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Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 10 de maio

Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

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No foco

A denúncia que chegou de forma anônima no Ministério Público (MP) colocou uma pulga atrás da orelha de muita gente. O conteúdo da acusação diz que a assessora do vereador João Paulo Rillo (PSOL) e presidente do partido, Luciana Fontes, estaria acumulando cargo público e privado. A advogada é acusada de ter protocolado documentos no site do Tribunal de Justiça (TJ) durante o expediente na Câmara. Luciana não é chefe de gabinete, portanto, não deve dedicação exclusiva ao trabalho legislativo.

Anjos e demônios

Quem levou a culpa pela denúncia, mesmo que de forma velada, foi o deputado estadual Itamar Borges (MDB). O pré-candidato a prefeito de Rio Preto tem travado uma batalha pré-eleitoral com Rillo que envolve até inquérito na Polícia Civil. No entanto, há quem diga que a denúncia pode ser um “fogo-amigo” do presidente municipal do PV, Marcelo Henrique, já que a família Rillo e ele travam uma batalha interna na federação para disputar o cargo de prefeito da cidade. A treta envolve até uma história de que a Justiça Eleitoral pode ter de apaziguar a situação das legendas-amigas.

Tem mais

Apesar de ter mirado no homem de bigode como um inimigo a ser combatido a todo custo, tem quem defende que Rillo apenas está “colhendo o que plantou”. O vereador, durante os quase quatro anos de mandato, esteve à frente de diversas denúncias e discussões que, à princípio, soaram inocentes. Nas especulações, surgiram o nome do presidente nacional do PRD, Ovasco Rezende, cujo genro foi exonerado da Secretaria de Serviços Gerais após denúncia de Rillo de que ele era funcionário fantasma, e ainda pessoas ligadas às terceirizadas amplamente criticadas pelo vereador.

Cavalo-de-pau

A última sessão da Câmara, na terça-feira (7), foi recheada de momentos ímpares, daqueles que só vemos em ano eleitoral. A discussão era sobre o Projeto de Lei Complementar do Executivo que libera a contratação temporária. Numa tentativa de manobra, o presidente da Câmara, Paulo Pauléra (Progressistas), colocou todas as 12 emendas para votação em bloco. Azar o dele porque Rillo agiu rápido e pediu destaque de onze. Não teve como escapar. Rillo ocupou a tribuna por quase duas horas para falar sobre o projeto. Tudo dentro do Regimento Interno.

Abandono

O psolista teve tempo de sobra para falar tudo o que queria. Ele questionou a legalidade do texto, falou sobre direitos trabalhistas, discutiu com outros vereadores e muito mais. Renato Pupo (Avante) foi o primeiro a ficar descontente. O ex-tucano, que se apresentou como um defensor da proposta do Executivo, tentou argumentar com Rillo, mas não teve sucesso. Depois de disparar que o vereador da esquerda “só aceita debater com quem pensa igual a ele”, Pupo deixou o plenário dizendo que não ia mais discutir as emendas. Acabou que o projeto passou do jeitinho que o governo quis.

Porradaria iminente

Sobrou para o vereador Jean Charles (MDB) segurar Jorge Menezes (PSD) para que a sessão não acabasse em porrada. Menezes se irritou com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Municipal (ATEM), Fabiano de Jesus, e foi tirar satisfação de forma bem exaltada. O sindicalista chamou os vereadores de “sem-vergonha” e quase apanhou. Por sorte, a turma do “deixa disso” estava bem atenta e acalmou os ânimos de Menezes. Ele até votou favorável em uma ou outra emenda de Rillo.

Por trás de tudo

A proposta que gerou toda a discussão é uma estratégia do governo Edinho Araújo (MDB) para burlar a legislação eleitoral que proíbe a realização de concurso público em ano de eleição. Com a regra clara sobre a mesa, o recurso de processo seletivo simplificado permite a contratação de servidores de forma temporária para suprir a necessidade da Prefeitura. Cabe, no entanto, ressaltar que o texto do Executivo não define o número de contratados em cada pasta, mas abre uma brecha razoável para não contratar mais terceirizadas por enquanto.

Corrida eleitoral

Mesmo sem ser oficialmente pré-candidato a prefeito pelo PL, o comandante do CPI-5, Fábio Cândido, está trabalhando para colocar seu nome em destaque. Nesta semana, ele visitou o Hospital Bezerra de Menezes. O militar ainda da ativa diz que é pré-candidato a prefeito de Jair Bolsonaro (PL). Não custa lembrar que a esposa do provedor da unidade foi acusada de assédio eleitoral, em 2022, por ter, supostamente, associado o PT ao comunismo, nazismo e satanismo durante uma palestra na entidade. Na ocasião, a mulher teria dito até que “corre risco de fechar, caso o PT seja eleito”.

É, mas pode não ser

Fábio Cândido ainda segue como uma incógnita para as eleições. Ele diz ter o apoio do ex-presidente e a garantia de que será candidato a prefeito pelo PL, porém não foram apaziguados os rumores de que tudo pode dar errado para ele no partido. Os últimos movimentos do coronel não foram bem-sucedidos de público e os encontros públicos com o novo casal do Novo, Vaz de Lima, não tem contribuído para reduzir os rumores. Os três tiveram uma conversa no Mercadão na última semana.

Ventos circulares

O militar ainda da ativa tenta correr do prejuízo de estar usando a farda e não poder se dedicar à pré-campanha. Na última semana, ele tentou fechar uma visita do ex-presidente Bolsonaro a Rio Preto com o filho mais próximo dele, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL). A agenda não deu certo porque o ‘Zero Três’ foi para os EUA ver o empresário Elon Musk. Bolsonaro vem, mas ninguém sabe quando ainda. A princípio era dia 10 de maio, mas dizem que deve ficar para junho. Enquanto isso, o assessor de Fábio Cândido tem demonstrado uma postura questionável nas redes sociais.

Taxativo

Rodrigo Carmona tem sido o braço direito de Fábio Cândido e usado as redes sociais para promover o nome do comandante, mas também entrado em embate direto com membros de diversos grupos. Em um destes grupos, o assessor publicou uma reportagem da CNN sobre o “prejuízo milionário” de uma rede de restaurantes no país e o anúncio de uma possível venda da filial brasileira. Ele ainda acrescentou o comentário: “E o governo? Cofres cheios, obrigado”. Na sequência, ele foi alertado pela ex-assessora de Rodrigo Garcia de que a reportagem era mais ampla e mostrava que o prejuízo da empresa é global, mas respondeu com uma figurinha peculiar que mais pareceu um deboche.

Gratidão

O suplente de Fábio Marcondes (PL), Rossini Diniz (MDB), deixou o partido do dono da cadeira, mas ainda não deixou de seguir a cartilha. O até agora vereador propôs, e a Câmara aprovou, uma homenagem ao vereador licenciado e atual secretário de Esportes por “reconhecimento aos relevantes serviços prestados”. Na justificativa, o vereador de mandato-tampão narra um currículo de Marcondes e ainda cita que ele “tem deixado marcas na história da cidade”.

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