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Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 17 de janeiro

Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

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Caso de Polícia

O caso dos supostos “médicos fantasmas” nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Rio Preto foi parar na Polícia Civil. A investigação ficou a cargo do delegado Marcelo Ferrari, do 1º Departamento de Polícia. Registrada como “prevaricação”, a investigação já conta com prints de conversas e a escala de produtividade dos médicos, que comprovariam o atendimento reduzido por parte dos profissionais de saúde.

O registro

O caso foi registrado na segunda-feira (13), dois dias depois que o prefeito Coronel Fábio Candido (PL) anunciou que o faria. A denúncia foi apresentada por uma assessora do gabinete e dois agentes da Guarda Civil Municipal (GCM). Os três disseram que foram chamados pelo prefeito e pelo secretário de Saúde, Rubem Bottas, para averiguar as denúncias de demora no atendimento.

Investigação

Agora, como disse o secretário de Saúde, a investigação ficará a cargo da Polícia Civil e do Ministério Público (MP). Enquanto o primeiro deverá analisar as provas e ouvir os envolvidos, o segundo deverá focar na qualidade dos serviços prestados, com base em um inquérito aberto a partir de denúncias feitas no Conselho Regional de Medicina (CRM). No MP, a apuração ficou a cargo do promotor Sérgio Clementino.

Prejudicados

Enquanto isso, a população é ainda mais prejudicada e os médicos ficam vulneráveis. Se antes mesmo desta balbúrdia na Saúde o tempo de espera em uma UPA chegava a cinco horas, agora há relatos de mais de 12 horas para finalizar um atendimento. Com unidades que chegam a ter mais de dez consultórios, muitas das vezes é só um médico que atende pacientes. A revolta do povo é descontada nos profissionais de saúde.

Diálogo

O que não houve, ao menos não foi publicizado até agora, é uma iniciativa de diálogo. Nesta quarta-feira (15), o Sindicato dos Médicos emitiu uma nota dizendo que tomou ciência de um áudio supostamente vazado sobre a demissão de duas médicas pela Prefeitura de Rio Preto. O documento encerra dizendo que a entidade enviou ofícios à Secretaria Saúde e à Prefeitura solicitando reuniões para diálogos, “aos quais não obtivemos resposta”.

Fake news

A presidente do sindicato que representa os médicos desmentiu a história de demissão. Ela divulgou um áudio no qual conversa com uma pessoa, funcionária de órgão não identificado, sobre os supostos desligamentos. A funcionária fala com outra pessoa e retorna para a médica, negando que tenha havido qualquer dispensa. O nome da pessoa foi omitido no áudio, mas ficou claro que se tratava da apuração de uma informação falsa.

Refrescando

A história toda começou com o vereador Anderson Branco (Novo), base do prefeito na Câmara, que foi até a UPA Jaguaré averiguar denúncias de supostos “médicos fantasmas”. A confusão parece que saiu do controle, sendo necessário até a presença da Polícia Militar. O alvo da fúria do parlamentar foi a médica Merabe Muniz, até então diretora técnica da unidade. Em resposta, ela ameaçou de processar Branco por calúnia e difamação.

Consequências

Descontente com o tratamento recebido, Branco levou as denúncias ao secretário de Saúde, que determinou a abertura de processo interno de apuração. Como aparentemente ninguém conversa pessoalmente, só através da imprensa, foi por meio dos veículos de comunicação que Merabe Muniz ficou sabendo que é uma das investigadas. Quando parecia que o barraco ia acabar, recomeçou.

Andamentos

Por fim, o que se pode falar com toda certeza é que, além das investigações da Polícia Civil e do MP, há ainda o processo interno da Secretaria de Saúde para apurar as denúncias de supostos médicos fantasmas. Enquanto isso, nenhuma melhora de fato para a população que continua enfrentando horas de filas nas UPAs. Muito barulho para pouco resultado imediato.

Mobilização

Os vereadores também se mobilizaram e criaram a Frente Parlamentar em Defesa da Saúde. A reunião aconteceu em pleno domingo (12), chamada pelo presidente Luciano Julião (PL). No dia seguinte, os vereadores foram recebidos por Bottas e pelo prefeito. No entanto, as assessoras dos vereadores João Paulo Rillo (PSOL) e Renato Pupo (Avante) não puderam participar. Era um encontro só para os eleitos, sem representantes.

Terceira faixa

O prefeito anunciou a construção da terceira faixa na rodovia Washington Luiz, entre Mirassol e Cedral, como se fosse uma obra da Prefeitura de Rio Preto. Para quem não se lembra, a obra faz parte do pacote de contrapartidas de concessão da rodovia e está a cargo da concessionária Econoroeste. Nas informações divulgadas no site oficial da Prefeitura não consta a data do início das obras.

Modernização

Conforme publicação no Diário Oficial, o prefeito Fábio Candido criou a Comissão de Estudo para a Modernização da Gestão Pública Municipal. O objetivo do grupo é analisar e propor uma reestruturação administrativa no Poder Executivo. Foram nomeados representantes do gabinete do prefeito, das secretarias de Obras, Planejamento, Administração, Fazenda, Comunicação e Procuradoria-Geral do Município.

Mudanças no Regimento Interno

O vereador João Paulo Rillo apresentou uma série de Projetos de Resolução para mudar o Regimento Interno da Câmara e o andamento das sessões. Entre eles, há a proposta da obrigatoriedade de reuniões semanais com líderes partidários, o direito de fala de todos os vereadores durante a discussão de um projeto e a mudança no horário de início das sessões para 17h.

Faltou

O que faltou algum vereador apresentar foi a mudança no tempo de duração das sessões. A matemática por detrás da alteração é simples. Cada vereador tem, de acordo com o atual Regimento Interno, cinco minutos de fala na tribuna. O tempo é usado para debater qualquer assunto e alguns não utilizam, como o Francisco Júnior (União Brasil). No entanto, a primeira parte da sessão tem apenas duas horas de duração.

Matematicamente

Com 23 vereadores na casa e cada um deles com direito a cinco minutos, serão necessários 115 minutos somente para a fala dos parlamentares, o que corresponde a uma hora e 55 minutos de uso da tribuna. Na primeira parte da sessão, os vereadores ainda devem votar requerimentos, indicações e moções. Também é o tempo de leitura das propostas protocoladas e de tribuna livre, de dez minutos, aberto à população.

Líder do MDB

Edinho Araújo Filho, presidente do diretório municipal do MDB, indicou o vereador Jean Dornelas para ser o líder do partido na Câmara. A decisão foi comemorada por Dornelas. O parlamentar não teve direito a nomear cargos no Procon, como esperava, e agora pode virar uma pedra no sapato do governo. O partido tem três vereadores, segunda maior bancada, e escolheu o menos ligado ao governo para a liderança.

PSD

A direção do Procon de Rio Preto ficou com o PSD. Fernando Francisco Papa é indicado do vereador cabo Júlio Donizete (PSD). A nomeação do advogado é um afago para o partido do secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, e acaba também por agradar a Jorge Menezes (PSD), que estava descontente com a nomeação de Dinho Alahmar como interlocutor entre Executivo e Legislativo.

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