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A insuficiência da veia safena é algo preocupante?

Artigo escrito pelo Prof. Dr. Sthefano Atique Gabriel

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A veia safena constitui um importante segmento venoso dos membros inferiores, participando de aproximadamente 15% a 20% do retorno do sangue da periferia do corpo em direção ao coração. Além da função de drenagem venosa, a veia safena, em especial a veia safena magna, pode ser utilizada em cirurgias cardíacas nos procedimentos de ponte de veia safena.

Durante o nosso ciclo biológico, a veia safena pode sofrer um processo de degeneração de sua parede, com insuficiência valvular e perda de sua função. Isto ocorre devido aos fatores de risco para insuficiência venosa crônica, tais como, envelhecimento, gestação, puerpério, sobrepeso, obesidade, sedentarismo e histórico familiar.

Quando a veia safena se torna insuficiente, o excesso de sangue neste vaso aumenta o risco de eventos tromboembólicos, com maior incidência de tromboflebites em veias superficiais. Além disso, a insuficiência da veia safena está associada a dermatite ocre, eczema e formação da úlcera venosa, geralmente localizada próxima ao tornozelo.

A úlcera venosa de estase, em sua grande maioria, está associada à insuficiência da veia safena e das veias perfurantes, responsáveis pela comunicação das veias superficiais e profundas. A presença da úlcera representa um estágio evolutivo avançado da doença venosa, com importante impacto sobre a qualidade de vida do indivíduo. Estudos recentes apontam a doença varicosa associada a úlcera como uma causa frequente de afastamento do trabalho e prejuízo financeiro familiar.

O diagnóstico da insuficiência da veia safena pode ser realizado a partir de um exame clínico detalhado, com a identificação de volumosas veias na face medial da perna e da coxa. Para sua confirmação, entretanto, é necessário a avaliação ecográfica com o doppler vascular, que permite a análise detalhada de toda a extensão da veia safena, com mensuração dos pontos de insuficiência e dos locais que merecem tratamento.

A insuficiência de veia safena sempre deve ser tratada. Atualmente, além da cirurgia convencional, existem opções minimamente invasivas para o tratamento dos segmentos doentes, incluindo tratamento a laser, termoablação por radiofrequência e escleroterapia com polidocanol.

Os consensos Americano e Europeu apontam o tratamento termoablativo a laser e com radiofrequência como a opção de primeira linha quando houver insuficiência da veia safena. Estes procedimentos estão associados à menor incidência de dor e de hematoma no pós-operatório, além do retorno rápido às atividades e pouco tempo de afastamento do trabalho. Para mais informações, acesse o site www.drsthefanovascular.com.br.

Prof. Dr. Sthefano Atique Gabriel. Prof. Dr. Sthefano Atique Gabriel. Doutor em Pesquisa em Cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, especialista nas áreas de Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular e coordenador do curso de Medicina da União das Faculdades dos Grandes Lagos (Unilago).

 

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