Empresa de Rio Preto especialista em franquias abre filial em Portugal

A RZD, empresa de Rio Preto especializada em formatação e expansão de franquias, vai inaugurar sua primeira filial internacional em Portugal. O escritório será no Porto e terá a função de hub para toda a Europa, incluindo Espanha e outros países estratégicos do continente.

A consultoria já formatou mais de 800 redes no Brasil, entre elas marcas conhecidas como Bella Capri, Chiquinho Sorvetes, Seguralta e Truss. Agora, dá o salto internacional em um momento em que o franchising brasileiro vive expansão recorde. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor faturou R$ 273 bilhões em 2024, crescimento de 13,5% em relação ao ano anterior. No exterior, as redes brasileiras já somam 2.901 operações, com Portugal ocupando lugar de destaque: 48% das marcas internacionalizadas estão presentes no país, que concentra 276 unidades, seguido da Espanha, com 91 operações.

Para Marcelo Poli, fundador da RZD, a escolha do Porto foi estratégica. Portugal tem proximidade cultural e linguística com o Brasil e a cidade se consolidou como polo econômico em crescimento, com forte ecossistema de inovação e posição logística privilegiada. A filial vai receber marcas brasileiras dos setores de mobilidade elétrica, alimentação e perfumaria, já confirmadas para desembarcar no mercado europeu. Outras negociações estão em andamento.

Entre os segmentos com maior potencial de sucesso, Poli destaca alimentação, saúde, beleza, educação e mobilidade. Na avaliação dele, esses setores têm grande aderência ao perfil de consumo europeu, que valoriza conveniência, experiência e qualidade.

O fundador da RZD também compara os dois mercados. Enquanto o franchising brasileiro é mais maduro, com legislação própria e redes de grande porte, Portugal e Espanha têm modelos mais flexíveis e buscam profissionalização. Nesse cenário, o know-how brasileiro pode fazer diferença.

A expectativa é movimentar milhões de euros nos próximos anos, entre taxas de franquia, royalties e geração de empregos diretos e indiretos. Para Poli, a chegada à Europa é um marco para a própria empresa e para o setor. Ele define o movimento como a realização de um sonho pessoal e a consolidação de anos de trabalho em franchising, com a possibilidade de colocar Rio Preto e marcas brasileiras no mapa europeu.