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Tarcísio se emociona em entrega de casas da Favela Marte

Governador disse, em discurso, que morou em barraco e parabenizou as famílias por vencer a pobreza

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Bia Menegildo/Gazeta de Rio Preto

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se emocionou durante a cerimônia de entrega das chaves das 239 casas da Favela Marte, nesta sexta-feira (27), em Rio Preto. As famílias devem iniciar a mudança a partir deste fim de semana.

As lágrimas nos olhos de Tarcísio foram durante o discurso do fundador da Organização Não-Governamental (ONG) Gerando Falcões, Edu Lyra. “Nasci em um barraco e sei a importância de cada uma destas pessoas na transformação da favela que tinha aqui, sem infraestrutura mínima de sobrevivência, nestas casas lindas que estão recebendo hoje. Só quem cresceu em um barraco de chão batido sabe o que é pobreza e a importância de se vencer esta pobreza. Esse projeto pioneiro é a vida de muitas pessoas. É a vida que a gente quer para o brasileiro”, disse Lyra.

Visivelmente emocionado, o governador contou que também morou em uma favela na capital paulista. “É emocionante para quem já viveu em um barraco poder dar dignidade para famílias. Aqui tem crianças, jovens, pais, mães, avôs e até bisavôs que estão tendo suas vidas transformadas a partir de uma luta de um grupo por um lugar para viver com dignidade”, disse Tarcísio.

A construção das casas da Favela Marte, antiga Favela da Vila Itália se deu por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH) e da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). São 239 moradias definitivas para os moradores que contou com um investimento total de R$ 87,7 milhões, sendo R$ 47,7 do Estado, não apenas a construção das casas, mas também a urbanização e regularização de núcleos habitacionais na região. O empreendimento faz parte do projeto “Favela 3D”, desenvolvido em parceria com a Prefeitura local e a ONG Gerando Falcões.

Tarcísio reafirmou que o projeto da Favela 3D será implementado em diversos outros programas de urbanização. “O Favela 3D está incorporado ao nosso programa e vamos fazer mais abordagens em outras comunidades no estado. Estamos muito motivados a dar continuidade a esse tipo de trabalho em parceria com o pessoal da Gerando Falcões”, afirmou o governador.

A união de esforços entre o poder público e o terceiro setor resultou em um grande projeto de requalificação do espaço urbano. Mais do que o reassentamento habitacional de todos os moradores da comunidade da última favela existente em São José do Rio Preto em um núcleo habitacional desenvolvido, digno e seguro.

Construídas pela CDHU, as unidades habitacionais foram construídas pela têm sete tipologias diferentes, a depender da configuração familiar, com tamanhos que variam de 32 m² a 50 m².  “Nós queremos cada vez mais incorporar o Desenvolvimento Humano às ações da secretaria, de forma que a gente promova o desenvolvimento cuidando das pessoas e do futuro delas. Aqui foi um aprendizado”, destacou o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco.

Coube à gestão municipal a desapropriação do terreno e à ONG Gerando Falcões a terraplanagem e o pagamento do aluguel durante o período de desenvolvimento de projetos e da realização das obras.

Além da construção de moradias, foram feitas obras estruturantes, como os sistemas de abastecimento de água e coleta de esgoto, drenagem e pavimentação, até então inexistentes no bairro.  A urbanização prevê, ainda, a oferta de serviços e equipamentos públicos de saúde, educação, capacitação profissional e acompanhamento social. Entre as obras que têm sido executadas pelo Estado, está a Praça da Cidadania, que será um ponto de encontro para convivência, debates e apresentações culturais. O equipamento, de 386 m², será composto de duas salas multiuso, escolas de gastronomia, informática, moda e arte, beleza e bem-estar, horta, lavanderia, Banco do Povo, entre outros, com investimento estadual de R$ 2,7 milhões.

Além da Praça da Cidadania, a Companhia atua também na construção de imóveis comerciais. Serão entregues, em breve, nove edificações com 16 salas comerciais acopladas, sendo investidos R$ 804,6 mil, garantindo, dessa forma, a renda de muitas famílias que, anteriormente, já possuíam comércios na região.

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