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Confira os bastidores da política desta quarta-feira, dia 27 de novembro

Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

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De volta

O grupo do Novo desembarcou na transição de governo e agora está dentro de verdade. O partido fez parte da coligação e, junto com o PL, ajudou a eleger o coronel Fábio Candido (PL). Um tanto afastado do grupo do PL, bastou surgirem os burburinhos de que eles ficariam de fora da transição que tudo se resolveu. A presidente do diretório municipal da legenda, Sandra Reis, foi encaixada no grupo de Trabalho e o empresário Rafael Bernardo, no Planejamento.

De olho

João Paulo Rillo (PSOL) garantiu o repasse de R$ 140 mil para a festa dos blocos de rua, por meio de emenda impositiva. O governo entrou com mais R$ 50 mil para encorpar a festa dos foliões. As escolas de samba não vão ver a cor do dinheiro. O que chama a atenção é que o release com informações da equipe de transição disse que o dinheiro era para as escolas de samba e que o vereador que fez a emenda é do PT.

No silêncio

O prefeito Edinho Araújo (MDB) assinou o contrato do empréstimo de quase R$ 650 milhões para a construção da adutora para captar água no Rio Grande, na última sexta-feira (22). A ação só foi possível depois que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, publicou no Diário Oficial da União um despacho autorizando a transação. Um dia antes havia sido realizada uma reunião da equipe de transição e ninguém comentou o assunto.

CPI

Apesar do empréstimo ter recebido o aval do ministro de Lula (PT), Rillo não gostou da história. Em resposta à assinatura do contrato com a Caixa Econômica Federal, o vereador disse que pretende abrir uma CPI para “apurar o maior golpe administrativo da história da cidade e outros desmandos que pairam sobre a autarquia”. O vereador Renato Pupo (Avante) não demonstrou muito entusiasmo, mas disse que assina, se realmente for protocolado o pedido.

Auditoria

Já o vereador Pedro Roberto (Republicanos) deu a entender que o assunto até pode ser tratado pela Câmara, mas é melhor que o prefeito eleito o faça. O parlamentar disse que espera que coronel Fábio Candido realmente crie uma auditoria para tratar do assunto empréstimo. O pente fino foi uma promessa de campanha do prefeito eleito, que sempre se posicionou contra o empréstimo.

Ministério Público

Por meio de nota, coronel Fábio Candido disse que o caso será encaminhado para o Ministério Público (MP) “para que medidas cabíveis sejam tomadas, visando proteger a administração municipal e o cidadão rio-pretenses de quaisquer impactos negativos decorrentes dessas ações”. O prefeito eleito ainda falou em “conduzir o processo com seriedade, compromisso e respeito ao cidadão rio-pretense”.

Falando

O silêncio da equipe de Edinho foi exposto pelo vereador e vice-prefeito eleito, Fábio Marcondes (PL), durante a sessão da Câmara desta terça-feira (26). “Pasmem, senhores vereadores, estivemos juntos durante a tarde inteira [da quinta-feira (21)] e ninguém tocou no assunto. Nem no dia seguinte fomos informados de que o contrato seria assinado”, disse Marcondes. O ex-secretário de Esportes não se colocou contra buscar água no Rio Grande, mas disse que vai trabalhar para cancelar o empréstimo.

Amizades

Ainda na tribuna, Marcondes fez mais um desabafo. Segundo o vereador, o deputado estadual e candidato derrotado no segundo turno das eleições, Itamar Borges (MDB), abandonou a cidade. Isso porque o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, postou nas redes sociais uma lista com várias cidades que estão recebendo emendas dos parlamentares do partido. “Não preciso ter amizade com ele. Para mim não serve este tipo de amizade. Mas ele precisa se preocupar com a cidade”, disse Marcondes.

Na cola

Itamar está é bastante preocupado em se manter bem na fita como deputado. Na semana passado, ele colou no vice-governador Felício Ramuth (PSD), que esteve na região. Na passagem por Catanduva, o homem de bigode apareceu junto do diretor técnico do Sebrae, Marco Vinholi, em um encontro de prefeitos e vice-prefeitos da região. Mais tarde, seguiu para Bady Bassitt, onde entregaram uma escola municipal. Daqui dois anos tem eleições e a disputa por mais um mandato.

Visita

Além dos vereadores eleitos, tem outra pessoa que está sendo figurinha fácil na Câmara. Trata-se do tenente Norival Marques de Barros. Na última sessão, Bruno Moura (PRD) o saudou e fez uma observação interessante. “Se confirmar o que está correndo nos bastidores, o senhor vai tratar da comunicação aqui com a Câmara e isso vai ser bom”, disse o vereador. Oficialmente, o militar é o responsável pela gestão de documentos da equipe de transição.

E tem mais

Moura também deixou escapar que o vereador eleito Klebinho Kizumba (PL) deve ir para a Secretaria de Esportes. Não é novidade que o nome do ex-assessor de Marcondes está rolando pelos bastidores e que ele é um forte cotado para ser o herdeiro do vice-prefeito eleito lá na pasta. A novidade foi o assunto ter sido tratado de forma pública. Kizumba também já foi chefe de gabinete de Rossini Diniz (MDB), que ficou no lugar de Marcondes durante o último mandato.

Ampliações

A partir do ano que vem serão mais seis vereadores e, para acomodar a todos, o prédio da Câmara está passando por reformas. No local, há o gabinete do presidente. Um espaço maior e com mais salas para acomodar os assessores, uma vez que quem ocupa o cargo não deixa de trabalhar como vereador. Há também o gabinete do vice-presidente. Apesar de não ser oficial, é uma sala ao lado da sala do presidente, que facilita a comunicação.

Escolhendo

Os veteranos já estão de olho nas novas salas e os assessores também. Dizem que a equipe de Odélio Chaves (Podemos) está interessada em uma sala que fica com as janelas voltadas para a avenida Alberto Andaló. Outros mais velhos de casa também já estariam planejando deixar os móveis velhos para os novatos. Tradicionalmente, o vereador fica na sala que já ocupa e as demais são definidas por sorteio. De olho no conforto, a tradição pode passar batido.

Discretamente

Odélio Chaves, por enquanto, é o único candidato a presidente da Câmara. Ninguém, além dele, assumiu publicamente que está interessado no cargo. Nomes não faltam e a recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de anular a condenação de 11 vereadores sobre um caso de barganha de cargos, de 2009, pode incentivar mais gente a se colocar na disputa.

Ainda no silêncio

Um dos beneficiados com a decisão da Justiça é o vereador Jorge Menezes (PSD). Ele era o presidente da Casa na época do processo e o que mais comemorou a recente anulação da condenação. Na tribuna, o parlamentar atacou a imprensa e se disse vítima de perseguição. Com essa página virada, Menezes pode começar a cogitar aproveitar a oportunidade para lançar o nome ao cargo, 15 anos depois.

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