Redes Sociais

Saúde

Marcar uma consulta médica ou ir ao pronto socorro? Como sair desse impasse?

Artigo escrito pelo Prof. Dr. Edmo Atique Gabriel

Publicado há

em

Quem nunca se deparou com o dilema de ter algum sintoma e não saber o que fazer? Naquele momento agudo, no qual o desespero bate, muitas vezes nós temos dificuldade em julgar qual seria a melhor conduta. Isto se torna mais real na dependência da data e do horário.
Imagine que você sinta uma dor de cabeça muito forte, ao longo da madrugada. Você acorda incomodado, não quer interromper o sono de outras pessoas e fica perambulando pela casa em busca de uma medicação ou de algo que resolva rapidamente o problema.

Os sintomas, quando aparecem, não escolhem data nem circunstância. Eles podem aparecer numa data festiva, como Natal, Páscoa, ou mesmo num feriado, quando muitos estão viajando. Você pode estar viajando, dentro ou fora do país, e acabar passando por esta situação também.
Em casos específicos, como numa viagem internacional, bate um medo tremendo, pois você está apresentando algum desconforto e tem dificuldade quanto a comunicação num certo idioma. Pode acabar retardando um pedido de ajuda e isso ocasionar sérios problemas.

Durante a pandemia da COVID-19, este cenário foi muito estranho e até intrigante. Parecia que ninguém sentia mais nada que não fosse relativo a uma eventual infecção pelo coronavirus. Devido ao risco de aglomeração e contato com pessoas doentes, as emergências hospitalares ficaram muito restritas a pessoas com sintomas da virose. Pessoas com sintomas suspeitos de outras doenças, como um infarto do coração, uma arritmia e uma enxaqueca, buscaram ao máximo resolver estas pendências, tentando contato telefônico ou via teleconsulta.

Fica claro, portanto, que existem dúvidas sobre como proceder, diante da ocorrência de alguns sintomas. Esta decisão pode ser crucial para se recuperar rapidamente, para um diagnóstico mais precoce e para o início de um tratamento. Pode-se dizer que ir a uma emergência hospitalar de forma aleatória pode custar tempo de espera, desgaste físico e mental e uma sensação de baixa resolutividade. Por outro lado, como afirmamos no linguajar médico, “ há certas coisas que não podem esperar”.

Enfim, diante deste dilema, pesquisadores da Universidade da Califórnia criaram um roteiro sobre quais sintomas merecem uma ida imediata a emergência hospitalar e quais sintomas poderiam ser abordados incialmente por meio de uma ligação telefônica, contato via WhatsApp ou mesmo uma teleconsulta. Além de orientar as pessoas, reduzindo o nível de estresse e ansiedade, este roteiro pode favorecer um fluxo mais organizado e mais controlado nas emergências hospitalares.

Prof. Dr. Edmo Atique Gabriel. Cardiologista com especialização em Cirurgia Cardiovascular, orientador de Nutrologia e Longevidade e coordenador da Faculdade de Medicina da Unilago.

AS MAIS LIDAS