Saúde
Campanha alerta sobre prevenção e diagnóstico de hepatites
Ação começa nesta sexta-feira, dia 28, na praça Rui Barbosa e segue com testes, orientações, apresentações lúdicas e vacinação até o dia 15
A Secretaria de Saúde de Rio Preto inicia nesta sexta-feira, dia 28, campanha de prevenção e diagnóstico de hepatites virais. O objetivo é incentivar a população a realizar testes de hepatites B e C, HIV e sífilis, favorecendo o diagnóstico e tratamento precoces. A campanha começa junto ao Dia Mundial de Combate às Hepatites e termina no dia 15 de agosto, com diversas ações no município.
No ano passado, o Brasil registrou 42.830 casos de hepatites virais. Nestes registros, 14.199 são casos de hepatite B, o que equivale a 6,9 casos por 100 mil habitantes. A transmissão da hepatite B se dá por sexo desprotegido e sangue contaminado. De acordo com Ministério da Saúde, a vacina disponível no SUS é a melhor estratégia de prevenção contra a doença.
Os registros de hepatite C em 2016 alcançaram 27.358 casos, o que representa 13,3 casos por 100 mil habitantes. A doença é transmitida pelo contágio com sangue contaminado, como transfusão de sangue, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos de uso pessoal como agulhas de tatuagem, alicates, tesouras. Ainda não existe vacina para a hepatite C. No ano passado, 2.541 pessoas morreram em decorrência de hepatites virais, das quais 79,8% relacionadas à hepatite C.
Em Rio Preto, nesta sexta-feira, uma equipe da Secretaria de Saúde estará na praça Rui Barbosa, das 9h às 13h, realizando testes, vacinação de hepatite B, orientações, ofertas de preservativos e apresentações lúdicas. Durante todo o período da campanha, haverá intensificação do programa “Fique Sabendo”, que realiza testes de HIV, hepatites e sífilis, nas 27 unidades básicas de saúde do município. A Unidade de Redução de Danos Itinerantes (URDI) também realizará testes em pontos estratégicos e horários alternativos.
As hepatites virais são doenças causadas por diferentes vírus hepatotrópicos, ou seja, que acometem o fígado. A hepatite viral A é transmitida pela via fecal-oral e está relacionada às condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e de alimentos. As hepatites virais B e C são transmitidas pelo sangue, esperma e secreção vaginal (via sexual). A transmissão pode ocorrer pelo compartilhamento de objetos contaminados, como lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, alicates e acessórios de manicure e pedicure, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens, materiais para escarificação da pele para rituais, instrumentos para uso de substâncias injetáveis, inaláveis (cocaína) e pipadas (crack).
Ministério da Saúde anuncia novo tratamento para Hepatite C
O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira, dia 27, o novo tratamento para pessoas diagnosticadas com hepatite C. Independentemente do estágio de comprometimento no fígado, pacientes terão acesso gradativo a medicamentos que apresentam 90% de cura da doença. Atualmente, o país tem 135 mil pessoas diagnosticadas com a doença.O novo protocolo está vinculado à mudança na modalidade de compra de medicamentos. A partir de agora, a pasta vai condicionar os pagamentos para indústria farmacêutica à comprovação da cura do paciente. O modelo novo deve reduzir os custos no tratamento de U$ 6,9 mil para U$ 3 mil, o que possibilitará a inclusão de até três vezes mais pessoas do que as atendidas atualmente no Sistema Único de Saúde (SUS).
O ministério anunciou ainda a incorporação de mais medicamentos, a combinação 3D (Ombitasvir, Paritaprevir, Ritonavir e Desabuvir). As novas inclusões oferecem maiores possibilidades para o tratamento. Esses fármacos também possibilitam a cura superior a 90%, segundo a pasta.
A hepatite C é subdivida conforme o estágio da doença entre os níveis F0 a F4. Após essas etapas, a doença pode evoluir para cirrose, câncer de fígado e levar à necessidade de transplante do órgão. Para que evitar a evolução da doença, que inicialmente não apresenta sintomas, a pasta estima aplicar 12 milhões de testes em todo país. “Queremos alcançar as 135 mil pessoas que estão contaminadas em qualquer nível de hepatite. Nesse ano, após os 12 milhões de testes de hepatite C, vamos procurar identificar mais pessoas que precisam do tratamento. Há muitas pessoas com hepatite que não sabem. A testagem é fundamental”, ressaltou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
A meta do ministério é zerar a fila de pacientes graves que aguardam o tratamento para a hepatite C. Atualmente, 2.800 pessoas esperam para ser tratadas. Até o momento, são medicados os pacientes em grau avançado da doença (F3 e F4). A pasta espera incluir os demais pacientes em até dois anos no tratamento.
Segundo Barros, a medida prevê o tratamento dos casos em estágio inicial da doença para que não haja a propagação do vírus, principalmente quando o paciente ainda não tem sintomas. “É uma política nova, de erradicação da hepatite C no país”, disse.(Com informações da Agência Brasil)
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