Redes Sociais

Saúde

Uso do endolaser para o tratamento de insuficiência da veia safena

Artigo escrito pelo Prof. Dr. Sthefano Atique Gabriel

Publicado há

em

A insuficiência da veia safena representa uma importante causa de dores nas pernas e de inchaço nos pés. Além disso, uma pessoa portadora de veia safena doente apresenta maior risco de evoluir com trombose venosa superficial e com alterações de pele, como por exemplo, dermatite ocre, eczema no tornozelo e formação da úlcera venosa.

Exceto em casos de pessoas magras e com veias varicosas dilatadas e tortuosas no trajeto anatômico da veia safena, nem sempre é possível diagnosticar a insuficiência da veia safena durante o exame clínico. Portanto, o doppler vascular assume papel de extrema relevância na avaliação da veia safena, permitindo o diagnóstico do refluxo, o aumento do calibre venoso e a extensão do acometimento circulatório, além de identificar a relação entre a degeneração da veia safena e a presença de varizes nas pernas.

Refluxo e insuficiência são termos médicos utilizados na prática diária quando nos referimos ao acometimento da veia safena. Em decorrência da dilatação da parede venosa e da perda de função das suas válvulas, ocorre o refluxo que significa que o sangue bombeado pelas pernas em direção ao coração, sob o efeito da gravidade e como resultado da falha valvular, tende a retornar para a região do tornozelo, sobrecarregando a perna e promovendo um quadro de hipertensão venosa no membro inferior, responsável pelos sintomas clínicos de pernas pesadas e cansadas, inchaço e as alterações de pele citadas acima.

Como de conhecimento geral, a herança familiar, o uso de medicações contraceptivas, a gravidez, a obesidade e o sedentarismo constituem importantes fatores de risco para a doença venosa crônica, em especial para a insuficiência da veia safena. Mitos como o uso de salto alto não participam da formação de veias varicosas e nem da progressiva dilatação da parede da veia safena, com a consequente evolução para a insuficiência valvular.

Curiosamente, o medo de ficar sem as “veias” representa a principal preocupação populacional quando é indicado o tratamento da veia safena doente. Uma vez que a malha venosa é muito extensa e a veia safena não constitui um segmento venoso imprescindível para o retorno do sangue da periferia do corpo em direção ao coração, é possível tratar a insuficiência da veia safena com remoção cirúrgica ou termoablação a laser sem prejuízos para o paciente.

Quanto ao melhor tipo de tratamento, a decisão depende da avaliação médica personalizada. A cirurgia convencional ainda é muito realizada para o tratamento da veia safena insuficiente, com bons resultados. Entretanto, carrega consigo os inconvenientes de um procedimento invasivo, tais como, maiores incisões, hematomas mais volumosos e recuperação clínica demorada.

Por outro lado, o tratamento da insuficiência de veia safena com endolaser ganhou a preferência dos experts americanos e europeus uma vez que este procedimento é minimamente invasivo, totalmente guiado por ultrassom e sem a necessidade de cortes. Além disso, a recuperação é rápida e as queixas de dores no pós-operatório são mínimas. Nesta balança entre vantagens e desvantagens, o desejo do paciente sempre deve ser levado em consideração na decisão terapêutico.

Para mais informações, acesse o site www.drsthefanovascular.com.br.

Prof. Dr. Sthefano Atique Gabriel. Doutor em Pesquisa em Cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, especialista nas áreas de Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular e coordenador do curso de Medicina da União das Faculdades dos Grandes Lagos (Unilago).

 

AS MAIS LIDAS