Política
Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 21 de fevereiro
Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

Na base
O vereador Dr. Tedeschi (PL) foi um dos grandes destaques da última sessão da Câmara, de terça-feira (18). A começar por ter falado que o colega de plenário João Paulo Rillo (PSOL) era do PT. Depois, o parlamentar da base governista disse que tem discordâncias sobre o Projeto de Lei Complementar que cria a subprocuradoria, órgão para cobrar dívidas de contribuintes com a Prefeitura de Rio Preto.
Reforços
Era nítido que Dr. Tedeschi e parte dos vereadores do PL não concordavam com a íntegra do projeto. No entanto, a base do prefeito Coronel Fábio Candido (PL) na Câmara não o abandonou e aprovou o texto. Odélio Chaves (Podemos) foi um dos que saiu em defesa e, de quebra, não economizou elogios ao secretário de Serviços Gerais, o promotor José Heitor dos Santos.
Promessas
Em uma espécie de empreitada silenciosa, Jean Dornelas (MDB) tem feito oposição ao governo. Discreto e com parcimônia, o vereador tem sido sorrateiro, agindo pelos bastidores. Dornelas, inclusive, faz parte de um seleto grupo de emedebistas que segue em contato com o ex-prefeito Edinho Araújo (MDB). O recado foi dado: “vamos esperar a ressaca pós-carnaval”.
De butuca
Durante a semana, em silêncio, Edinho reuniu alguns daqueles que fizeram parte do mais alto escalão de seu governo, quando estava à frente da Prefeitura de Rio Preto. Jair Moretti, Nicanor Batista Júnior, Pedro Nimer, Mário Soler e Zeca Moreira participaram da resenha. Na pauta, a volta do ex-prefeito para o cenário político de 2026. Dornelas estava junto.
Revolta
Rillo partiu para cima do presidente da Câmara, Luciano Julião (PL). Se fosse membro da bancada da bala, o psolista estaria armado até os dentes. Porém, Rillo tem se mostrado, mais uma vez, um grande articulador de bastidor. Na última sessão, o vereador falou que retirou dois Projetos de Resolução depois de um acordo com membros da Mesa Diretora, mas que ficou a ver navios.
Desrespeitado
Segundo Rillo, houve uma negociação para que fossem retiradas as propostas de início das sessões às 17h e de vereadores usarem o tempo de liderança a qualquer momento da sessão. Em contrapartida, as sessões iriam até às 20h e o tempo de liderança seria usado no início da segunda parte da sessão. Rillo afirma que concordou e votaria a favor até de assessores poderem ficar transitando no plenário durante as sessões.
Protocolos
Outra contrapartida, segundo Rillo, era que fossem lidas as propostas de alterações já na sessão de terça, o que não aconteceu e ocasionou a revolta. Ainda de acordo com Rillo, tinha 14 pessoas presentes, entre vereadores e assessores e, depois que as propostas iniciais foram retiradas, foi quando o presidente o informou que tinha líderes que não concordavam.
Consequências
A revolta de Rillo é justificada porque, de acordo com o Regimento Interno, as propostas apresentadas por ele e retiradas em seguida, também por ele, não podem mais ser apresentadas por ele neste ano. “Eu me sinto desrespeitado. Eu queria que o presidente se manifestasse”, disse Rillo. Julião não se manifestou e nenhum Projeto de Resolução foi apresentado até o fechamento desta edição.
Vale a pena ver de novo
Jorge Menezes (PSD) voltou a mirar na Secretaria de Serviços Gerais. Sob novo comando, o vereador disse que nada mudou por lá e que, “se a culpa de tudo é do antigo secretário”, o Ulisses Ramalho, era para chamar ele de volta. A verdade é que todos os parlamentares têm enfrentado dificuldades para conseguir falar com o secretário, que “não atende telefone desde quarta-feira (12)”.
Pede para sair
Menezes também falou sobre a Secretaria da Saúde e deixou claro que a patente tem sido um fator importante dentro do governo. “Não vou aqui alisar secretário só porque é coronel, porque é capitão, só porque é sargento”, disse o vereador na tribuna. “Coloca uma sandália havaiana, seja mais humilde”, acrescentou Jorge depois de criticar o advogado Paulo Gouveia, a quem chamou de “secretário adjunto”.
Animal
A sessão foi bastante tensa. Tinha vereador revoltado de tudo que era lado, inclusive do PL. Alexandre Montenegro (PL), herdeiro da causa animal, mostrou descontentamento com a Secretaria de Comunicação. “Evento é legal, evento traz pessoas, mas a gente precisa ouvir quem entende e eu gostaria mais de ser ouvido em temos de políticas públicas”, disse.
Dificuldades
Montenegro mandou um recado bem direto à secretária Amália Paci. “A Amália faz um trabalho importante, foi uma excelente policial militar. Faz um trabalho também com a governança. Mas a gente não precisa fazer evento para postar foto com cachorro”. Chamou a atenção também que o vereador deu a entender que partiu dela a ordem de fechar o portão de acesso entre a Câmara e a Prefeitura.
Recorde
A sessão se estendeu até quase 21h e foram votados somente dois projetos. No entanto, as discussões foram em torno das emendas. Nenhuma delas passou, mas rendeu justificativas de todos os lados. Isso porque o assunto era reajuste de salário dos servidores públicos. Com representantes do Sindicato da categoria presente, tinha mesmo que tentar deixar tudo às claras.
Puxão de orelha
Na condição de servidor público, o agente da Guarda Civil Municipal (GCM), Montenegro, votou a favor das emendas de Rillo e Renato Pupo (Avante). Abner Tofanelli (PSB) também se posicionou como defensor da categoria. O problema é que ambos esqueceram das consequências que isso poderia gerar. Os dois foram chamados para uma conversinha séria com o Secretário de Governo, Dinho Alahmar.
Militarismo
Claro que tudo que veio a público na sessão é apenas uma pequena parte do que realmente acontece. Nos bastidores, tem vereador da base extremamente revoltado e que evitou falar o que de fato está acontecendo em público. “Os desabafos são daqueles que não tem experiência e não sabem o que lidar com o governo. Eles estão descobrindo o que é militarismo, principalmente os novatos”, afirmou.
Barrados
Um dia depois da sessão, as coisas ainda aconteciam. Em um vídeo postado nas redes sociais, Pupo contou sobre uma “uma situação constrangedora”. Segundo ele, a convite de Pedro Roberto (Republicanos), ele foi para a Secretaria de Assistência Social, juntamente com cabo Júlio Donizete (PSD) e Odélio Chaves, para participar de uma reunião, mas passaram por uma situação que classificou como “humilhante”.
Tchau
A reunião era para falar sobre as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), com o secretário Frederico Izidoro. “Pasmem, quando chegamos lá, quase fomos impedidos de entrar”, diz Pupo no vídeo. Ainda segundo o vereador, o secretário iria receber apenas Pedro Roberto. Ele e Odélio deixaram o gabinete. Pupo termina com ameaça de convocação do secretário.
Babélico
O que falta para formar uma barulhenta oposição ao governo é união. Dornelas já se posicionou, mesmo que discretamente. Rillo segue em cima do muro, mas já deu indícios de que não está disposto a ser muito amigo. Menezes voltou a alfinetar o secretariado. Montenegro também não se calou quando não foi ouvido. Abner está se entendendo como um estranho no ninho. E, por fim, Pupo que sempre foi independente.
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