Política
Prefeitura aponta três áreas para implementação da Universidade Federal
Frente Parlamentar da Câmara de Rio Preto pretende buscar ajuda financeira junto a deputados estaduais e federais
A Prefeitura de Rio Preto indicou três áreas para a implementação de um campus da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), anunciada recentemente pelo Governo Federal. Todos os terrenos ficam próximos à região do antigo Instituto Penal Agrícola (IPA).
A anúncio foi feito nesta quinta-feira (28), durante uma reunião de membros da Frente Parlamentar, na Câmara de Rio Preto. O grupo é presidido pelo vereador João Paulo Rillo (PSOL) e tem como membros outros políticos, além de integrantes da UFSCar, docentes do Instituto Federal de Rio Preto e das universidades federais de Uberlândia, Jataí, Mato Grosso do Sul e Goiás.
De acordo com a Prefeitura de Rio Preto, é possível que a universidade seja instalada em três locais diferentes. Um deles é parte do antigo IPA, enquanto o outro é um terreno de 36 hectares entre o Parque Tecnológico (Partec) e o antigo IPA e, por fim, uma área ao lado do Partec.
O maior terreno é também o preferencial pelo tamanho. São 70 hectares que fazem parte da área do antigo IPA, mas que foi doado pelo Estado e as matrículas ainda não estão todas regularizadas.
Na mesma região, fica uma área de 36 hectares, entre o Partec e o antigo IPA. O espaço é menor e atualmente pertencente à Unesp.
A terceira possibilidade apresentada pela Prefeitura de Rio Preto fica ao lado do Partec. As dimensões não foram divulgadas, mas foi informado que é uma área menor que as demais.
A Frente Parlamentar espera que a doação ou a cessão de um dos terrenos seja feita ainda neste ano. Até que a nova unidade educacional seja construída em Rio Preto, o prédio do Instituto Federal do município poderá abrigar as primeiras atividades da universidade, permitindo a abertura de um ou dois cursos até 2026.
O reitor da Universidade Federal do Rio Grande (UFRG), professor Danilo Giroldo, um dos profissionais que está à frente da implementação da universidade federal em Rio Preto, participou do encontro de forma online. Ele informou que entre janeiro e fevereiro de 2025 será realizada uma análise das características socioeconômicas, culturais e educacionais do município. “Vamos ouvir os segmentos de Rio Preto, atores sociais do território, coletar as percepções da sociedade e apresentar tudo para a UFSCar.” Na sequência, em mais um ou dois meses, será feito o processo inverso. “Vamos apresentar Rio Preto para a UFSCar”.
O cronograma prevê ainda a realização de audiências públicas para que, no período entre maio e junho de 2025, possa ser construído um documento-referência, no qual conste a vocação do campus rio-pretense, os cursos e as plataformas de extensão educacional. Depois disso, será possível falar da implantação da universidade, para se ter, em março de 2026, um ou dois cursos em Rio Preto, dos seis previstos para a cidade.
De acordo com Rillo, sobre os recursos para o novo campus, estão previstos do governo federal R$ 60 milhões de reais – sendo R$ 50 milhões para construção e R$ 10 milhões para equipamentos. Para garantir mais aporte financeiro para a edificação, sustentação e expansão da universidade federal em Rio Preto, Rillo explicou que a Frente Parlamentar vai emitir ofícios para deputados estaduais e federais com o objetivo de angariar emendas parlamentares.
A Frente vai também encaminhar ofício à Casa Civil do Estado de São Paulo, solicitando agilidade na tramitação e consolidação das matrículas das áreas relacionadas ao antigo IPA. Já à Prefeitura de Rio Preto e à equipe de transição do governo municipal, o colegiado da Câmara vai solicitar celeridade nos trâmites para doação ou concessão por 20 anos de área para a UFSCar edificar novo campus em Rio Preto.