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Confira os bastidores da política desta quinta-feira, dia 1º de maio

Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

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Dança das cadeiras

Após os 100 dias de governo, eis que a tão esperada reforma do secretariado chegou. Ainda não chegou, mas os bastidores estão fervendo com todo tipo de especulação. A começar pelas pastas que devem mudar de comando: Emcop, Comunicação, Assistência Social, Habitação, Emurb, Bem-Estar Animal e Governo. Por fim, existe a expectativa de que a Secretaria de Obras ganhe um titular.

Aos nomes

Como era esperado, Anderson Branco (Novo) deve deixar a Câmara e se tornar secretário de Governo. A chegada dele impõe a saída de Dinho Alahmar, que deverá passar a responder pela pasta de Habitação. Branco estava de olho no cargo há tempos e, na sessão da última terça-feira (29), Celso Peixão (MDB) chegou a dizer que Branco seria nomeado Chefe de Governo.

Rasteira

No momento em que Peixão falou, Branco preferiu se calar, mas o assunto rendeu. Jean Dornelas (MDB) fez questão de falar: “Agora virou Branconel de verdade!”, ao que Renato Pupo (Avante) lembrou: “Falei isso na semana passada”. Em seguida, Bruno Marinho (PRD) também se pronunciou, sugerindo que Branco teria dado “uma rasteira” no Chefe de Governo, Rodrigo Carmona. Erraram o cargo, mas acertaram na saída.

Ameno

Branco já tinha adotado um tom mais ameno com o governo. Nas primeiras semanas do ano, o vereador estava afiado. Até a denúncia de funcionários fantasmas na Saúde ele fez, mostrando que tinha armamento pesado e que poderia usar quando quisesse. A demonstração de força durou pouco. Nas últimas semanas, o vereador foi pegando mais leve, conforme que o governo entendia que ele poderia causar graves problemas no futuro.

Não negou

Branco foi questionado sobre deixar a vereança para assumir um cargo no Executivo e não negou: “Vai depender do governo. Claro que tem conversa, já tivemos conversas, mas se tudo se unificar e até amanhã e a gente tiver o aval, a resposta e o convite oficial, eu acho que sim”, disse o vereador. A cadeira deverá ser ocupada por Marcelo Renato, militar da reserva que atualmente é diretor da Emcop.

Mais dança das cadeiras

Com a saída de Marcelo Renato da Emcop, quem deverá ser nomeado para dirigir a empresa é o filho do deputado federal Luiz Carlos Motta (PL), Matheus Motta. A escolha demonstra a fidelidade partidária do prefeito Fábio Candido (PL) e a real aproximação com os dirigentes da legenda na cidade. No entanto, o vice-prefeito Fábio Marcondes (PL) não deverá voltar a compor o secretariado, apesar de deixar rastros profundos.

Obras

A saída de Marcondes da Secretaria de Obras ocorreu em meio ao polêmico caso de injúria racial contra um segurança do time do Palmeiras e pegou mal para o governo. Dizem, nos bastidores, que quem vai ficar com a pasta é Gustavo Silva, atualmente presidente da Emurb. Gustavo já se tornou herdeiro político de Marcondes. Ao deixar a Secretaria de Esportes para concorrer às eleições de 2024, Marcondes foi substituído por Gustavo.

Um certo capitão

Apesar de toda essa dança das cadeiras, tem um nome novo no pedaço. Capitão Martins, que não está entre o alto escalão do governo, deverá ocupar o lugar de Gustavo Silva na Emurb. O militar é diretamente ligado ao prefeito e seria mais um da corporação. A primeira missão, inclusive, será difícil: reerguer a empresa que já teve contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Toque feminino

Se Dinho Alahmar realmente for oficializado como secretário de Habitação, Sandra Reis será obrigada a deixar o cargo. No entanto, ela não deverá ficar de fora do governo. A expectativa é que Sandra Reis seja conduzida à Secretaria de Assistência Social. O cargo atualmente é de Frederico Izidoro, que aparentemente ainda não tem destino certo. Alguns especulam que ele deve ir para a Secretaria de Bem-Estar Animal.

Comunicação

Outra pasta que deverá passar pela reforma dos 100 dias é a Secretaria de Comunicação, atualmente comandada por Amália Paci. Dizem que a capitão afastada da Polícia Militar (PM) deve ser substituída pela jornalista Cláudia Lacerda, que hoje está como assessora especial da pasta, responsável pela comunicação interna da Prefeitura. Essa mudança, no entanto, acarreta algumas implicações de ordem burocrática.

Barretos

Atualmente, Amália Paci é capitão da PM lotada no batalhão em Barretos e afastada do cargo. No entanto, o afastamento dela está diretamente condicionado ao exercício do cargo de secretária de Comunicação na Prefeitura, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2025, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. “Agora ela vai para onde Deus quiser”, disse um militar da reserva entendido dos trâmites burocráticos da corporação.

Motivos

Fábio Candido aproveita a marca de 100 dias de governo para fazer a reforma em pastas que, segundo alguns, “não estavam dando muito certo”. Dinho, na Secretaria de Governo, não foi bem recebido pelos vereadores e, em seguida, a estratégia de colocar um líder de governo na Câmara, Alexandre Montenegro (PL), também não deu certo. O vereador reafirmou que tem compromisso com os votos que recebeu, não com o governo.

Independente

Apesar de ter aceitado ao convite de Fábio Candido para fazer a intermediação e a defesa do governo na Câmara, junto aos vereadores, Montenegro desistiu da missão alegando problemas pessoais. Na última sessão, o vereador fez questão de usar a tribuna para pôr fim aos rumores de que aceitaria ir para alguma secretaria. Montenegro anunciou que jamais deixará a vereança.

Camiseta vermelha

Fugindo um pouco dos bastidores da política, o burburinho de que a próxima camisa da seleção brasileira de futebol poderá ser vermelha ganhou o plenário da Câmara meio que “sem querer, querendo”. O assunto veio à tona com Jonathan Santos (Republicanos), por meio de um simples elogio ao tom de azul escolhido pela vereadora Márcia Caldas (PL). O vereador conseguiu ganhar a atenção e ficou descontente com o rumo da prosa.

Explicações

Renato Pupo se adiantou para explicar os motivos da escolha do vermelho. Segundo o vereador, ele leu sobre o assunto e descobriu que a escolha da cor seria uma forma de homenagem da Nike, patrocinadora oficial da seleção brasileira, e da CBF ao Michael Jordan. O jogador de basquete iniciou a carreira no time Chicago Bulls, cuja cor é vermelha. Ele ressaltou que era apenas uma estratégia comercial.

Repercussão

Ao que parece, a história de camiseta vermelha pegou João Paulo Rillo (PSOL) de surpresa, mas ele também não se atreveu a comentar o assunto. Já Odélio Chaves (Podemos) se mostrou indignado com “o poder econômico superando as tradições”. Porém, o nome do país vem do pau-brasil, nome dado a uma árvore cuja madeira é vermelha. De forma simples e resumida: Brasil é vermelho. Vermelho de brasa.

Esclarecido

Afastada a história de se tratar de escolha ideológica, uma vez que o brasileiro tem o costume de associar o vermelho aos partidos de esquerda, o vereador Dr. Tedeschi (PL), também se mostrou indignado com a estratégia comercial e disse: “Antes fosse por ideologia”. Em meio à discussão, voltando ao causador do assunto, Jonathan disse que não é um homem partidário. Ele não foi ríspido, mas estava visivelmente incomodado.

Fofoqueiro

O vereador Bruno Moura (PRD) usou a velha estratégia de não dar nome aos bois ao usar a tribuna para fazer uma crítica. Ele citou um “fofoqueiro de plantão” na Câmara e mandou o recado que queria. No entanto, o recado poderia ter sido dado no tête-à-tête, já que ele não esclareceu quem seria o fofoqueiro e nem o assunto que foi divulgado por aí. Quem estava assistindo, entendeu foi nada.

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