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Check-up pós-covid é realmente necessário? Entenda os fatos

Artigo escrito pelo Prof. Dr. Sthefano Atique Gabriel

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De todas as complicações relacionadas ao Coronavírus, a mais impactante ocorreu sobre o sistema circulatório, a partir de manifestações tromboembólicas em diversos segmentos do corpo humano. Não é exagero afirmar que toda pessoa que testou positiva ou que mantém contato próximo com familiares ou amigos reagentes para o vírus apresenta alto risco de evoluir com alterações circulatórias.

Os sintomas podem ser variados e abstratos. Dores nas pernas, formigamento, fraqueza, sensibilidade reduzida, dificuldade para caminhar, falta de ar e inchaço podem constituir manifestações circulatórias tardias relacionadas ao Coronavírus. Ainda não é possível provar que estes sintomas são decorrentes da ação viral, mas a piora no padrão circulatório é perceptível durante a avaliação clínica dos pacientes Covid positivos.

 Estar vacinado representa uma segurança imunológica, entretanto, não isenta o indivíduo dos riscos associados a ação viral. Uma pessoa vacinada pode se contaminar, pode transmitir o vírus e, sobretudo, pode perder sua proteção imunológica ao longo do tempo, reduzindo a capacidade orgânica de conter a ação do antígeno viral.

Além disso, novas variantes surgem com frequência, em especial no momento de recaída sanitária, quando todos estão satisfeitos com a redução nos índices de contaminação e de óbito e, em consequência disso, baixam a guarda, flexibilizando as aglomerações, resistindo ao isolamento e protelando a imunização. Como prova disto, observamos com olhar cético o desenrolar da variante Ômicron sobre o nosso país, que já se tornou a principal forma de infecção viral, com aumento rápido e preocupante no número de infectados em 24 horas.

 A preocupação com a saúde e com a circulação, entretanto, não devem ocorrer apenas se for decretado lockdown ou se houver caos sanitário. A ação viral pode ser fortalecida se houver queda na imunidade, se o efeito imunológico da vacina for menor, se não houver resposta imune em decorrência da vacinação e se o ciclo de proliferação viral for perpetuado, com exposição constante ao mesmo durante festas, aglomerações ou encontros casuais.

Dentro deste contexto de vigência da pandemia, o check-up vascular representa a única forma de prevenir complicações circulatórias relacionadas ao Coronavírus e deve ser realizado periodicamente, permitindo o diagnóstico precoce e a rápida instituição do melhor tratamento. Doenças como trombose venosa profunda, trombose arterial, má circulação, embolia pulmonar e infarto do miocárdio podem ser diagnosticadas com o check-up vascular.

Nenhum sintoma pode ser menosprezado, uma vez que ainda não somos exímios conhecedores das características e das variantes do Coronavírus. Tendo em vista a possibilidade de sintomas tardios, a vigilância clínica é necessária, sobretudo por tranquilizar as pessoas que estão evoluindo com sintomas suspeitos.

Se houver dúvidas, mantenha o acompanhamento médico com seu cirurgião vascular e realize seu check-up. Para mais informações, acesse o site www.drsthefanovascular.com.br.

  Prof. Dr. Sthefano Atique Gabriel. Doutor em Pesquisa em Cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, especialista nas áreas de Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular e coordenador do curso de Medicina da União das Faculdades dos Grandes Lagos (Unilago). 

 

 

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