Política
Moradores de condomínios cobram corte de gastos da Prefeitura e criticam reunião
Encontro sobre reajuste do IPTU terminou em atrito e movimento ameaça recorrer ao Ministério Público

Representantes de moradores de condomínios de Rio Preto saíram insatisfeitos de uma reunião realizada nesta segunda-feira (22) com o prefeito Fábio Candido (PL) para tratar do reajuste do IPTU. O presidente de uma das associações, Rogério Giardino, criticou a condução do encontro e acusou o governo de agir com contradições.
Segundo ele, o prefeito havia garantido que a reunião seria fechada, sem presença de vereadores, mas convocou sua base para acompanhar a discussão. Giardino também relatou que houve tentativa de confiscar os celulares dos participantes antes da entrada, o que foi rejeitado pelos moradores. Outro ponto de atrito foi o tempo de fala: o prefeito teria ocupado 50 dos 60 minutos previstos, restando apenas dez para a manifestação da associação.
“O prefeito falou longamente sobre outros problemas da cidade e quase não tratou do IPTU. Nós deixamos claro que não aceitamos aumento com base na Fipe. Defendemos apenas a correção da inflação mais 5%. Qualquer valor além disso, vamos acionar o Ministério Público”, disse Giardino. Ele também cobrou que a Prefeitura “enxugue a máquina pública” para reduzir o peso dos impostos sobre a população, criticando a proposta de ampliar o número de subprefeituras de duas para dez.
A Prefeitura, por sua vez, afirmou que o prefeito apresentou o cenário financeiro do município e explicou que herdou déficit de cerca de R$ 300 milhões. Reforçou ainda que a atualização da planta genérica de valores é necessária para corrigir distorções acumuladas em 11 anos. Segundo a administração, não haverá aumento linear do imposto, e travas e descontos serão aplicados para evitar sobressaltos.
Mesmo com a justificativa, a ausência de uma nova proposta e a falta de definição sobre os próximos passos ampliaram o clima de insatisfação. O movimento dos condomínios promete manter a pressão e levar o debate ao Legislativo e à Justiça, caso o governo não recue.
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