Política
Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 17 de outubro
Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

Vaias
O prefeito Fábio Candido (PL) foi vaiado pelo público durante o evento de inauguração de um atacarejo, na Região Norte de Rio Preto. A festa foi realizada na noite de quinta-feira (9) com a presença de um seleto grupo de pessoas, antes do início dos atendimentos da loja, que foi na manhã do dia seguinte. As vaias surgiram no momento em que o prefeito fazia discurso. Começaram baixinhas, mas logo tomaram conta do espaço.
Corre
O evento estava lotado e o barulho logo tomou conta dos ouvidos. Quem estava presente afirmou que era até difícil ouvir o que o prefeito falava no discurso. Pelas imagens divulgadas nas redes sociais, Fábio Candido ficou visivelmente incomodado com as vaias. Outras autoridades e até os organizadores aparecem incomodados também. A chateação do prefeito foi tanta que dizem até que deu pressa nele de ir embora.

Repercussão
Dizem que a reação do público foi por causa do tom do discurso do prefeito, transformando uma inauguração de supermercado em uma espécie de palanque político, pior, ideológico. Já outros dizem que foi uma reação espontânea dos presentes, uma vez que o aumento do IPTU, que ainda nem doeu no bolso da população, segue entalado na garganta do eleitor. “O plantio é livre, mas a colheita é obrigatória”, disse um opositor.
Ainda sobre o IPTU
Depois do vereador Felipe Alcalá (PL) ter perdido a liderança do partido na Câmara e de Marcelo Renato (Novo) ter sido colocado publicamente como um traidor pelo prefeito, Odélio Chaves (Podemos) sofreu a mesma fúria marfada que Pedro Roberto (Republicanos) e perdeu um cargo comissionado. Os quatro parlamentares têm em comum o fato de terem votado contra o projeto de aumento do IPTU na Câmara.
Boa sorte
Alcalá se pronunciou na sessão da última terça-feira (14), na tribuna. Ele desejou boa sorte para Márcia no comando do partido na Casa e ressaltou que não sabe os motivos que levaram o deputado federal e presidente municipal do PL, Luiz Carlos Motta, a tomar tal decisão. Alcalá disse que ouviu muitas conversas sobre possíveis motivos e que não chegou a conclusões, mas acabou por colocar a culpa exclusivamente em Motta.
Solidariedade
Pedro Roberto e Renato Pupo (Avante) aproveitaram para prestar solidariedade a Marcelo Renato, vítima de esculhambo por parte do prefeito. Já Bruno Moura (PRD) decidiu que deveria expor que não se solidarizou com o colega de plenário. “Foi uma postura que o vereador teve e um voto. O senhor é mais amigo dele do que nós, sabe quem é ele. Daqui pra frente é vida que segue”, disse Moura para Marcelo Renato.
Era Dória, sim
Pupo lembrou que Fábio Candido já foi alinhado com o ex-governador João Dória. “Ele era Dória, queria ser comandante-geral da Polícia Militar, mas pegou um caminho que não agradou Dória e criou ressentimentos”, afirmou. O vereador ainda lembrou que o deputado estadual Danilo Campetti (Republicanos) ajudou Fábio Candido e depois levou uma “facada nas costas” quando o militar se lançou candidato, disputando os mesmos votos.
A taxa do lixo
Cabo Júlio Donizete (PSD) tentou causar climão na última sessão ao dizer que não votou a criação da taxa do lixo. O vereador alegou que a taxa não é cobrada e que tem o compromisso do atual prefeito de que não entrará em vigor, mas acabou tomando revés em combo. Pupo, João Paulo Rillo (PSOL) e Jean Dornelas (MDB) tiveram que explicar ao vereador que legalmente a taxa existe e pode ser cobrada a qualquer momento.
Deselegante
Durante o discurso, Júlio Donizete ainda disse que está sendo deselegante por parte dos colegas ficarem repetindo que ele foi um dos que votou a criação da taxa do lixo. “É chato isso. Todo lugar que a gente chega o povo vem cobrar. Eu não votei taxa do lixo”, afirmou. “Se ele [o prefeito] resolver cobrar [a taxa do lixo], eu vou lá peitar ele”, disse Donizete. “Espero que [todos os vereadores da base] peitem mesmo”, rebateu Pupo.
Mas por quê?
Entre os questionamentos que Júlio Donizete teve que ouvir, estava os de Rillo: “se o prefeito pretendia só mudar a coleta de lixo para o Semae, por que a taxa de lixo estava lá?” e “se o prefeito não vai colocar mais taxas, por que o Semae contratou uma empresa para ensinar os servidores sobre tarifação de serviços públicos?”. Dornelas emendou: “se não vai instituir taxa de lixo, por que a contratação da empresa?”.
Edital
A contratação que Rillo se referiu é a inelegibilidade de licitação publicada pelo Semae no Diário Oficial que consta como contratada a Associação Brasileira de Agências Reguladoras para um “curso de noções de contabilidade pública para elaboração de taxas e tarifas para a remuneração da prestação de serviços públicos de manejo de águas pluviais e de manejo de resíduos sólidos”. O gasto com o curso é de R$ 2.080,00.
Sem tempo
A mudança da formatação das sessões para realização em duas etapas não surtiu o efeito desejado. O grande problema é matemático. São 23 vereadores e, como a maioria fala mais que os cinco minutos regimentais, pode colocar que são quase duas horas de uso de tribuna. Isso sem contar que tem dias em que há três pessoas para usar a tribuna livre, ou seja, mais meia hora, no mínimo. Aí sobra apenas meia hora para o resto.
Atrasados
No final, as três horas destinadas à primeira parte da sessão são insuficientes, enquanto as quatro horas da segunda parte são mais que suficientes. Na última sessão, por exemplo, a maioria dos vereadores chegou atrasada. Era cerca de 9h30 quando começaram os trabalhos. Ao final da primeira parte, foi correria e, mais uma vez, ficou conteúdo sem votar, acumulando para a próxima sessão.
Personas non gratas
A maioria dos vereadores rejeitou três congratulações a pessoas que se posicionaram publicamente contra o aumento do IPTU, apresentadas pelo vereador Pupo. Em contrapartida, aprovaram a congratulação ao delegado Renato Camacho, responsável pelo inquérito de injúria racial contra o vice-prefeito Fábio Marcondes (PL), que foi transferido da Delegacia Seccional para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
Secretariado
Antes de curtir o Dia das Crianças na fonte da Cidade da Criança, o prefeito reuniu o secretariado para fazer um balanço do que foi o governo até agora. Apesar de alguns apontamentos, a joia da administração até agora ficou sendo a Expô 2025. Colocado como um excelente evento, até pelas dificuldades enfrentadas para fazer acontecer, rendeu elogios à secretária da Agricultura, Carina Ayres. Porém, nem tudo foram flores no encontro. Aliás, poucas foram as flores.

Lealdade
O prefeito exigiu lealdade dos apadrinhados e, dizem, não pegou leve com as críticas aos mais distantes do governo. O próximo grande problema para a imagem se tornou a reforma da previdência. No encontro, foi dada uma degustação de que a proposta vai enfrentar resistência e os secretários vão precisar ter resiliência. Para encerrar, e acalmar os ânimos, não faltou uma oração do Pai-Nosso.
Reforma da previdência
O superintendente da RioPretoPrev, Miguel Elias Daffara, já está com o projeto da reforma da previdência aos servidores públicos pronto e debaixo do braço. Ele apresentou para alguns vereadores durante uma reunião chamada pelo secretário de Governo, Anderson Branco. O projeto deve chegar na Câmara nos próximos dias e não deve aliviar a imagem dos vereadores, já bastante desgastada até agora.
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