Saúde
Ambliopia deve ser tratada ainda na infância
Problema que afeta crianças pode levar à perda de visão se não for tratado até os 6 anos de idade. Para proporcionar uma boa visão ao longo da vida, as consultas com o médico oftalmologista precisam estar na rotina das famílias desde os primeiros anos de vida dos filhos

Para proporcionar uma boa visão ao longo da vida, as consultas com o médico oftalmologista precisam estar na rotina das famílias desde os primeiros anos de vida dos filhos. Os oftalmopediatras são especialistas em diagnosticar e tratar, o quanto antes, problemas de visão que atingem as crianças. Entre esses problemas está a ambliopia, também chamada de “olhinho preguiçoso”.
A médica oftalmologista Karina Shimizu, do departamento de oftalmopediatria do Horp, explica que a ambliopia se caracteriza como uma falha no desenvolvimento neuro-visual da criança. “A ambliopia é uma situação na qual a visão não se desenvolve completamente em um ou nos dois olhos, embora tenham aparência normal. Ela é causada quando algo impede ou dificulta a chegada da imagem à retina. Assim, as vias ópticas e o córtex visual, região do cérebro relacionada à visão, não são estimulados adequadamente, de forma que a criança não desenvolve completamente a visão”, explica a médica.
O problema tem cura, desde que seja descoberto e tratado nos primeiros anos de vida. “O paciente que não fizer tratamento no tempo certo pode ter perda visual irreversível”, alerta. Segundo a médica, a ambliopia é a maior causa de redução da acuidade visual uni e bilateral na infância, e chega a atingir de 3 a 4% da população.
A oftalmologista explica que o tratamento da ambliopia consiste em estimular as vias neuro-visuais a se desenvolverem. “O tratamento pode consistir em oclusão do olho normal com um tampão e óculos quando necessário. O tempo de uso varia de acordo com a idade e necessidade da criança. A participação ativa da família e da escola no tratamento proporciona melhores resultados. Uma vez tratada, a ambliopia não volta mais”, conta.
Estar atento ao cotidiano da criança é importante para detectar o problema, pois alguns sinais podem apontar a existência da ambliopia. “Se os pais observarem que a criança apresenta dificuldades com a luz ou adota posições estranhas com a cabeça quando olha para algo, é possível que seja ambliopia. Para descobrir o problema, a consulta com um oftalmologista é imprescindível”, alerta.
De acordo com a oftalmologista, dificuldades visuais costumam ser detectadas com maior frequência pelos pais e professores na idade escolar das crianças, em que a visão é requisitada para a alfabetização. No entanto, nessa fase, a criança já está completando o seu desenvolvimento visual, restando poucas chances de melhora com o tratamento. “Infelizmente, na rotina de consultório, a procura pelo tratamento da ambliopia ainda acontece tardiamente. Portanto, avaliações oftalmológicas semestrais para crianças de até dois anos de idade e anuais até os 9 anos são necessárias”, ressalta.
Karina ressalta que as causas mais comuns da ambliopia são o estrabismo, as grandes diferenças de refração entre os olhos e as alterações oculares que impedem o trajeto correto da luz nos olhos. “Privações da visão de origem física como a ptose e catarata congênita também são causas potenciais da ambliopia. Nos casos mais sérios, pode ser necessária uma correção cirúrgica precoce”, diz.
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