Política
Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 30 de agosto
Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional
Fábrica de memes
O debate eleitoral promovido pelo jornal Gazeta de Rio Preto em parceria com a OAB Rio Preto, na última terça-feira (27), rendeu diversos memes nas redes sociais. A fala que mais repercutiu, e não seria diferente, foi a do candidato Itamar (MDB) sobre o voto no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no segundo turno das eleições de 2022. A declaração não pegou bem para o candidato de centro em uma cidade com quase 70% do eleitorado bolsonarista.
Ato falho
Itamar até tentou corrigir, mas o estrago já estava feito. Em tom de brincadeira, durante o intervalo, o candidato chegou a pedir direito de resposta, admitindo que errou. Ele acabou aproveitando o momento das considerações finais para falar sobre aquilo que classificou como “ato falho” e afirmou que votou em Jair Bolsonaro (PL). Os atos falhos são considerados manifestações do inconsciente, revelando desejos, pensamentos ou emoções que a pessoa não está conscientemente ciente.
Confusão
Marco Rillo (PT) é político conhecido da cidade por discursos que começam em um assunto e terminam em outro completamente diferente. A novidade, durante o debate, foi que ele confundiu o nome dos candidatos. Ele chegou a ser informado por mais de uma vez que faria a pergunta para Bruno Menendez (PCO) e, nas duas vezes que iniciou a pergunta, falou “Marcelo”. Menendez não perdeu a oportunidade de comentar a situação em tom de ironia.
Estreantes
Este foi o primeiro debate de Bruno Menendez e Marcelo Zola (DC) como candidatos. Enquanto o primeiro nunca disputou uma eleição, Zola já está na segunda, mas foi candidato a vice-prefeito em 2020 e não participou de debates. Visivelmente nervoso e até um pouco agitado, Zola também foi parar nas redes sociais. O corte que viralizou do candidato foi o momento em que ele derrubou o microfone.
Bastidores
Os críticos de plantão e eleitores ficaram de olho somente naquilo que foi ao ar. Fora do enquadramento, a situação pode ser classificada como até tranquila. Os candidatos abusaram em pedir direito de resposta e não pediram quando deveriam pedir. Se falasse de dados divulgados sobre segurança pública ou no ex-presidente Bolsonaro, Coronel Fábio Candido (PL) se ofendia, mas não se manifestou em momentos em que foi nominalmente citado pelos adversários.
Direito de resposta
Outro também que pediu direito de resposta foi Marco Rillo, ao ser diretamente ligado a Lula. Por algum motivo, o candidato do PT se sentiu ofendido quando um dos adversários teceu críticas ao atual Governo Federal. Rillo levou um grupo bem barulhento para o debate, entre eles, o filho vereador João Paulo Rillo (PSOL), que por mais de uma vez descumpriu a regra de não se manifestar e atrapalhou o andamento do debate.
Metralhadora
Quem não economizou nas críticas foi Bruno Menendez. O candidato mais novo não chegou com discurso pronto, mas com as garras afiadas para atacar a todos. O jovem partiu contra Itamar, Rillo e Coronel Fábio Candido usando de diversos argumentos. Claro que Lula e Bolsonaro eram os favoritos, mas também passou por situações envolvendo o histórico político do candidato do MDB. As colocações dele fugiram um pouco do debate municipal e partiu até para economia do país.
Comportado
O único candidato que se comportou, dentro das regras estabelecidas pela comissão organizadora do debate, foi Marcelo Zola. Sem ataques diretos, o advogado partiu para o debate de ideias e um tanto quanto propositivo. Ele até tinha munição para atacar, mas preferiu ficar na dele e fazer do evento uma roda de conversa. Uma participação discreta, com momentos de críticas sutis, quase que imperceptíveis.
Não foi
O doutor Valdomiro Lopes (PSB) não compareceu ao debate. Na reunião para alinhar as regras, dias antes do evento, um assessor do candidato esteve presente e explicou que Valdomiro não se ausentou do mandato de deputado estadual para disputar as eleições. O representante chegou a pedir para que a data fosse mudada, mas a organização já estava pronta e foi completamente inviável atender ao pedido.
Confirmou
Cada candidato teve o direito de indicar cinco nomes para acompanhar o debate na plateia. A única regra estabelecida foi a de que não era permitido fazer lives durante o evento. Valdomiro confirmou presença e até indicou os nomes. No entanto, faltando cerca de três horas para começar o debate, o candidato encaminhou ofício dizendo que era impossível participar porque estava na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O lugar dele na mesa, que já estava definido, permaneceu.
Acompanhantes
Coronel Fábio Candido e Marco Rillo não levaram seus candidatos a vice. Itamar levou o ex-secretário de Comunicação de Edinho, Mário Soler, e o atual assessor da pasta, Milton Rodrigues. Marco Rillo levou o filho, João Paulo Rillo, e representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Municipal (Atem), Fabiano de Jesus. A presidente do PSOL, Luciana Fontes, participou como advogada.
Presentes
Mesmo que aparentemente Marco Rillo tenha levado mais gente do que era permitido, cabe ressaltar que o candidato do PT não infringiu as regras. Luciana Fontes, mesmo na condição de presidente de partido coligado, não estava na lista de nomes entregue por Rillo. Já na lista de convidados do candidato do PL estava a tenente Amália Paci, responsável pela comunicação da Polícia Militar. De celular na mão, a policial acompanhou o evento e fez diversos vídeos.
Balanço
Os candidatos quase não aproveitaram a oportunidade para apresentar propostas. O que foi posto não foi discutido ou devidamente esclarecido à população que acompanhou. Na maioria do tempo, foi uma chance de desferir ataques a Itamar. Como bem colocou o emedebista, foi um debate de quatro contra um. A ausência de Valdomiro foi pouco usada por todos que estavam ali. Em tempos de lacração na internet, cabe ressaltar que muitos cortes estão disponíveis para serem usados.
Corre-corre
Ao menos seis sessões solenes de entregas de homenagens estão marcadas para o próximo mês. Às vésperas da eleição, muitos vereadores vão aproveitar para agradar os eleitores com o mimo de entrega de medalhas. O objetivo não é claro. Pode ser conseguir a simpatia de quem tem a possibilidade de conseguir mais votos para o político ou angariar fundos para a campanha.
Proteção de dados
Os vereadores João Paulo Rillo, Odélio Chaves (Progressistas), Jean Charles (MDB) e Jorge Menezes (PSD) encaminharam ofícios ao presidente da Câmara, Paulo Pauléra (Progressistas), informando que não têm interesse em compartilhar os dados com a União dos Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp). A parceria entre a entidade e o Legislativo da cidade foi aprovada em plenário.
Sondagem
Tem mais uma pesquisa eleitoral nas ruas. O levantamento está devidamente registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e começou no último dia 27. A data para a conclusão é nesta sexta-feira (30). A sondagem é sobre a preferência do eleitor no primeiro turno, mas também simula um eventual segundo turno entre Valdomiro, Itamar e Coronel Fábio Candido. Além disso, os entrevistadores também devem aproveitar para avaliar o governo Edinho Araújo (MDB), o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o governo Lula.
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