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Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 23 de maio

Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

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Vaias

A audiência pública, realizada na última quarta-feira (21), na Câmara de Rio Preto, pela Comissão Permanente de Direitos Humanos, presidida pelo vereador Jonathan Santos (Republicanos), foi marcada por vaias dos moradores do bairro Boa Vista aos representantes do governo que defendem a mudança do Centro Pop. A situação, que já era tensa, ficou pior com o tratamento dispensado pelos secretários à população.

Pacífica

O encontro começou com uma explanação do secretário de Assistência Social, Frederico Izidoro, sobre o trabalho da pasta. De acordo com ele, o Centro Pop realizou cerca de 8,5 mil atendimentos em 2024 e o espaço atual é inadequado, necessitando urgentemente de ampliação da estrutura. Enquanto ele falava, a população presente ficou de costas, mostrando que não está disposta a ouvir sem ser ouvida.

Democracia

Em uma aula sobre democracia, o ex-secretário da Fazenda, o economista Ângelo Bevilacqua, soltou o verbo e não economizou nas críticas. O ex-membro do alto escalão da gestão anterior deixou claro que principalmente os secretários Izidoro e o de Segurança Pública, Márcio Cortez, foram ríspidos com os moradores que estavam ali para contestar a decisão do governo.

Ordem

É bem verdade que Izidoro foi por diversas vezes desnecessariamente irônico com a população. No mesmo quesito, Márcio Cortez não deixou a desejar, mas foi um pouco além. O ex-comandante do CPI-5, logo que subiu à tribuna, já foi dando ordens à população que, por sua vez, não deixou barato. “Quem está aqui é o povo, não é a tropa, acostumada a abaixar a cabeça. Queremos nossos direitos”, disse um morador.

Recuo

Diferentemente do que o prefeito Fábio Candido (PL) deu a entender, Izidoro disse que não há definição da instalação do Centro Pop no bairro Boa Vista. Se, por um lado, o secretário afirmou que a decisão final deve ser do prefeito, por outro, Fábio Candido já declarou que há estudos que comprovam a viabilidade da mudança para o Boa Vista. A única coisa certa é que ninguém está sabendo ouvir a população.

Desabafo

Além de Bevilacqua, vários moradores do bairro fizeram uso da palavra e demonstraram publicamente a decepção com o governo. Momento alto da audiência foi quando um morador acusou a Prefeitura de usar a população em situação de rua como “moeda de troca” para atender interesses econômicos. “Querem limpar a área ao lado do mercado e ‘esconder’ os moradores de rua lá no nosso bairro”, protestou uma moradora.

Protagonismo

Enquanto tudo isso acontece, envolvendo diretamente os moradores do Boa Vista e a população em situação de rua, o mutirão Pop Rua Jud está sob risco de não ser realizado. Isso porque a ação é promovida pelo Poder Judiciário, mas parece que a Prefeitura de Rio Preto está reivindicando protagonismo. A relação anda meio azeda entre os poderes, justamente pela falta de consenso sobre a mudança do Centro Pop.

Inconformado

O vereador Jorge Menezes (PSD) não gostou da forma como esta coluna descreveu a sessão extraordinária que terminou com 16 vereadores abandonando o plenário para não votar o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre as contas do ex-prefeito Edinho Araújo (MDB), referentes ao ano de 2022. O termo usado para descrever o que aconteceu foi “vergonhoso aos vereadores”.

Desenhando

O fato de os vereadores terem saído de plenário foi o menos vergonhoso. Esse tipo de articulação já aconteceu anteriormente e não é uma exclusividade de Rio Preto. A verdade é que todo o contexto foi vergonhoso: um projeto de tamanha importância política sem articulação com o plenário. Além disso, uma sessão extraordinária foi chamada para a votar algo sobre o qual poucos sabiam como se posicionar.

Pós-barraco

O desentendimento entre o presidente da Câmara, Luciano Julião (PL), e Renato Pupo (Avante) ganhou destaque especial na sessão de terça-feira (20). Ambos usaram a tribuna para falar que tudo não passou de equívoco e se desculparam publicamente. A treta se deu porque Julião encerrou a sessão por falta de quórum, e Pupo queria falar. A confusão foi para os bastidores, envolvendo até o filho de Julião, que acusou Pupo de ameaça.

Nova perícia

O vice-prefeito Fábio Marcondes (PL) foi anunciado novamente como secretário de Obras pelo prefeito Fábio Candido. O anúncio foi feito no mesmo dia em que o time do Palmeiras apresentou um laudo paralelo, afirmando que Marcondes disse “macaco” para o segurança do time, em fevereiro. Apesar do anúncio oficial, até o fechamento desta edição, a nomeação não havia sido publicada no Diário Oficial do Município.

A volta dos que não foram – Parte II

Marcondes retoma o posto que era dele e estava vazio desde a exoneração, formalizada no dia seguinte à confusão na vizinha Mirassol. Há quem diga que o prefeito jamais teve interesse em nomear alguém para o cargo e apenas esperava a poeira baixar para reconduzir o vice à Secretaria de Obras. Enquanto Marcondes é alvo de inquérito na Polícia Civil, Anderson Branco (Novo) não chegou a ser Secretário de Governo.

Minirreforma – Parte II

Branco foi descartado pelo prefeito mesmo depois de argumentar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem processos do mesmo teor. O partido de Branco, apesar de ter se afastado do vereador durante o período eleitoral e até cogitar a expulsão dele, também acabou perdendo a Emcop, uma vez que Marcelo Renato deixou o lugar para Matheus Motta, filho do deputado federal Luiz Carlos Motta (PL). Mais uma vez, nada oficial ainda.

Apesar dos pesares

Branco já demonstrou descontentamento com as decisões de Fábio Candido e declarou que vai manter uma postura independente na Câmara. Por outro lado, apesar de tudo, Branco aparentemente está bem próximo ao prefeito. Em recente postagem nas redes sociais, o vereador aparece ao lado de Fábio Candido e do chefe de Gabinete, Rodrigo Carmona. Na legenda, o vereador classificou o encontro como “agenda produtiva”.

A visita do vice-governador

O vice-governador Felício Ramuth (PSD) esteve em Rio Preto no último dia 20 e se reuniu com o prefeito e secretários por cerca de uma hora. O tempo, apesar de curto, foi o suficiente para encher o bolso de pedidos. A lista inclui verbas para obras, infraestrutura, saúde, moradores em situação de rua, merenda de alunos e GCM. A agenda ainda teve visita ao Hospital João Paulo II e um encontro sobre mercado imobiliário.

Reencontro

O ex-ministro Antônio Cabrera esteve, pela primeira vez depois do segundo turno das eleições, junto ao prefeito, também no último dia 20, pouco antes da chegada de Ramuth. O encontro marcou a entrega de um exemplar da Bíblia em braile, e chegou em um bom momento para o prefeito. A presença de Cabrera ao lado de Fábio Candido demonstra que, apesar da baixa popularidade junto ao povo, o meio político está indo bem, obrigada!

Engoliu seco

Fábio Candido precisou ouvir um prefeito da região rasgar elogios a Edinho Araújo durante uma reunião na capital paulista, recentemente. Quem estava presente disse a cena chegou a ser vergonhosa para o prefeito de Rio Preto. A história que chegou até aqui foi que Fábio Candido teria falado mal do ex-prefeito, desconsiderando o histórico dele como deputado em relação à região. Bastou falar o que queria para ouvir o que não queria.

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