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Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 7 de março

Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

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Suspendendo a suspensão

O povo ficou confuso com as decisões pré-carnaval da Secretaria da Saúde. Primeiro, o secretário Rubem Bottas determinou a suspensão dos pontos facultativos a todos os servidores da pasta. Na prática, isso significaria que todos os instrumentos da Saúde ficariam abertos durante os dias de Carnaval. No entanto, a prática não se consolidou porque o secretário suspendeu a decisão de suspender os pontos facultativos.

Sem pensar

A ideia não era ruim. Em meio a epidemia de dengue, a decisão de manter a maioria das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) abertas foi bem aceita pela população, mas não pensaram muito bem. Isso porque as unidades funcionam com atendimento marcado, na maioria das vezes, e não estão equipadas para casos de urgência e emergência. Portanto, sem atendimento marcado, a pergunta que ficou: para que manter as portas abertas?

Custos

Apesar de a cidade estar com decreto de emergência na Saúde para dengue, existe um custo para manter os servidores durante os dias de pontos facultativos e ninguém fez a conta disso. O valor da folha de pagamento para manter as UBSs abertas sem atendimentos marcados iria ser expressivo já que a Saúde enfrenta dificuldades financeiras. Não havia mesmo outra saída.

Déficit

A situação financeira da pasta ficou clara na audiência pública da Saúde, realizada na última quinta-feira (27), na Câmara de Rio Preto. O secretário mostrou que existe um déficit orçamentário, uma vez que a previsão de orçamento da pasta para este ano é de R$ 670 milhões e o custo estimado é de R$ 800 milhões. Soluções não foram apresentadas, mas a informação foi passada.

Corre-corre

Ainda na audiência, Bottas também disse que Rio Preto perdeu verba do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que seria destinada para a construção da UBS São Thomaz e Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD II). “Ainda não desistimos de conseguir, mas é iminente que as obras do PAC não serão realizadas. Caso isso aconteça, nosso objetivo é incluí-las no novo programa”, disse.

Cheiro de CPI

Como a Saúde tem sido pauta desde o início do ano, não é surpresa que os vereadores queiram surfar, mesmo que seja na crise. Jorge Menezes (PSD) aproveitou a audiência para criticar a Saúde e falar em CPI. O instrumento serve para apurar irregularidades na pasta e, sempre que o assunto é tocado, causa arrepios nos governantes. Nenhuma CPI foi proposta, mas esta não é a primeira vez que tocam no assunto.

Fantasma

Por mais que pareça que a Covid-19 tenha sido um surto momentâneo, a Saúde ainda trabalha no assunto. A informação de que ainda há casos e óbitos registrados por causa da doença foi trazida pela gerente da Vigilância Epidemiológica, Andreia Negri. Segundo ela, há um aumento de internações por síndrome respiratória aguda grave, principalmente em idosos e pessoas com comorbidades não vacinadas.

Pé no freio

Tão falha no início do mandato, parece que o advento da conversa finalmente pegou o rumo. Depois de todos os escândalos de início, o governo resolveu fechar um acordo com os vereadores e abrir o diálogo. Dizem que as negociações envolvem a freada de projetos polêmicos sem conversas prévias e o recuo no pedido de votação em regime de urgência. Alguns vereadores não escondem a felicidade.

Abertura

A necessidade do governo em abrir diálogo com os vereadores era iminente. Era uma chuva de críticas em todos os setores. A principal, era a falta de abertura dos parlamentares em apresentar as demandas para os secretários. Ao que parece, o trabalho ainda é lento, mas tem surtido efeito. No entanto, ainda tem vereador que diz estar com demanda reprimida e sem abertura de diálogo.

Subiu no muro

Dizem que a secretária estadual de Esporte, Helena Reis, está na corda bamba com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) depois de uma reportagem do jornal Folha de São Paulo mostrando o cancelamento da construção de uma pista de atletismo na capital paulista. A obra, até então, era prioritária, mas os constantes atrasos e a baixa qualidade falaram mais alto.

Histórico

O contrato foi assinado pelo então governador Rodrigo Garcia, deveria custar R$ 47 milhões e ser entregue em fevereiro de 2024. Mais de um ano depois do prazo final, o custo estava em R$ 37 milhões. Por meio de nota, o Governo de São Paulo informou que o cancelamento foi por “atrasos constantes” e “falhas” que exigem que os serviços sejam refeitos. Pelos bastidores, dizem que Helena não está bem-posicionada politicamente.

Paquera

Enquanto isso, o Republicanos de Rio Preto mantém conversas com a médica Merabe Muniz. A presidente do Sindicato dos Médicos tem se destacado no cenário político com críticas ácidas ao governo do coronel Fábio Candido (PL). Há quem aposte que ela tem votos para as eleições de 2026, mas também tem quem acredite que o desgaste político que ela vem gerando ao prefeito pode ser muito negativo nas urnas.

Lanchinhos

Na mais recente crítica de Merabe ao governo, a médica divulgou a compra de lanches para a comemoração do dia das mulheres. Foram gastos R$ 7,7 mil, da conta do Semae, mas ela disparou contra o secretário de Saúde. “O Bottas está convidando para comer croissant e homenagear as mulheres no dia da mulher? Figura da atual gestão importantíssima no respeito e valorização da mulher! Não acham?!”, escreveu Merabe.

Mobilizações

Manifestações pedindo o impeachment do presidente Lula (PT) já foram marcadas e desmarcadas em Rio Preto. Agora, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou um ato para o próximo dia 16. Por aqui já tem uma movimentação de bolsonaristas arrumando ônibus para ir até a capital paulista. Dizem que ganharam uma faixa com a frase “Fora Lula”, mas nada foi confirmado ainda.

Ainda repercute

Na sessão desta quinta-feira (6), o vereador Jean Dornelas (MDB) usou a tribuna para relembrar o caso que muitos querem esquecer. Mesmo sem estar presente na sessão da semana passada, Dornelas quis expor que iria ser a favor da moção de repúdio aos atos do vice-prefeito Fábio Marcondes (PL), depois do jogo entre Palmeiras e Mirassol. “Entendo e respeito quem votou a favor, mas não concordo”, disse Dornelas.

Retirada

Mesmo que o caso tenha acontecido na noite do último domingo do mês passado, a lembrança na memória do rio-pretense continua fresquinha. Tanto que a moção de aplausos ao Palmeiras, pela classificação no Campeonato Paulista, apresentada por Dr. Tedeschi (PL), não foi para votação. O vereador retirou a homenagem antes de ser analisada pelo plenário.

Pegou

Anderson Branco (Novo) está mais na oposição do que alguns imaginavam. Durante a sessão, o vereador usou a tribuna para cobrar roçada em mato de praças e canteiros de avenidas. “Isso não é coisa do governo passado. A culpa é do prefeito. Tem que cortar cafezinho caro, lanchinho caro e regalias. Nem na época do Liberato Caboclo estava tão ruim assim. A cidade está a Deus dará”, esbravejou Branco.

Dificuldades

A ausência do vice-prefeito por 20 dias tem deixado o presidente da Câmara, Luciano Julião (PL), bastante preocupado com o prefeito Fábio Candido. Isso porque Julião pode assumir o comando da Prefeitura se o chefe do Executivo precisar se ausentar. Em tom de brincadeira, Julião rechaçou a possibilidade. “Se está difícil por aqui, imagina lá”, disse aquele que pode virar prefeito de repente.

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