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Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 1º de novembro

Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

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O domingo (27) encerrou em alegria para uns e muito nervosismo para outros. Terminada a apuração das urnas, o candidato vencedor deu entrevista coletiva e fez discurso público. Coronel Fábio Candido (PL) foi carregado nos ombros por apoiadores e ovacionado por um grupo de pessoas que aguardava ansiosamente o resultado da apuração. Ali, em frente à Basílica, tinha gente de todo tipo, desde policiais até familiares.

Felicitações

Coronel Fábio Candido ressaltou os planos que tem para a cidade, os apoiadores, o vice-prefeito eleito, Fábio Marcondes (PL), e também o deputado estadual Valdomiro Lopes (PSB) e o deputado federal Luiz Carlos Motta (PL). Por telefone, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) também falou com o prefeito eleito e com o público. Desejou sorte e falou sobre os planos do partido para a futura gestão.

Discurso

Muitos fizeram uso da palavra, além do prefeito eleito. Quando o microfone foi passado a Valdomiro, antes de iniciar o discurso, alguém gritou “lixo” lá do fundo. Sem se importar, o deputado seguiu parabenizando a chapa e dizendo que “desde o primeiro minuto” declarou apoio ao PL. Valdomiro ficou mais de 24 horas em silêncio depois do resultado das urnas no primeiro turno e só fez um pronunciamento por meio das redes sociais.

Presentes

Muita gente estava presente em meio a festa que aconteceu em frente à Igreja Católica, na avenida que foi interditada. Pessoas que foram ali para comemorar junto aos trabalhadores da campanha e aos eleitos, inclusive vereadores. Quem também estava presente era a tenente Amália. A oficial estava ali para colher os louros da vitória, porém protagonizou uma cena que não é digna de um membro da corporação.

Escalão de baixo calão

Tenente Amália foi flagrada por esta coluna ofendendo a uma profissional da Imprensa. A cena foi a seguinte: depois de chegar sorridente e simpática, a militar pediu uma foto com a repórter e, ao receber a recusa, partiu para agressões verbais. Partidária da defesa da família, a primeira pessoa a ser ofendida foi a mãe da jornalista, com palavras de baixo calão. Na sequência, a tenente desfiou um rol de ataques sem quaisquer provas e saiu esbravejando outras tantas palavras de mais baixo calão.

Tem mais

Tenente Amália acusou a jornalista de ter se “vendido”, ressaltando uma suposta parcialidade durante o período eleitoral, valendo-se do argumento de que a profissional havia recebido dinheiro para não publicar informações sobre o candidato adversário, Itamar Borges (MDB). O único revide da repórter foi oferecer os próprios extratos bancários para comprovar que não houve a transação alegada, além da total incredulidade diante da situação.

Comunicação

A oficial da Polícia Militar é a responsável pela comunicação da corporação, mas demonstrou claro destempero e despreparo em lidar com a imprensa. Tirou o coturno e levou tudo para o lado pessoal. Dizem, nos bastidores, que ela é uma das cotadas para assumir um cargo na Secretaria Municipal de Comunicação. Mas, diante dos fatos, tudo leva a crer que se a nomeação se concretizar, a relação da pasta com a imprensa pode ser realmente truculenta nos próximos anos.

Postura

Em primeira análise, tenente Amália teria cometido os crimes de Difamação (pena prevista de detenção de três meses a um ano e multa) e Injúria (de um a seis meses e multa). Uma postura nada louvável para uma oficial da Polícia Militar, ainda mais diante de tantas testemunhas e em local público. Existe um limite entre vida política e vida pessoal que precisa ser respeitado e a policial, obviamente, o ultrapassou.

Momentos que antecederam

A véspera da eleição, no sábado (26), foi bastante agitada, principalmente no período noturno. Segundo a Polícia Federal (PF), foram ao menos cinco flagrantes de crimes eleitorais, não especificados. Um deles foi anunciado nas redes sociais pela presidente do Novo, Sandra Reis. No comunicado, as informações deveriam ser checadas junto à Polícia Militar. No entanto, a PM não se pronunciou.

No dia

Já no domingo, o clima era de vitória de ambos os lados, mas só até o fechamento das urnas. Durante a votação, Itamar foi bastante prudente, reduzindo os ataques ao adversário, e falou sobre confiar na campanha que apresentou durante o segundo turno. Acompanhado do candidato a vice na chapa, Dr Crivellin (PSD), do secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, e do prefeito Edinho Araújo (MDB), ele fez a fezinha dele.

Do outro lado

Coronel Fábio Candido cantava vitória antes da hora e, apesar de ter acertado o resultado de que sairia vencedor, errou feio na porcentagem. Ainda como candidato, ele disse que tinha informações que iria ganhar as eleições com 70% dos votos. Nem considerando a margem de erro de pesquisas de consumo interno era possível este resultado. O candidato do PL teve 59,97% dos votos válidos.

Comemorando

Quem comemorou o resultado das urnas de verdade foi o PT. Em uma postagem nas redes sociais do partido é possível ver uma conta básica considerado o número de eleitores aptos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foram 40,8% de votos brancos, nulos e abstenções, enquanto Coronel Fábio Candido teve 35,5% e Itamar, 23,7%. Na prática, o partido afirma que três em cada dez eleitores votaram na chapa do PL.

Conversando

Como é comum no dia da eleição, os delegados dos partidos acompanham a abertura e o fechamento das urnas. Com isso, antes mesmo da apuração oficial, já é possível ter um resultado parcial, mas relativamente confiável da votação. Foi aí que o climão se instalou em um dos lados. Não deu, mas tinha que se pronunciar. Visivelmente chateado, Itamar agradeceu a todos que estiveram ao lado dele e anunciou que ia conversar com a equipe.

Repercussão

A votação virou tema de discussão na Câmara de Rio Preto. Na sessão da última terça-feira (29), os vereadores falaram sobre o resultado das urnas de forma bastante tranquila. Metade deles estava cabisbaixa e outros tantos já se mostraram dispostos a conversar com a chapa vencedora. O discurso mais “dito pelo não dito” foi o de Odélio Chaves (Podemos). O vereador disse que as “urnas deram um recado que precisa ser considerado nas próximas eleições”.

Baixaria

Os vereadores que falaram sobre a campanha eleitoral do segundo turno aproveitaram para criticar a forma como tudo foi feito. Com um “nível lamentável”, avaliaram que esta foi a pior campanha dos últimos tempos. Fato é que os coelhos tirados da cartola nos últimos momentos de disputa não agradaram aos eleitores. Sobraram ofensas e falta de vontade de se discutir o futuro da cidade. Faltaram explicações sobre como pretendiam tirar o plano de governo do papel.

Denúncia

Bruno Moura (PRD) foi à tribuna relatar que sofreu ameaças. O vereador disse que ficou sabendo que “mandaram prender” ele, caso fosse flagrado em situação suspeita. Moura deixou o perfil “paz e amor” de lado e afirmou que foi o primeiro a pular no barco do MDB e declarar apoio a Itamar. Realmente, Moura aparece em uma das fotos usadas incansavelmente pelo PL para sugerir uma ligação do adversário com facção criminosa.

Republicano

Fábio Marcondes agradeceu os votos recebidos e fez um discurso dirigido mais diretamente aos vereadores. O vice-prefeito eleito confirmou que vai fazer parte da equipe de transição e falou em união dos poderes para governabilidade. Um discurso que vai ao encontro do que os vereadores pediram: diálogo entre as partes pelo bem da cidade.

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