Política
Vereador reúne assinaturas para abrir CPI sobre furtos de fios em Rio Preto
Com apoio de 14 parlamentares, proposta quer apurar ligação dos crimes com o tráfico de drogas

A Câmara de Rio Preto vai abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os recorrentes furtos de fios de cobre e cabos elétricos na cidade. O pedido foi protocolado nesta segunda-feira (5) pelo vereador Alexandre Montenegro (PL), com apoio de outros 14 parlamentares — número suficiente para a criação da comissão.
No requerimento, Montenegro aponta como fatos determinados a crescente incidência desses furtos nos últimos dois anos e os prejuízos causados à população, ao setor empresarial e ao poder público. Ele também cita a atuação de estabelecimentos de reciclagem abertos de forma clandestina durante a madrugada e a falta de fiscalização sobre essas atividades.
O vereador defende que seja feito um levantamento para investigar uma possível conexão entre os furtos e o crime organizado. Segundo ele, há indícios de que fios de cobre vêm sendo trocados por drogas, em um esquema que envolveria pontos de reciclagem usados como fachada por organizações criminosas.
Montenegro destacou ainda que uma audiência pública realizada recentemente na Câmara revelou a ausência de representantes da Secretaria da Fazenda e da Assistência Social. “Isso impossibilitou um entendimento mais claro sobre as prioridades de fiscalização no município”, afirmou.
O pedido de CPI também menciona uma operação recente do Batalhão de Ações Especiais da Polícia (BAEP) em um comércio da Vila Toninho, onde foram apreendidos drogas, armas e dinheiro. A polícia suspeita que os entorpecentes eram usados como pagamento pelos fios furtados, reforçando a tese da ligação com o tráfico.
Além de Montenegro, assinam o pedido os vereadores Bruno Moura (PRD), João Paulo Rillo (PSOL), Dr. Tedeschi (PL), Bruno Marinho (PRD), Professor Tadeu (União Brasil), Felipe Alcalá (PL), Francisco Júnior (União Brasil), Pedro Roberto (Republicanos), Jean Dornelas (MDB), Celso Peixão (MDB), Abner Tofanelli (PSB), Odélio Chaves (Podemos), Rossini Diniz (MDB) e Márcia Caldas (PL).
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