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Rio Preto tem mais de 3,5 mil pessoas idosas no mercado formal

Levantamento do Centro de Estudos Econômicos Acirp indica predominância masculina

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Reprodução/ Edilson Rodrigues/ Agência Senado

O Centro de Estudos Econômicos (CEE) da Acirp divulgou um levantamento sobre a inserção de trabalhadores com 65 anos ou mais no mercado formal de trabalho em Rio Preto. Com base na RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), último ano disponível, 2023, a cidade registra 3.659 vínculos formais ocupados por pessoas idosas.

O estudo foi divulgado em alusão ao mês que se celebra o Dia Internacional da Pessoa Idosa.

Homens na frente

A distribuição por gênero indica predominância masculina: 67,26% dos postos são ocupados por homens, enquanto as mulheres respondem por 32,74% do total. O mapeamento por ocupação demonstra que a absorção dessa força de trabalho se concentra em atividades que valorizam experiência, regularidade operacional e conhecimento prático acumulado.

Profissões com maior número de vínculos

As cinco profissões com maior número de vínculos são motorista de caminhão (217), faxineiro (215), porteiro (153), professor de nível médio no ensino fundamental (148) e auxiliar administrativo (136). Esses resultados reforçam a presença de profissionais idosos em setores estratégicos como logística e transporte, limpeza e conservação, segurança patrimonial, apoio à educação básica e rotinas administrativas, compondo um quadro de longevidade ativa que contribui para a produtividade e a estabilidade das empresas locais.

Na avaliação do CEE/Acirp, os dados sustentam a necessidade de políticas contínuas de empregabilidade e qualificação voltadas ao público sênior, abrangendo atualização tecnológica, ergonomia e prevenção de riscos, além do combate a barreiras de idade nos processos de seleção.

“Os números mostram que a pessoa idosa não apenas se mantém economicamente ativa, como agrega valor concreto às operações das empresas. Experiência, menor rotatividade e capacidade de mediação de conflitos são ativos que se traduzem em produtividade e qualidade de atendimento. Para ampliar esse potencial, é fundamental removermos o etarismo dos filtros de contratação e oferecermos trilhas de requalificação compatíveis com as demandas tecnológicas atuais; quando diferentes gerações trabalham juntas, o resultado é um ambiente mais eficiente, seguro e orientado ao cliente”, destaca Adnan Jebailey, economista responsável pelo Centro de Econômicos da Acirp.

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