Saúde
Nova aliada no combate a hipertensão
Programa para monitorar os hipertensos tem mais de 30 mil pessoas já cadastradas em seus bancos de dados
Você sabia que Rio Preto tem um programa (Hiperdia) para monitorar os hipertensos (vítimas de pressão alta)? Pois é, nele já estão cadastradas mais de 30 mil pessoas. Um número que faz jus aos dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão que estima existir hoje 1,5 bilhão de pessoas vítimas da doença. Sem falar que são registradas 7 milhões de mortes por hipertensão, no mundo. No Brasil, ela mata 300 mil, por ano, o que dá 820 mortes/dia, ou seja, 30 por hora ou uma pessoa morre a cada 2 minutos. Daí porque a hipertensão é conhecida como inimiga silenciosa. Ela pode levar à morte quando não diagnosticada precocemente – e controlada – de forma inesperada.
A boa notícia é que agora a osteopatia, é uma nova uma técnica desenvolvida por especialistas, que atenua os estímulos ligados ao estresse, auxiliando o sistema nervoso autônomo (SNA) a equalizar os sintomas da pressão arterial alta. E de acordo com o osteopata especialista no assunto, Márcio Valsechi Júnior, do Instituto Valsechi, de Rio Preto, pode ser útil, na medida em que atua nos casos em que houve piora relacionada ao estresse, através do controle hormonal que, faz o hipertenso querer abandonar o tratamento. “É sempre importante frisar, que o tratamento osteopatico atua em conjunto com o tratamento médico convencional, pois é o cardiologista que vai verificar a necessidade na modificação da dosagem, quando esta for necessária”, diz. No decorrer das sessões de osteopatia é possível observar o equilíbrio do quadro hipertensivo.
De acordo com o cardiologista Percival Trindade, do Incor de Rio Preto, o problema pode ser desencadeado pelo consumo excessivo de sódio, muito presente no sal de cozinha, e pela vida sedentária. A dona de casa Maria Geni Ramos, 70 anos, comenta que foi orientada a tirar todo o sal da alimentação, e hoje já se acostumou com as comidas ao natural. “É melhor isto, do que ir parar no hospital inconsciente, como já fui algumas vezes”, diz.
O osteopata Márcio Valsechi, observa que o ideal é que o hipertenso além de passar pelas sessões de osteopatia, seja orientado a mudar os hábitos alimentares, passe a praticar atividade física com regularidade e supervisão.
Conforme levantamento apresentado pela Vigitel 2014 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), quase um quarto da população brasileira sofre de hipertensão, um dos principais problemas de saúde pública no país. A pesquisa foi coletada nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal.
Segundo o Ministério da Saúde, entre 2006 e 2014, o total de pessoas com a doença variou entre 23% e 25%, de acordo com a Vigitel. As mulheres são mais hipertensas que os homens, segundo apontou o estudo. Entre elas, 27% informaram ter diagnóstico de hipertensão. Já entre eles, 23% possuem a patologia.
Saiba mais
Hoje, estão cadastrados no programa Hiperdia conduzido pelo município de Rio Preto, 30.948 hipertensos, (Dado computado desde janeiro de 1999 e atualizado até novembro deste ano), o qual é monitorado e acompanhado pelo Ministério da Saúde. O programa de tratamento específico, ofertado por meio do SUS em todas as 26 unidades de saúde, denominado Tempero da Vida. Para realizar o tratamento e acompanhamento da doença na rede pública de saúde, basta que a pessoa procure a unidade de saúde mais próxima de sua casa portando documento de identidade e comprovante de residência. O indivíduo será cadastrado nos grupos e passará por acompanhamento periódico tanto médico com o de enfermagem, que vai monitorar a taxa de glicemia, peso e variações da hipertensão arterial. O paciente também receberá gratuitamente os medicamentos para o controle da doença.
Você sabia
O consumo de sal, é um problema crônico no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Os brasileiros comem muito mais sódio do que o recomendado – a ingestão no país é de 12 gramas por dia, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POFIBGE), de 2008. Enquanto, o limite máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 2 gramas de sódio (equivalente a 5 gramas de sal).
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