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Polícia Militar apreende moto com ‘duas placas’ e registro de furto

Agentes garantem que trata-se do mesmo veículo, que acabou apreendido para ser periciado; abordagem foi feita porque piloto trafegava com lanterna queimada

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Um caso, no mínimo, peculiar foi registrado no plantão policial deste sábado (24), em Rio Preto. Uma moto teria sido furtada, encontrada pelo proprietário, mas ainda consta no sistema como produto de furto. Agentes da Polícia Rodoviária Estadual decidiram abordar o piloto que transitava com uma CG 125 Fan vermelha porque o veículo se encontrava com a lanterna traseira queimada. Aí começou toda a ‘confusão’.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, era por volta de 19h15, quando o condutor, de 23 anos, dirigia a motocicleta pela rodovia SP-310 (Washington Luís) sentido Norte. Ao perceberem a lanterna apagada, os policiais decidiram realizar a abordagem, na qual se descobriu que, além do problema elétrico, a placa e chassis estavam adulterados.

Substituindo uma letra por um número, o resultado da pesquisa foi que o veículo tinha queixa de furto. O piloto contou que comprou o veículo em uma oficina de motos, como sendo de leilão, inclusive apresentando uma nota fiscal de compra. Ele alega que a adquiriu do jeito que está, ou seja com a placa Mercosul e o chassi parcialmente pintado, restando apenas os quatro últimos números. Quanto a questão de furto no sistema, a polícia acredita ter sido em razão de um registro feito pelo próprio piloto, realizado eletronicamente no último dia 10 de de novembro.

No documento anexado ao BO, ele alega que colocou a moto à venda pela rede social Facebook e no dia 9/11 uma mulher mandou mensagem querendo saber sobre o veículo, mas após responder, ela não falou mais nada. Horas depois, porém, um homem foi até a casa dele para ver a moto, montou nela para testar e fugiu em disparada. Ele afirma ainda no registro que dias depois conseguiu informações sobre o caso e que um indivíduo postou uma moto à venda com características muito semelhantes as da moto dele.

Por fim, prometeu apurar e relatar posteriormente à polícia. No depoimento, os policiais informam que “ele preencheu manualmente os dados do veículo no boletim eletrônico, ou seja, cadastrou o veículo com a placa que ostenta, inclusive cadastrou o próprio nome no campo ‘proprietário’, bem como, cadastrou o chassi completo, com base nos dados da nota de leião que possui e que acreditava ser assim que deveria ter feito”.

Apesar de alguma divergência, com um cadastro de furto realizado pelo próprio condutor e outro bloqueio de furto aparecendo se trocada a letra pelo numeral, trata-se do mesmo veículo. Porém, na pesquisa a motocicleta em questão não aparece como de leilão ou com baixa permanente, mas sim como veículo ‘em circulação’, ou seja, em apuração preliminar, a moto parece não ter sido leiloada, ou esta informação não foi ‘alimentada’ no sistema.

Sendo assim, caso seja de leilão, os sinais identificadores (placa e chassi) foram adulterados. O veículo foi apreendido e encaminhado para o pátio de Cedral, onde será periciado. Ainda em relação ao BO eletrônico, consta que três dias depois dos fatos, o condutor conseguiu fazer contato com a esposa do autor do furto pelo messenger e ficou decidido a abandonar o veículo e informar o local para que ele encontrasse a moto e assim foi feito.

Desde então, ele se encontra em poder da motocicleta, mas não informou a polícia sobre o ocorrido. O delegado de plantão determinou a confecção do boletim de ocorrência e que seja enviado para a delegacia correspondente a área dos fatos, para que seja apurado.

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