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Colesterol bom e colesterol ruim: qual o significado para nossa circulação?

Artigo escrito pelo Prof. Dr. Sthefano Atique Gabriel

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Dentre os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, a dislipidemia tradicionalmente aumenta o risco de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e má circulação nos membros inferiores. A dislipidemia, entretanto, não causa sintomas. Todavia, caracteriza-se pelo desequilíbrio entre os níveis sanguíneos de colesterol bom, conhecido como HDL, e de colesterol ruim, denominado LDL.

O LDL, fração ruim do colesterol plasmático, acelera o fenômeno aterosclerótico, favorecendo a formação e a progressão das placas de ateroma, ricas em colesterol e células inflamatórias, na parede arterial, resultando em um estado inflamatório e pró-trombótico no endotélio vascular.

Com a evolução da doença aterosclerótica, as placas de ateroma podem causar obstruções arteriais importantes, com expressiva redução do fluxo sanguíneo para os segmentos corporais periféricos e para os órgãos vitais, tais como, os rins, o cérebro e o coração.

O hipofluxo arterial, por sua vez, promove a lentificação da velocidade de fluxo sanguíneo que, consequentemente, constitui um fator predisponente para a trombose do sangue presente nas artérias, resultando em eventos cardiovasculares agudos, como o infarto do miocárdio, o ataque isquêmico transitório e a isquemia arterial aguda nas pernas.

Um indivíduo que, em exames de rotina, apresenta placas de ateroma na parede arterial já pode ser considerado de risco para eventos cardiovasculares, o que exige acompanhamento médico rigoroso. Infelizmente, assim como nos casos de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e tabagismo, o impacto da dislipidemia sobre o sistema circulatório não manifesta sintomas clínicos evidentes, o que dificulta o diagnóstico precoce de doenças arteriais, caso o indivíduo não faça seu check-up vascular.

Por outro lado, aumentar os níveis de HDL, colesterol bom, poderia ser a solução para a dislipidemia, uma vez que a limpeza da parede arterial representa a função primordial do HDL. Entretanto, está não constitui uma tarefa tão simples, exigindo controle alimentar, atividade física regular supervisionada e uma carga genética favorável. A população feminina, ao longo de sua vida, apresenta a proteção cardiovascular em decorrência dos níveis de estrógeno, benefício hormonal não compartilhado com o público masculino, que tradicionalmente apresenta maior risco de eventos cardiovasculares em casos de dislipidemia.

O controle dos níveis de HDL e LDL faz parte do check-up vascular, que também avalia o percentual de obstrução arterial evidenciado nas artérias corporais durante a avaliação circulatória. Para maiores informações, acesse o site www.drsthefanovascular.com.br.

Prof. Dr. Sthefano Atique Gabriel. Doutor em Pesquisa em Cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, especialista nas áreas de Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular e coordenador do curso de Medicina da União das Faculdades dos Grandes Lagos (Unilago).

 

 

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