Política
Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 6 de junho
Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

Roda de conversa
Diferentemente da audiência pública realizada por Jonathan Santos (Republicanos), na condição de presidente da Comissão de Direitos Humanos – que levou alguns secretários do governo à Câmara há alguns dias –, o encontro da última quarta-feira (4) foi realizado como reunião promovida pela Frente Parlamentar de Acompanhamento do Atendimento Especializado à População em Situação de Rua. Porém, o resultado foi quase o mesmo.
Destaque
Na condição de presidente da Frente Parlamentar, Jonathan Santos deu o microfone para o vice-prefeito Fábio Marcondes (PL) tentar apaziguar a revolta dos moradores do bairro Boa Vista. A estratégia foi usar o dom de oratória do ex-vereador para amenizar os estragos causados pelo então secretário de Assistência Social, Frederico Izidoro, e pelo de Segurança Pública, Márcio Cortez. No entanto, a tentativa não convenceu.
Desabafos
Moradores que puderam falar, não economizaram críticas aos representantes do governo. De “mentiroso” a “cara de pau”, passando por “canalha” e “sem educação”, sobraram adjetivos para definir os secretários. Porém, apesar do assunto ser outro, o tom era um pouco diferente. A população queria ouvir apenas a decisão do prefeito Fábio Candido (PL) em não mandar o Centro Pop para lá. Saíram cheios de promessas – e sem respostas.
Apresentação
Jonathan Santos se pôs à frente do encontro e apresentou dados levantados pela gestão anterior, mostrando o censo e o perfil dos moradores em situação de rua da cidade. Ali não havia informação nova. Quando Marcondes assumiu o microfone, afirmou que a Prefeitura agora trabalha para firmar parcerias com organizações sociais, com foco no atendimento dos moradores de rua, sem custos para o poder público.
Explicações
Ainda segundo Marcondes, o que está definido pela Prefeitura, até o momento, é que, nos próximos 30 dias, serão realizados estudos sobre a viabilidade da mudança do Centro Pop para outro local. “Esse levantamento é que vai definir se o Centro Pop irá para o Boa Vista, ou Santa Cruz, ou Eldorado ou qualquer outro bairro. Com esses dados em mãos, o prefeito é quem vai decidir o destino do Centro Pop”, afirmou Marcondes.
A solução
Não foram detalhados metodologia ou responsáveis pelo levantamento. O anúncio, inclusive, contradiz o que o próprio prefeito já havia falado anteriormente: que existiria um estudo técnico comprando a viabilidade da mudança do Centro Pop para o Boa Vista. Embora o prefeito tenha feito a afirmação, nenhum documento foi apresentado. É de fazer sair fumaça das orelhas de qualquer um que sabe pensar.
Sem foco
Não foram só os moradores do bairro que falaram. Os vereadores presentes também puderam falar – não sem antes exigirem o direito de fala, já que o encontro estava sendo dominado por Marcondes. João Paulo Rillo (PSOL) puxou a fila e Alexandre Montenegro (PL) seguiu. Os objetivos, no entanto, eram diferentes. Enquanto Rillo queria falar, Montenegro exigia respostas claras e definitivas.
Lacração
Montenegro mostrou ali que realmente não está no barco do governo. Ele cobrou uma resposta de Marcondes de forma efusiva, chegando a não dar tempo de resposta, aos gritos e com uma postura relativamente intimidadora. Por outro lado, Marcondes não esboçou qualquer reação que indicasse intenção de se defender. O vice-prefeito apenas desviava o olhar, aparentemente bastante constrangido com a situação.
Cobrança
Em entrevista coletiva após a reunião, o Marcondes afirmou que o prefeito cobrou uma contrapartida do grupo Assaí para a instalação da unidade na cidade. “Eles vão lucrar aqui, e nada mais justo do que colaborarem de alguma forma”, declarou. A afirmação não soou nada bem para alguns empresários, que interpretaram como uma espécie de “pedágio” cobrado pela Prefeitura para permitir a entrada de novas empresas na cidade.
Balanço
A Frente Parlamentar foi reaberta a pedido do prefeito para barrar a criação de uma CPI sobre o tema na Câmara, e os vereadores da base aliada não esconderam isso. A reunião desta semana trouxe a perspectiva de uma estratégia de abrir espaço ao governo e tentar limpar a péssima imagem deixada pela reunião anterior. Marcondes foi o escolhido para fazer esse papel. Agora, resta aguardar os resultados de tudo isso.
PPPs
Está publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (5) a contratação da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) para realizar uma avaliação sobre a viabilidade de sistemas de cidades inteligentes, iluminação pública e videomonitoramento. O contrato, a cargo do secretário de Segurança Pública, foi firmado por meio de dispensa de licitação, no valor de R$ 696 mil. O levantamento está relacionado ao projeto Smart Rio Preto.
Mais impostos
Durante a abertura da 23ª Semana do Meio Ambiente, o prefeito anunciou que vai instaurar a cobrança de taxa do lixo. Para tentar escapar das críticas, Fábio Candido explicou que o imposto é um apontamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que já tem estudos sobre valores, e que a cobrança deve entrar em vigor em breve. Para amenizar o desgaste, o prefeito ainda anunciou obras antienchente e de drenagem em córregos.
Coronel Haddad
Apesar do esforço do prefeito em não levar a culpa por mais uma taxa que deve aparecer nos próximos meses – justificando que é coisa do TCE e que pretende fazer justiça social, isentando a população de baixa renda e tentando fazer justiça de valores com aqueles que produzem mais resíduos –, sobrou para ele. Montenegro, na sessão, falou que “o prefeito está aumentado a taxação do povo igual ao ministro Fernando Haddad”.
Sem paz
Um tumulto na última sessão, de terça-feira (3), ganhou rapidamente as redes sociais. O episódio começou quando Rillo tentava defender moções com temas referentes ao Governo Federal e foi interrompido por gritos de Jonarque Gomes de Andrade, presente nas galerias da Casa. Tida Vernucci e a ex-vereadora Celi Regina passaram a chamar o homem de “fascista”. A partir de então, foi só ladeira à baixo.
Intimidação
Jonarque se irritou com as mulheres e foi ao encontro delas com uma postura claramente intimidadora. Precisou um homem, que estava sentado próximo, se levantar e impedir o encontro, que poderia ter terminado em agressão, já que os ânimos estavam visivelmente alterados. Jonarque foi candidato a vereador pelo Republicanos e recebeu 127 votos, se tornando um suplente na Câmara.
Retaliação
Os agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) agiram prontamente para evitar o confronto. Renato Pupo (Avante), Abner Tofanelli (PSB) e Montenegro saíram em defesa das mulheres, pedindo que o presidente Luciano Julião (PL) solicitasse a retirada de Jonarque do prédio. “Claramente, ele tentou intimidar quem está aqui, e há mulheres. Pela segurança delas, eu recomendo a retirada dele”, argumentou Pupo.
Chama o VAR de novo
Julião recorreu às imagens da sessão e de um vídeo feito por um morador que estava próximo ao local para constatar que a postura de Jonarque foi realmente intimidadora. Só então que o presidente solicitou que a GCM escoltasse o homem até o lado de fora do prédio. Diante da confusão, chamou bastante atenção o fato de Márcia Caldas (PL), única vereadora da Casa, permanecer em silêncio e não sair em defesa das mulheres.
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