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‘Mães saradas’ incentivam os filhos a trocar sedentarismo por qualidade de vida

Analista emagrece mais de 40 quilos, com treinos e reeducação alimentar, e avó que treina desde adolescente fala dos benefícios dos exercícios físicos

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A analista de licitações, Ana Paula Cicoti, 49 anos, mudou drasticamente sua vida de cinco anos para cá. Sedentária e com péssimos hábitos de vida, ela estava hipertensa e pré-diabética. Procurou ajuda médica e iniciou um processo de emagrecimento. Perdeu 45 quilos de gordura. E a mulher que nunca havia realizado atividade física em sua vida e odiava esporte passou a amar uma academia. Virou uma “rata de treino”. Ana Paula é mãe de um jovem de 23 anos.

“Hoje sou mais feliz, realizada e saudável. Só me arrependo de não ter iniciado essa vida antes. Precisamos pensar na nossa saúde e nos nossos filhos, em estar com eles, criá-los com mais saúde”, afirma.

“Eu vivia inflada. Eu falo direto: todo gordo é doente, é uma bomba relógio ambulante. Procurei ajuda médica para emagrecer. Não apenas tratar a obesidade, mas o corpo como um todo. Foi aí que resolvi fazer a minha obrigação. Sem frescura.  Fechei a boca e comecei a comer direito. E depois de um tempo a fazer exercícios. Eu pesava mais de 130 quilos e hoje estou com 87.  Tudo que você vai fazer na vida precisa de constância. É a longo prazo. E faço isso até hoje. Não é dieta. Vou a repetir, é comer direito”.

Ela ensina. Não come nada muito industrializado e cortou da sua dieta o açúcar e farinha branca. “Em raras exceções eu como. Mas muito raro. E nada de embutido ou comida de rua. Eu mesmo faço minha comida. Uma vez ou outra como um lanche, um pedaço de bolo, um doce. De resto, se eu quiser me manter saudável e magra, preciso me manter na linha. Na época dos meus pais, avós, todos comiam comida de verdade, alimentos feitos em casa, e não existia essa epidemia de gordos.  Já fazem cinco anos que estou nesse processo e vou continuar assim”.

O filho dela segue os bons exemplos e faz musculação e jiu-jitsu. Também se alimenta com comida de verdade, feita em casa. “Hoje estou muito bem. Magra, mais disposta. Tinha gordura no fígado, não tenho mais. Se a pessoa quiser mudar, ela muda. Basta querer. Não existe imediatismo. É longo prazo”.

Quem também tem uma vida saudável e aconselha mães e avós a praticarem exercícios físicos é a empresária, Andrea Solera, de 58 anos. Mãe de três homens, avó de uma adolescente de 17 anos e um menino de 15 anos.

“Desde cedo sou envolvida com ginastica e musculação. Minha rotina sempre foi puxada e exaustiva. Fui mãe aos 17 anos e comecei a trabalhar muito cedo, junto com o meu ex-marido para darmos condições melhores para nossos filhos.  Acordava às quatro da manhã para treinar. Mantinha uma rotina de uma hora e meia ou duas de treinos. Encerrava o treino, prepara a comida para a criançada e ia trabalhar. Mantive essa rotina por décadas”, afirma a empresária que hoje aparenta uma idade bem menor, além de contar com uma saúde de ferro.

“Meu contato com esporte (academia) começou logo após o nascimento do meu primogênito. Eu tinha apenas 17 anos e me vi obesa após o parto. Na verdade eu não percebi o quanto estava gorda até que minha tia me deu um toque. A partir de então, entrei numa academia e nunca mais saí. Isso aconteceu a 40 anos atrás (jesus, como o tempo passa!!).  Desde 1987 eu mantenho a rotina de atividade físicas ininterruptamente. Isso trouxe benefícios não apenas físicos, mas psíquicos.  Sou o tipo de pessoa que quando tem uma crise de ansiedade vai correr ao invés de sentar na frente da TV e comer um pote de sorvete.  A atividade física traz benefícios ao longo dos anos e principalmente quando chega na minha idade. E a liberação de endorfina durante a prática melhora muito os fatores desencadeantes da depressão”, afirma Andrea.

Ela dá um conselho para as mulheres. “Aconselho todas as mulheres, independentemente da idade, que façam atividade física sempre. De preferência com profissionais da área e numa academia que possa te dar todo o suporte necessário para um bom resultado”. E como tudo na vida é exemplo, o filho dela, Marcelo, se formou médico e hoje ajuda outras pessoas a cuidarem melhor das suas vidas.

Marcelo falou um pouco sobre os efeitos das atividades físicas. “Tenho vários outros exemplos práticos de tudo aquilo que, nós. médicos, estudamos e falamos aos pacientes, de fato funciona. Nossos hábitos impactam diretamente em nossa saúde e longevidade. A intensidade e proporção dos nossos hábitos ditarão nossos resultados futuros. Uma hora a conta chega de tudo que fazemos na juventude. Ninguém escapa do tempo. Pode tentar mascarar ou remediar. Por enquanto, ainda não existe tecnologia nenhuma que substitua a responsabilidade e proativade do paciente em relação ao tratamento. Não basta seguir meu tratamento. É necessário e imperioso que se modifiquem os hábitos”.

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