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A incidência de trombose venosa profunda tem aumentado em nosso país; entenda

Artigo escrito pelo Prof. Dr. Sthefano Atique Gabriel

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No final de 2023, aproximadamente 490 mil pessoas foram diagnosticadas com trombose venosa profunda no Brasil, uma entidade circulatória caracterizada pela obstrução do segmento venoso por um coágulo de sangue. Esta estatística preocupante está aumentando progressivamente em nosso país, uma vez que o envelhecimento populacional é evidente. Além disso, alguns fatores como fumo, obesidade, sedentarismo, uso de hormônios e procedimentos cirúrgicos contribuem para o aumento dos casos de trombose venosa profunda em nossa população.

Na maior parte das vezes, a embolia pulmonar representa a evolução de um quadro de trombose venosa profunda nos membros inferiores. O coágulo sanguíneo, que está obstruindo a circulação venosa periférica, desprende-se e ao percorrer o sistema circulatório obstrui as artérias pulmonares, dificultando a oxigenação sanguínea.

Nos casos de embolia pulmonar maciça, em que ocorre obstrução de uma parcela expressiva de vasos sanguíneos pulmonares, a dificuldade ventilatória é evidente, com evolução para insuficiência respiratória aguda, descompensação hemodinâmica e parada cardiorrespiratória.

Apesar da gravidade do quadro clínico, a dor torácica de aparecimento repentino e a angústia respiratória, na maior parte dos casos, representam os principais sintomas sugestivos de evolução para a embolia pulmonar. A presença de batimentos cardíacos acelerados e de um ritmo respiratório anormal também podem ser observados nos quadros agudos.

Tradicionalmente, os procedimentos cirúrgicos como cirurgias plásticas, cirurgias bariátricas, cirurgias oncológicas e cirurgias ortopédicas sempre estiveram associadas a um maior risco de evolução para eventos tromboembólicos. Além disso, o uso de anticoncepcionais orais, a gravidez, o período puerperal e o histórico familiar também constituem importantes fatores de risco para a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar.

Atualmente, a procura por procedimentos estéticos como a lipoaspiração é cada vez maior, procedimento cirúrgico que também está associado a maior incidência de trombose venosa profunda. Os eventos tromboembólicos após intervenções cirúrgicas, caracterizados pela trombose venosa profunda e pela embolia pulmonar, resultam do trauma cirúrgico, da predisposição intrínseca a um estado de hipercoagulação e pela lentificação do fluxo sanguíneo, conhecido como estase, durante o procedimento e a recuperação pós-operatória.

A avaliação conjunta com o médico vascular, profissional responsável pelos cuidados com a circulação e pela prevenção de eventos tromboembólicos, associado a orientação quanto às medidas profiláticas pré-operatórias, pode reduzir de maneira expressiva o risco de trombose venosa profunda e de embolia pulmonar associado a procedimentos cirúrgicos. Para mais informações, acesse o site www.drsthefanovascular.com.br.

Prof. Dr. Sthefano Atique Gabriel. Doutor em Pesquisa em Cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, especialista nas áreas de Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular e coordenador do curso de Medicina da União das Faculdades dos Grandes Lagos (Unilago).

 

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