Política
Federações de PT e PSOL pedem voto nulo no 2º turno em Rio Preto
Nota da Coligação “Amor por Rio Preto” pede que eleitores anulem o voto no dia 27 de outubro

Os partidos que compõem a Coligação “Amor por Rio Preto”, que teve como candidato a prefeito o ex-vereador Marco Rillo (PT) emitiram nota conjunta pregando o voto nulo no segundo turno das eleições municipais. As federações do PT/PV/PCdoB e PSOL/REDE conseguiram 25.156 votos, 11,45% dos votos válidos no primeiro turno, no último dia 6.
A nota, emitida nesta segunda-feira (14), pede que os eleitores votem 13, número do PT e usado pelo candidato Marco Rillo no primeiro turno, como forma de protesto. A validação do voto constitui a anulação do mesmo, fazendo com que passe a ser computado como votos nulos.
No documento, publicado nas redes sociais, o grupo relembra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e afirma que a manobra política foi arquitetada pelo MDB, de Michel Temer e de Itamar Borges. “O golpe na Dilma e a prisão do Lula abriram a porta do inferno para Bolsonaro passar”, consta.
Os partidos ainda citam os movimentos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2022, chamando a movimentação de “tentativa de golpe de estado”.
Em crítica direta aos candidatos coronel Fábio Candido (PL) e Itamar (MDB), a nota os coloca como “candidatos de extrema direita”, citando que ambos buscam o apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e apoiam o programa de escolas cívico-militares.
Por fim, os partidos ressaltam que respeita a decisão da população, mas pedem a anulação do voto dos eleitores. “Respeitamos a decisão soberana na população de nossa cidade, no entanto, diante desse quadro, é inadmissível colocarmos nossa digital ou sermos cúmplices dos projetos colocados para Rio Preto, de modo que orientamos nossos militantes e eleitores a um gesto político de resistência e apontamento para o futuro, indicando VOTO 13 como forma de repudio aos dois projetos de extrema direita e em forma de homenagem à decência, honestidade de nossa candidatura no primeiro turno”, consta na nota.
Confira o posicionamento da coligação na íntegra:
“Em 02 de dezembro de 2015, o Brasil sofreu um violento golpe institucional. A maior casa legislativa, composta em sua grande maioria por homens ricos e brancos, apearam da Presidência da República uma mulher digna, honesta e lutadora. Uma explosão misógina, reacionária e violenta, liderada por Aécio Neves, Michel Temer e dezenas de deputados, entre eles Edinho Araújo. Foram eles que arquitetaram e golpearam a primeira mulher eleita presidenta da República.
Foi no ventre do MDB que o fascismo contemporâneo brasileiro foi gestado e operado o maior golpe institucional da História recente. O golpe na Dilma e a prisão do Lula abriram a porta do inferno para Bolsonaro passar.
Em 08 de janeiro de 2022, após uma vitória democrática do Presidente Lula, a população brasileira assistiu estarrecida a uma tentativa de golpe de estado. O bolsonarismo, acolhido em diversas legendas e, principalmente no PL, foi o autor intelectual e o operador da nefasta e fracassada tentativa de destruição da democracia.
Em Rio Preto, a extrema direita golpista domina o segundo turno eleitoral, os rumos de nossa cidade exigem atenção e muita resistência de nosso campo. Qualquer tentativa de fazer de uma destas candidaturas em disputa um remédio contra um suposto mal maior seria um equívoco histórico e um rebaixamento do nosso programa defendido no primeiro turno.
Fábio Candido e Itamar Borges são candidatos de extrema direita. Aliados de primeira ordem de Tarcísio de Freitas, têm digladiado para alcançar o posto de quem é o mais bolsonarista, tanto que igualmente adotaram condutas negacionistas frente à pandemia. Fábio e Itamar defendem agendas políticas reacionárias e contrárias aos interesses da classe trabalhadora. No Plano de Governo que propõem para a cidade, ambos os candidatos se colocam em defesa da escola cívico-militar, por exemplo.
Essa dura realidade objetiva deve ser interpretada a partir da luta de classes e dos interesses financeiros que estão por trás de cada um deles. Além de observar com atenção a biografia – ou ficha corrida – de cada um. O candidato Fábio Candido é um ex-comandante da polícia militar, nunca exerceu cargo eletivo e se apresenta como o candidato do clã Bolsonaro e, por si só, isso já é uma barreira instransponível para qualquer sinalização de voto nessa candidatura.
O candidato Itamar Borges tem condenações graves por desvio de verba pública, sobretudo da educação, em seu histórico na administração pública. Ainda se encontra em andamento processo relativo a uma denúncia por formação de quadrilha e subtração financeira da prefeitura de Santa Fé do Sul, em que falsificava notas frias e Itamar ficava com 80% do dinheiro desviado. Há dois anos, tem abusado do poder político e econômico em nossa cidade, promovendo a utilização indevida da máquina pública para fazer campanha eleitoral ilegal, incluindo divulgação de mentiras sobre destinação de emendas parlamentares; a instrumentalização do partido Solidariedade para manobrar a cooptação de candidaturas com discurso progressistas e, assim, tentar enfraquecer e obstruir o desempenho dos candidatos de esquerda de nossa cidade; e divulgação de pesquisas fraudulentas que escondiam o crescimento da candidatura do nosso companheiro Marco Rillo.
Vale lembrar que, no primeiro turno, fomos fortemente atacados por Itamar Borges, que, para se defender dos seus gravíssimos processos e condenações, teve o disparate de fazer referência às armações de Sérgio Moro para atacar Lula e o PT.
Respeitamos a decisão soberana na população de nossa cidade, no entanto, diante desse quadro, é inadmissível colocarmos nossa digital ou sermos cúmplices dos projetos colocados para Rio Preto, de modo que orientamos nossos militantes e eleitores a um gesto político de resistência e apontamento para o futuro, indicando VOTO 13 como forma de repudio aos dois projetos de extrema direita e em forma de homenagem à decência, honestidade de nossa candidatura no primeiro turno.
Qualquer declaração de voto em qualquer um dos dois candidatos de filiados a partidos que compuseram nossa Frente são considerados gestos individuais, que não represam o conjunto de nossos partidos. No mesmo sentido, convocamos nossa base e apoiadores para intensificar e fortalecer a mobilização social de nossa cidade em defesa da Democracia e dos Direitos Humanos, visto que, neste cenário, qualquer um dos projetos eleitos visam a derrota da classe trabalhadora. Continuaremos a luta e permaneceremos nas ruas contra o fascismo!
FRENTE AMOR POR RIO PRETO
FEDERAÇÃO BRASIL DA ESPERANÇA – PT e PCdoB
FEDERAÇÃO PSOL/REDE”
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