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Região reforça combate à leishmaniose

Mirassol está em estado de alerta após a confirmação de cinco cachorros com a doença. Votuporanga é destaque no encoleiramento de animais

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A região de Rio Preto tem reforçado cada vez mais o combate à leishmaniose, doença transmitida por meio da picada do mosquito palha, tendo cães e roedores como “reservatório” do parasita causador da doença. Quando o cão está infectado e é picado, ele pode contaminar o mosquito. Quando a infecção do animal é confirmada, o Ministério da Saúde afirma que a alternativa é encaminhar o animal para eutanásia.

Recomendação que não é acatada por boa parte dos proprietários. Muitos até importam medicamentos para fazer tratamento nos cães, prática condenada pelo governo. O inseto, alguns especialistas afirmam que não é mosquito e sim mosca palha, é encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas. Uma das cidades que estão em estado de alerta por causa da doença é Mirassol. Lá, houve confirmação neste ano de cinco cachorros com leishmaniose. O que preocupa as autoridades é que todas as ocorrências positivas foram registradas no mesmo bairro: Coab 1. A cidade aguarda ainda resultados de novos exames feitos em animais daquela região.

De acordo com o médico veterinário Francisco Anilton Alves Araújo, que é gerente do Laboratório Hertape, “a melhor prevenção para o animal é sem dúvida a vacinação, que é indicada para animais a partir dos 4 meses e que traz uma proteção de 96%”, além da coleira impregnada de inseticida, associada à limpeza adequada do ambiente onde o cão vive”. Ainda segundo o médico, a leishmaniose realmente não tem cura total, em termos parasitológicos. Os sintomas, segundo ele, vão aparecer de acordo com sistema de defesa do animal, condição nutricional e idade – animais novinhos e idosos são mais suscetíveis por causa do frágil sistema de imunidade. Os sintomas mais comuns da doença nos animais são ferimentos na pele (local da picada na ponta das orelhas, ao redor dos olhos e no focinho), febre irregular, aumento das unhas, úlceras no nariz e nos pés, anemia, emagrecimento e aumento do baço e do fígado.

Outra medida que tem chamado à atenção na região é o encoleramento. E neste quesito Votuporanga é destaque. O município erradicou a doença após uma campanha de encoleramento desenvolvida, em parceria, pela Secretaria da Saúde e com Instituto Adolfo Lutz, onde mais de 22 mil coleiras foram distribuídas gratuitamente a população. A ação de combate à leishmaniose que durou dois anos. Com repelentes, as coleiras têm objetivo de afastar o mosquito palha, vetor da leishmania, o protozoário transmissor que tem no cão o hospedeiro da doença, que é transmitida às pessoas também pela picada do mosquito. Ou seja, a coleira específica com inseticida faz com que o mosquito transmissor não se aproxime do cão.

 

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