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Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 21 de março

Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

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Milei, não!

Anderson Branco (Novo), que recentemente adotou costeletas e bigode, afirmou que não foi por causa do presidente argentino Javier Milei. O vereador rio-pretense, que já pediu que o hino da Argentina fosse tocado na sessão, após a vitória de Milei nas urnas do país dos “hermanos”, prefere, agora, ser comparado ao narcoterrorista colombiano Pablo Escobar. Pode-se dizer que o rompimento com a direita está na cara.

FARCs

Branco se referia ao fato de ter virado oposição ao governo de Fábio Candido (PL) antes mesmo dos resultados das urnas. “Pelos recentes acontecimentos aqui, estou de relações cortadas com esse povo que acredita no Milei”, disse o vereador sorridente. “Quero ficar mais perto das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) neste momento”, completou Branco em tom de piada.

Programação

O vereador do Novo está de olho nas eleições de 2026 e com medo do que pode acontecer com o partido no futuro não muito distante. “Depois da destituição do Novo aqui, que era provisório, o partido ficou comigo. Estou em contato direto com o diretório estadual e já sei que eles querem um candidato forte a deputado aqui na região, seja federal ou estadual. O partido corre o risco de desaparecer, como o Patriota”, explicou.

Oposição forte

No final de janeiro, Branco mandou um requerimento ao Executivo solicitando o número, nome, remuneração e função dos servidores comissionados. Outro pedido foi sobre o critério adotado para as contratações. A única resposta foi que são 239 apadrinhados. Na semana passada, Branco reiterou o pedido. “Só de uma família tem seis pessoas e de outras também tem. No mínimo imoral para quem pregou integridade”, disse o vereador.

Tendel

Na sessão da última terça-feira (18), o vereador Jean Dornelas (MDB) foi à tribuna da Câmara para falar sobre o uso das tendas pagas pela Prefeitura de Rio Preto em um ato pró-anistia, realizado no domingo (16), e que contou com a presença do prefeito Fábio Candido, dos vereadores Felipe Alcalá (PL) e Dr. Tedeschi (PL), além do secretário de Cultura, Robson Vicente. O vereador apresentou até áudios colhidos por ele.

Comprovação

A assessoria de Dornelas entrou em contato com o empresário que venceu a licitação e, pelo áudio apresentado, fica comprovado que a estrutura foi paga pela Prefeitura. “A Lei proíbe a utilização de dinheiro público para bancar eventos de cunho político-eleitoral”, afirma Dornelas. “Se a lei não diz claramente que pode usar, então é proibido. O prefeito deveria saber disso e orientar o uso de outro local para o ato”, acrescentou.

Do outro lado

A Prefeitura confirmou o pagamento das tendas, por meio de nota. O documento esclarece que a locação foi para uma ação de sábado (15) e a retirada será depois do dia 22. “Registre-se que a empresa responsável pela locação optou por manter as tendas montadas no local, sem custo adicional para a Prefeitura, visando evitar o trabalho desnecessário de montagem e desmontagem em um curto período de tempo”, consta.

Compromisso

O prefeito confirmou presença no ato e até divulgou imagens nas redes sociais. No vídeo, ele aparece sob a tenda, usando um microfone, com um telão ao fundo, onde eram exibidas imagens ao vivo do ato na cidade do Rio de Janeiro (RJ). A nota pós-evento, emitida pela assessoria do prefeito, dizia: “Durante o ato, Candido reafirmou seu compromisso com a liberdade e o respeito aos direitos dos cidadãos”.

MPF

Fabiano de Jesus, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Municipal (ATEM), levou o caso ao Ministério Público Federal (MPF). O documento fala em “possível uso indevido de recursos pelo prefeito” e afirma que Fábio Candido fez a convocação “por meio das redes oficiais”. “Durante o evento, observou-se que a estrutura utilizada, incluindo palco, sistema de som e tendas, aparentava ser financiada pela Prefeitura”.

MP

Outra denúncia foi apresentada pelo presidente do Conselho Municipal de Cultura, Lawrence Garcia. O artista, que também é presidente do partido Solidariedade, levou o caso ao Ministério Público (MP). Nas redes sociais, Lawrence diz que as tendas locadas pela Prefeitura de Rio Preto foram usadas em um “ato bolsonarista” por “entes privados em manifestação político-partidária”.

Tensão

Não foi só a situação exposta por Dornelas que deixou a sessão tensa. Dr. Tedeschi (PL) já avisava, antes mesmo do início, de que iria haver muita discussão. O vereador se referia a uma moção de apoio ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que está autoexilado nos EUA, e a uma moção de repúdio ao presidente Lula (PT), por ter dito que colocou uma mulher bonita para negociar com o Congresso. O vereador disse que Lula foi misógino.

Surpresa

Ninguém esperava, no entanto, que João Paulo Rillo (PSOL) já iria começar bem animado. Logo na votação da ata da semana anterior, o vereador questionou a redação do documento. Segundo Rillo, especificamente na votação dos dois projetos de Resolução que tratavam do andamento das sessões, constava que o presidente da casa, Luciano Julião (PL), estava ausente.

Explicadinho

Rillo sacou o Regimento Interno e cumpriu a promessa de usar as regras da Casa para ter mais visibilidade e fazer a sessão ser estendida na força do ódio. Ele explicou que o presidente é obrigado a votar em projeto de própria autoria e que Julião não foi nem chamado durante a votação. Para completar as irregularidades, consta na ata que o presidente estava ausente. Ao final, foi aprovado um requerimento de retificação da ata.

Pesquisa

No dia do aniversário da cidade, o prefeito divulgou parte de uma pesquisa. O levantamento, segundo Fábio Candido, mostra que 80% da população aprova a atual gestão. O instituto responsável é o Veritá. Foram feitas perguntas sobre dengue, limpeza da cidade, avaliação do prefeito e avaliação do governador e do presidente. Chamou a atenção o questionamento “Você viu alguma notícia de caso de racismo?”.

Revelando 

Fábio Candido divulgou somente o dado que lhe era interessante e nem citou os demais questionamentos feitos pelo Instituto. Agora, a população espera ansiosamente a divulgação total dos dados levantados e, principalmente, saber quem foi que pagou a pesquisa. A última pesquisa publicada pelo Veritá é de dezembro do ano passado. Já nas redes sociais do instituto, a última atualização é de outubro de 2024.

Flores

A festa, realizada no Mercadão, teve decoração em verde, amarelo e branco. Flores e frutas foram usadas. Nas redes sociais, tudo virou piada. Quem passou por ali antes da festa começar disse que rosas, margaridas e crisântemos lembravam o cheiro de velório. Na cultura mexicana, no Dia dos Mortos, os membros da família usam ou carregam rosas amarelas como um símbolo de lembrança dos entes queridos que faleceram.

Verde e amarelo

A presença das cores, segundo o prefeito, deve-se ao fato de estarem na bandeira da cidade. A explicação de Fábio Candido, no entanto, está um tanto equivocada. As cores estão, na verdade, no brasão do município e representam hastes de cana-de-açúcar, galhos de café, ramos de algodão, milho e arroz, que lembram a importância econômica e histórica dessas plantas para a cidade. A bandeira de Rio Preto é vermelha.

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