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Câmara abre CPI para investigar contas do governo Edinho

Comissão terá 120 dias para apuração, prazo que pode ser prorrogado

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Divulgação/TV Câmara

A Câmara de Rio Preto instaurou, nesta sexta-feira (28), uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades nas contas da administração do ex-prefeito Edinho Araújo (MDB) entre 2021 e 2024. O pedido foi protocolado pelo vereador João Paulo Rillo (PSOL) e conta com o apoio de outros oito parlamentares.

Entre as principais questões apontadas no requerimento estão o suposto endividamento do município, o uso irregular de fundos especiais, o déficit atuarial da RioPretoPrev — previdência dos servidores municipais — e movimentações orçamentárias atípicas.

O documento também cita o uso de verbas dos Fundos Municipais do Idoso e da Criança e do Adolescente entre 2023 e 2024, além de financiamentos com contrapartidas financeiras e a alienação de áreas públicas. “Houve um endividamento orçamentário na gestão municipal entre 2021 e 2024, sendo necessário recorrer a diferentes mecanismos para cobrir o rombo financeiro”, afirma Rillo.

Outro ponto levantado é o empréstimo de R$ 300 milhões para a execução de 42 obras, aprovado pela Câmara em 2021. O parlamentar destaca que, no período, foram assinados diversos decretos de abertura de créditos suplementares, o que teria comprometido a reserva do município destinada a situações emergenciais.

“É necessário investigar as manipulações orçamentárias de 2023 e 2024, o efetivo recebimento de emendas parlamentares e apurar possíveis desvios de finalidade, abuso de poder político e o uso da máquina pública para promoção pessoal e política”, justifica Rillo no documento.

Além do vereador do PSOL, assinaram o pedido de CPI Alexandre Montenegro (PL), Pedro Roberto (Republicanos), Jorge Menezes (PSD), Jonathan Santos (Republicanos), Márcia Caldas (PL), Abner Tofanelli (PSB), Felipe Alcalá (PL) e Dr. Tedeschi (PL).

Por ter protocolado a abertura da CPI, Rillo deverá presidir a comissão. Ainda será realizado um sorteio para definir o relator, o membro e o suplente.

O prazo inicial para os trabalhos é de 120 dias, podendo ser prorrogado por igual período. O ex-prefeito Edinho Araújo disse que não vai se manifestar sobre a investigação.

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