Política
Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 13 de junho
Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

Artilharia
A treta envolvendo o vereador Alexandre Montenegro (PL) e o prefeito Fábio Candido (PL) ganha novos episódios a cada dia e parece ter se tornado uma bola de neve. Na semana passada, o vereador afirmou ter sido surpreendido com a decisão do Executivo de que ele deveria voltar ao cargo de agente da Guarda Civil Municipal (GCM), sob a alegação de falta de efetivo. Na sequência, começou o bombardeio.
Não volta
O mandado de segurança impetrado pelo vereador culminou na liminar que garante o afastamento dele do cargo de servidor público para se dedicar ao mandato. No entanto, isso não aconteceu sem antes tirar o sono da Procuradoria-Geral do Município (PGM). Mesmo sem ser intimada, o órgão da Prefeitura apresentou manifestação ainda na madrugada, assinada por Luís Roberto Thiesi, atual braço direito do prefeito.
Conselho de Ética do PL
Montenegro foi denunciado ao Conselho de Ética do partido, o que pode culminar em sua expulsão da legenda. Com isso, o GCM ganha a independência que tanto deseja e ficará livre para partir para o ataque. O comunicado partiu do vice-presidente do PL local, Mauro Alves dos Santos, atual secretário municipal de Planejamento e aliado de Candido, e foi uma resposta à proximidade do vereador com o Republicanos.
Conselho de Ética da Câmara
Outra denúncia contra Montenegro foi apresentada ao Conselho de Ética da Câmara, desta vez pela secretária de Educação, Renata Azevedo, após um episódio registrado na Prefeitura de Rio Preto, na manhã da última segunda-feira (9). Na ocasião, repetindo a postura efusiva que já havia adotado em uma reunião com o vice-prefeito Fábio Marcondes (PL), Montenegro cobrou explicações.
Caso de polícia
Renata Azevedo afirma que a denúncia não foi uma decisão partidária, mas sim motivada por ter se sentido intimidada pelo vereador. A secretária revelou que tem uma paralisia facial, sequela de um AVC, e que sabe que tem uma aparência que demonstra desdém, — o que, segundo ela, jamais correspondeu à sua postura. Renata também fez questão de registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil.
Pela paz
Na sessão desta terça-feira (12), o vereador Anderson Branco (Novo), presidente do Conselho de Ética da Câmara, fez um discurso de paz dizendo que também já se excedeu por diversas vezes, principalmente no primeiro mandato, e que Montenegro precisa adotar a prática do diálogo, em vez do confronto. Branco, de certa forma, sinalizou que não pretende punir o colega de plenário. Agora tudo depende do comportamento de Montenegro.
Postura
Montenegro é um agente da GCM e recebeu treinamento para isso. Já atuou nas ruas. As técnicas de interrogatório usadas por Montenegro durante os embates políticos são bastante úteis nas ruas, mas de pouco sucesso no meio em que ele se encontra agora. Branco tem razão ao pedir parcimônia diante do nervosismo e atuar mais com o diálogo. Em política, nada se resolve no grito — talvez com pressão, mas nunca no grito.
Rasgou o verbo
Durante a sessão de terça-feira (10), Montenegro recebeu o apoio de João Paulo Rillo (PSOL), Renato Pupo (Avante) e Pedro Roberto (Republicanos), além dos terceirizados que protestavam contra os salários atrasados. Montenegro pediu desculpas públicas, falou que tem o vídeo completo da treta toda e aproveitou para dar uma cutucada no governo, afirmando que as viaturas da GCM foram adquiridas pela gestão anterior.
Bom aluno
Bruno Moura (PRD) mostrou que aprendeu bastante com os ex-militares que já passaram por aquela tribuna, e agiu do mesmo jeito com o povo. Primeiro, exigiu que todos fizessem silêncio para que ele pudesse ter um momento de glória. Cheio de caras e bocas, chegou a pedir ao presidente Luciano Julião (PL) suspender a sessão. Também não faltou amostra grátis do molejo que vem exibindo nos vídeos nas redes sociais.
Distorção
Moura se equivocou sobre os fatos da sessão anterior, que terminou com a retirada de um homem do prédio. Segundo o vereador, que não estava presente no momento, o homem teria sido conduzido para fora apenas por ter impedido a fala de Rillo. Na verdade, o cidadão adotou uma postura intimidadora com várias pessoas presentes, especialmente com as mulheres. A mesma postura que o vereador tem por costume.
Conveniência
Outro fato que Moura distorceu foi a presença dos trabalhadores na sessão. O vereador disse que todos já tinham recebido os salários. Na verdade, eles estavam ali para cobrar que os vereadores assinassem a CPI das Terceirizadas, e a paralisação foi uma decisão conjunta, determinando que só voltariam ao trabalho quando todos fossem pagos. Depois de tanto mimimi, Moura disse que não tinha mais o que falar e deixou a tribuna.
Satisfação
Julião tomou uma decisão sábia, mas um tanto perigosa. O presidente encerrou a sessão e disse que “só haveria sessão depois que todos os trabalhadores recebessem seus salários”. A alegação foi de falta de segurança para continuar os trabalhos legislativos, e ele tinha razão. Depois de deixar a tribuna, Moura foi encarar a população, mas acabou sendo impedido por uma faixa. Nervosinho, ele partiu para tirar satisfação, mas foi contido.
Nos braços do povo
Rillo tentava acalmar os trabalhadores enquanto o povo ovacionava seu nome. Uma das falas do psolista irritou ainda mais Moura: “isso é uma provocação amadora”. Pedro Roberto também foi sensato ao dizer que os trabalhadores estavam caindo em uma armação. Sobrou para Montenegro fazer o papel de “a turma do deixa disso”, mas, claro, ele também passou por poucas e boas.
Nova CPI das Terceirizadas
A Câmara conseguiu emplacar uma nova CPI das Terceirizadas, com o apoio do governo, em um momento crucial. As duas anteriores, sobre o mesmo tema, tiveram problemas burocráticos. A primeira sofreu um golpe interno com a reprovação do pedido de mais prazo para as investigações. A segunda foi parar na Justiça e acabou impedida de seguir. A nova CPI tem praticamente os mesmos fatos determinados que as anteriores.
Bonança
Depois de uma sessão tumultuada, Julião marcou sessão extra para votar as contas do ex-prefeito Edinho Araújo (MDB). A reunião começou tensa por causa da afirmação do presidente ao encerrar a anterior. Rillo cobrou explicações, uma vez que o presidente declarou que só haveria sessão depois que os trabalhadores recebessem os salários. A explicação foi que havia prazo para votar as contas, que foram aprovadas no aperto.
Ringue
A falta de pagamento dos terceirizados virou motivo de disputa sobre verdades e inverdades em torno do tema que não é nada novo na cidade. Enquanto Rillo, Montenegro, Pedro Roberto, Pupo e outros, mais uma vez, abraçaram os trabalhadores e ajudaram na cobrança junto à Prefeitura, não faltaram dedos apontados. Claro que não é de surpreender alguém que surgiram fake news nessa história toda.
Ataque
O prefeito criticou diretamente Rillo, afirmando que o vereador distorceu os fatos ao sugerir que os pagamentos só foram realizados após pressão. “Ele espalhou desinformações. Disse que só houve pagamento por causa da atuação dele, o que é mentira. Já vínhamos trabalhando há mais de dez dias antes disso”, afirmou Fábio Candido. O prefeito disse que as manifestações eram coisa de “sindicalistas”.
Divórcio
Fábio Candido ainda desdenhou do apoio que Rillo vinha demonstrando até então. Depois de dizer que “politizaram” o assunto, o prefeito disparou: “Quem é João Paulo Rillo em frente a tudo isso que fizemos para os trabalhadores da GF?”. Rillo, obviamente, não gostou e usou a tribuna da Câmara para se defender, afirmando que o prefeito proferiu inverdades. No entanto, o vereador afirmou que continua aberto ao diálogo.
Novela
Nesta semana, o prefeito deu mais um passo sobre um novo Centro Pop. Durante a reunião com entidades e membros do Judiciário para finalizar a organização do Pop Rua Jud, Fábio Candido afirmou que não há definição sobre o local para as novas instalações e disse que o tema foi “politizado”. Ele também anunciou a formação do Comitê Gestor Intersetorial da Política Municipal para Pessoas em Situação de Rua.
Protagonista
O prefeito anunciou que o comitê será presidido pelo vice-prefeito Fábio Marcondes e deverá “atuar junto à Frente Parlamentar sobre o mesmo assunto que foi montada pelos vereadores”, afirmou. Além disso, Fábio Candido ressaltou que a Prefeitura vai ser a protagonista para resolver o problema dos moradores em situação de rua. Marcondes disse que o “povo está sendo hostil” sobre o novo Centro Pop.
Judiciário
O juiz da Vara da Infância e Juventude, Evandro Pelarin, esclareceu que o Pop Rua Jud é uma ação do Judiciário, com base em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Já o promotor Sérgio Clementino relembrou a audiência na Câmara: “aquele evento trouxe tensão em torno do assunto”. O defensor público Júlio Tanone ressaltou que os representantes do povo usam “palavras duras” sobre a população em situação de rua.
Coletiva
A reunião do Pop Rua Jud começou uma hora antes da coletiva de imprensa anunciada pela Secretaria de Comunicação. Houve jornalista que foi impedido de entrar antes da hora marcada e outro que foi gentilmente convidado a tomar um cafezinho no final do corredor e voltar depois. Quando vários jornalistas chegaram, o prefeito fez parecer que Marcondes foi escolhido pelo grupo de representantes das entidades e autoridades.
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