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Informações importantes sobre o lipedema

Artigo escrito pelo Prof. Dr. Sthefano Atique Gabriel

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Com o aumento do sobrepeso e da obesidade entre a população feminina, muitas mulheres têm recebido o diagnóstico de lipedema quando apresentam inchaço nas pernas. Apesar do aumento recente no reconhecimento do Lipedema entre o público leigo, em grande parte devido a proliferação de conteúdos nas mídias sociais sobre o assunto, o lipedema representa uma doença ainda pouco conhecida, mal diagnosticada e tratada de maneira insuficiente.

O lipedema caracteriza-se pela deposição anormal de gordura nos glúteos e nas pernas e pode ser acompanhado de edema. Tecnicamente, ocorre o acúmulo desproporcional de gordura nas extremidades inferiores, geralmente acompanhado por edema nos membros quando a pessoa fica em pé e por dores nas pernas. O comprometimento estético, o desconforto progressivo e a desfiguração são imperativos nas pacientes portadoras de Lipedema, resultando em sofrimento psicológico e físico.

Estima-se que até 50% dos pacientes com lipedema também estão em sobrepeso ou são obesos, o que pode dificultar o diagnóstico. A desproporção da distribuição da gordura típica do lipedema pode ser facilmente confundida com a desproporção ginecoide ou a obesidade em forma de pera. Entretanto, lipedema não é sinônimo de obesidade.

Algumas diferenças entre estas duas entidades clínicas auxiliam no diagnóstico clínico do lipedema. Quanto ao gênero, enquanto a obesidade pode acometer tanto homens quanto mulheres, o lipedema ocorre quase que exclusivamente nas mulheres. Quanto a localização do depósito de tecido adiposo, na obesidade observa-se acúmulo de gordura em todo o corpo, enquanto no lipedema, os depósitos mais comumente ocorrem nos quadris, nas nádegas e nas pernas. No lipedema, as áreas afetadas são dolorosas, sensíveis e suscetíveis a hematomas e equimoses.

O diagnóstico do lipedema é clínico e ainda não temos a nossa disposição exames de imagem específicos para sua investigação detalhada. O tratamento do lipedema almeja aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuir a progressão da doença e prevenir as complicações. Dentro do planejamento terapêutico, quatro terapias principais devem ser combinadas para minimizar os sintomas clínicos do lipedema:

  • Drenagem linfática manual, com terapia compressiva, exercícios e cuidados com a pele;
  • Dieta e atividade física;
  • Tratamento cirúrgico com lipoaspiração;
  • Suporte psicológico quando necessário.

No meu site (www.drsthefanovascular.com.br), você encontrará mais informações sobre lipedema e suas formas de tratamento.

Prof. Dr. Sthefano Atique Gabriel. Doutor em Pesquisa em Cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, especialista nas áreas de Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular e coordenador do curso de Medicina da União das Faculdades dos Grandes Lagos (Unilago).

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