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PF deflagra operação contra fake news eleitoral na região

Investigação revelou campanha anônima de desinformação com ofensas e exposição de vítimas, incluindo uma criança

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Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (15/07) a Operação Quimera, com o objetivo de combater a disseminação de notícias falsas e a desinformação eleitoral nas redes sociais durante as eleições municipais de 2024, em Urânia, cidade que pertence a mesorregião de Rio Preto.

As investigações identificaram um perfil falso utilizado para espalhar fake news, calúnias, difamações e outros ataques virtuais contra eleitores, apoiadores e candidatos ligados a um grupo político da cidade. O conteúdo anônimo também expôs imagens pessoais das vítimas — entre elas, uma criança — e foi amplamente divulgado nas semanas que antecederam o pleito.

A ação foi autorizada pela Justiça Eleitoral após representação da Polícia Federal, resultando no cumprimento de três mandados de busca e apreensão em dois endereços residenciais e em uma empresa associada aos investigados.

De acordo com a Polícia Federal, o caso ganhou destaque após diversas vítimas procurarem a Delegacia de Polícia Civil da cidade para registrar boletins de ocorrência. Diante do caráter eleitoral das publicações, os casos foram encaminhados à Delegacia da Polícia Federal em Jales, que assumiu a apuração.

Os investigados — e outros que ainda podem ser identificados — poderão responder por crimes contra a honra, falsidade ideológica, associação criminosa e infrações eleitorais específicas. As penas podem ultrapassar oito anos de prisão, além de sanções administrativas, eleitorais e financeiras.

A Polícia Federal destaca que o anonimato nas redes sociais não significa impunidade. O uso de ferramentas tecnológicas e técnicas especializadas em investigação digital permite a identificação dos responsáveis, garantindo a proteção da democracia e a responsabilização criminal.

Todo o material apreendido — incluindo documentos e dispositivos eletrônicos — será encaminhado à sede da PF em Jales e, posteriormente, à perícia federal para extração e análise de dados. As informações obtidas devem fortalecer as provas e apontar novos envolvidos no esquema.

(Polícia Federal)

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