Política
Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 11 de outubro
Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional
Batalha final
O último debate do primeiro turno das eleições municipais, realizado pela TV Tem, afiliada Globo, em Rio Preto, na última quinta-feira (3), colocou a cereja no bolo da disputa que ocorreu três dias depois, nas urnas. Com um placar final de três contra um, só faltou troca de carícias entre os candidatos da esquerda e da direita ao vivo. Não teve cadeirada, mas sobrou lacração justamente na emissora tão odiada pela direita.
Golpe de misericórdia
Como era de se esperar, não faltaram momentos de lacração no embate. De um lado, Valdomiro Lopes (PSB) passou despercebido com poucos e malfadados ataques. Marco Rillo (PT) se mostrou confuso, mais uma vez, e confundiu o ginásio Antônio Carlos Natalone com o Antônio Carlos Montanhez. Convenientemente, ou não, o candidato do PT chegou a mirar em Valdomiro ao dizer que fez “um ex-prefeito devolver dinheiro para a Prefeitura”, mas não deu nomes aos bois.
Lacração
Coronel Fábio Candido (PL) foi o destaque da noite. Ao dizer que Itamar (MDB) poderia sair algemado de dentro da Prefeitura, caso fosse eleito e condenado nos processos que responde, conseguiu aquilo que os eleitores da direita tanto gostam: momentos de glória. Claro que o candidato do PL esqueceu de explicar para que servem as algemas e isso ele jamais faria, mesmo sendo militar de carreira e sabendo que o utensílio é usado somente com justificativa de receio de fuga.
E assim foi
A população de indecisos, que ainda acha que política é espetáculo e deixa o voto para aquele que mais brilha durante a campanha, caiu no colo do coronel Fábio Candido. A campanha recheada de lacrações nas redes sociais foi a mais escolhida pelo eleitorado rio-pretense e garantiu a vitória do PL no primeiro turno, com mais de 40%. Resta saber o que ainda está guardado de lacração para o segundo turno.
Domingão definiu
A campanha bélica de coronel Fábio Candido foi a grande vitoriosa no domingo (6). Além de mostrar que o povo ainda gosta de poucas propostas e muito barulho, ainda conseguiu angariar o apoio de toda a esquerda antes mesmo do fechamento das urnas. Itamar conseguiu chegar, mesmo que aos trancos e barrancos, no segundo turno e aprendeu que o povo não se preocupa tanto assim com propostas para a cidade.
Resultados
Durante o discurso de vencedor, coronel Fábio Candido estava cercado de correligionários vestidos de verde e amarelo. Com sorriso de orelha a orelha, o candidato afirmou que estava feliz com o resultado e prometeu trazer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) novamente a Rio Preto. Também se mostrou disposto a acordos para a disputa do segundo turno.
Em segundo lugar
Itamar não se deixou abater com a segunda colocação para o segundo turno. Homem de muitos sorrisos, desta vez ele não conseguiu disfarçar a cara de preocupação com um sorriso por baixo do bigode. Apesar do clima de alívio por ter sido aprovado pelos eleitores para uma nova disputa, era visível que as coisas não tinham saído conforme o planejado e que era urgente e necessário o replanejamento da rota.
Pesquisas
O resultado nas urnas serviu para reforçar a tese de que as pesquisas são um retrato do momento. Até a última semana, os levantamentos mostravam Itamar e Valdomiro na frente e com folga para o emedebista. No entanto, já era evidente que a situação nas duas últimas semanas estava mudando. Para quem vê de fora, acredita na estória de que as pesquisas foram compradas.
Na esquerda
João Paulo Rillo (PSOL) terminou o domingo como o vereador mais bem votado da história de Rio Preto. Foram 9.968 votos no psolista. No entanto, cabe ressaltar que, apesar dos números, Rillo não teve a maior votação. Isso porque, em 1971, Nelson Seixas foi eleito vereador com 10% dos votos válidos. A votação de Rillo representa 4,56% dos votos válidos do último domingo.
Contestações
No final das contas, o PSOL fez apenas uma cadeira e Rillo segue sozinho no Legislativo. O PT, aliado histórico, nem atingiu o quociente eleitoral para ter direito a disputar uma vaga na Câmara, apesar dos mais de mil votos da candidata Celi Regina. A informação pegou muita gente de surpresa e virou confusão. O grupo de esquerda, que acompanhava a apuração no Centro Cultural Vasco, se desentendeu feio depois da divulgação dos eleitos.
Porradaria
Fabiano de Jesus (PSOL) teve 1.241 votos e esperava ser puxado por Rillo, o que não aconteceu. Descontentes, a equipe que trabalhou para o ex-sindicalista acusou Rillo de não ajudar a conseguir votos e ainda de usar o tempo de TV do PT, de Marco Rillo, pai de João Paulo, em benefício próprio. A confusão foi generalizada e sobrou para a turma do ‘deixa-disso’ acalmar os ânimos pra lá de alterados. Definitivamente, a esquerda rachou.
Psiu
Terminada a apuração das urnas, o que mais chamou a atenção dos eleitores foi o silêncio de Valdomiro Lopes. Deputado estadual e ex-prefeito de Rio Preto, todos queriam saber o que ele tinha a falar depois de não ter sido aprovado pela população para continuar na disputa. O pessebista só se pronunciou mais de 24 horas depois, por meio de um vídeo nas redes sociais.
Recado dado
A fala do ex-prefeito deu todos os indícios de que ele iria cair no colo do candidato do PL. “Foi uma batalha desigual. Tínhamos 50 segundos no programa de rádio e televisão, enquanto o nosso adversário tinha mais de cinco minutos”, disse Valdomiro. O pessebista ainda prometeu que irá continuar trabalhando na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), como deputado estadual, cujo mandato se encerra em 2026, sem citar Rio Preto.
Fiscais
Claro que a primeira sessão da Câmara de Rio Preto depois das eleições prometia. Ninguém sabia o que, mas sabia que prometia. E claro que não decepcionou. Quem pode assistir, na última terça-feira (8), se deparou com um novo circo, com direito até a plateia. Seis dos onze novos vereadores, que vão tomar posse no ano que vem, estavam lá para mostrar que estão ansiosos para ocupar um tempinho na tribuna.
Justificativas
Felipe Alcalá (PL), Alexandre Montenegro (PL), Professor Tadeu (União Brasil), Rossini Diniz (MDB), Klebinho Kizumba (PL) e Luciano Julião (PL) marcaram presença. Márcia Caldas (PL) estava com o neto, que nasceu na madrugada de segunda-feira (7). Alex do Valdomiro (PSB) foi no velório da avó. Já Abner Tofanelli (PSB), Jonathan Santos (Republicanos) e Jean Dornelas (MDB) não deram as caras por lá.
Salve-se quem puder
O espetáculo ficou por conta de Fábio Marcondes (PL) e Renato Pupo (Avante). Marcondes estava a fim de confusão. Mirou em Jorge Menezes (PSD), mas tomou um revés de paz e amor que não esperava. Na sequência, foi para o lado de Pupo e conseguiu ser o assunto da sessão. Karina Caroline (Podemos), na condição de presidente, proibiu Pupo de falar e, nervoso, o delegado tacou o microfone na mesa. Não quebrou, mas danificou.
Prato cheio
A troca de farpas é antiga e desta vez foi por conta de que Pupo corria o risco de não se eleger, uma vez que a chapa não tinha candidatos com potencial de votos, mas conseguiu. No meio do bate-boca, Pupo falou de um vídeo que mostra o passado de Marcondes. O vereador do PL, visivelmente nervoso, soltou a pérola: “se você está vendo vídeos, é cúmplice”.
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