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Conselho do Automóvel Clube analisa propostas envolvendo o clube de campo da agremiação

A crise que assola o país somada ao alto custo para manter a sede e o clube de campo impõem à agremiação a necessidade de busca de alternativas que possibilitem a manutenção, crescimento e continuidade da agremiação.

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Alternativa esta que passa pela negociação do clube de campo e preservação da sede social na avenida Alberto Andaló no centro de Rio Preto. Essa é a polêmica e o drama que envolve o Rio Preto Automóvel Clube, um dos mais tradicionais clubes do Noroeste Paulista.

 

O fechamento do clube de campo do Rio Preto Automóvel Clube pode ter dia marcado, já que na próxima terça-feira (dia 5), o conselho deliberativo da agremiação – formado por 45 associados – vai analisar propostas de pelo menos duas construtoras interessadas em estabelecer negociação envolvendo a área do clube de campo, que fica às margens da rodovia Washington Luís (SP-310). Caso o conselho aprove a negociação do clube de campo caberá à assembleia de sócios a ratificação da decisão.

O crítico cenário enfrentado pelo Automóvel Clube não é diferente de muitos outros clubes brasileiros e mesmo local, tendo em vista a crise econômica que assola o Brasil, as incertezas políticas e até o ‘boom’ de condomínios fechados que estão oferecendo amplas áreas de lazer e entretenimento bem equipadas e igualadas às opções oferecidas pelas agremiações.

O clube de campo do Automóvel fica a sete quilômetros da área central de Rio Preto e possui ampla área esportiva, com piscinas, quadras de tênis, quadra de areia, seis minicampos, além de quiosques e vários espaços para festas. No ano passado, a diretoria do Automóvel Clube vendeu por R$ 3 milhões uma área anexa ao clube de campo, de aproximadamente 20 mil metros. O montante foi dividido em cinco parcelas, sendo que a diretoria já recebeu duas, uma em dezembro de 2015 e outra em março. Entretanto, nem essa “verba extra” foi suficiente para resolver os altos gastos financeiros para manter a sede social e o clube de campo. Caso a negociação envolvendo a área do clube de campo seja aprovada, a sede social na Alberto Andaló, instalada em uma das avenidas mais movimentadas de Rio Preto, será mantida normalmente e com expectativa de grande melhora e atualização dos espaços e departamentos.

O Automóvel Clube completa 96 anos de fundação em maio deste ano e com o passar dos anos tornou-se referência nas áreas histórica, cultural, social e esportiva de Rio Preto e região. Na sede social há um amplo complexo esportivo com quadras de tênis, canchas de bocha, piscinas, quadras, salas de ginástica, judô, balé, e jogos, além de sauna, áreas sociais, espaço gastronômico e o tradicional salão social para festas, shows e eventos.

De acordo com o diretor do clube Jesus Martin, a manutenção do clube de campo gera despesa mensal de aproximadamente R$ 55 mil. Valor que compromete quase 20% da receita, oriunda principalmente de mensalidades. “Entre 2014 e 2015, o AC perdeu 365 sócios. Os números são preocupantes e essa perda deverá se repetir e talvez com maior intensidade no primeiro e segundo trimestre deste ano”, afirma ele. O clube conta ainda com 500 sócios remidos, que são livres de qualquer despesa mensal. Jesus ressalta que com a falta de verba em caixa fica inviável a realização de eventos e promoções de custos elevados como os realizados em décadas passadas. No palco do Automóvel Clube já passaram grandes nomes como: Roberto Carlos, Elis Regina, Alcione, Sandra de Sá, Chico Anísio e outros.

“A despesa com a manutenção da sede e do clube de campo é muito alta. Por isso, a melhor saída é a negociação do clube de campo”. Outro fator que complica ainda mais a situação do AC é o montante gasto por mês com compromissos bancários, que chegam na ordem de R$ 94 mil. “Caso a associação atrase três parcelas mensais dessa dívida haverá execução e consequentemente a negativação. Até o momento o clube não conta com nenhum protesto e nenhuma execução judicial. “Resolvemos praticamente 90% das ações trabalhistas, pagamos mais de R$ 2 milhões de dívidas de diretorias anteriores e hoje estamos em dia com nossos fornecedores”, ressaltou.

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