarretaria em obrigar a Prefeitura a instalar aparelhos de ar-condicionado. Peixão e os demais vereadores não gostaram do veto e derrubaram, por unanimidade. Quem seguiu Peixão nas críticas foi Jorge Menezes (PSD). Ele partiu para o ataque a Fabiana Zanquetta, secretária de Educação, e acertou nos colegas de plenário.
Cobranças
Menezes defendia a derrubada do veto a um projeto dele, sobre a jornada dos psicólogos, mas acabou desabafando sobre outro veto, aos acompanhantes de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas escolas. O vereador cobrou atitudes dos colegas e Renato Pupo (Avante) ficou ofendido. Ao usar o microfone, o ex-tucano disparou que “o que eu tiver que falar, eu falo na cara, não fico de indiretas”. No final, tudo se resolveu com diplomacia, mas ficou bem nítido que doeu.