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Rui Falcão diz que PEC da Dosimetria e Reforma Administrativa perderam força

Deputado afirma que prioridade das votações é o fim da escala 6×1

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Em visita a Rio Preto nesta sexta-feira (14), o deputado federal Rui Falcão (PT) afirmou que duas das principais pautas discutidas nas últimas semanas — a PEC da Dosimetria e a Reforma Administrativa — perderam força e não devem avançar no Congresso até o fim do ano legislativo. Segundo ele, o foco das votações migrou para projetos com maior impacto direto na vida da população, como o fim da escala 6×1 no comércio e em serviços.

Falcão esteve no Centro Cultural Vasco, no Boa Vista, durante o evento de filiação do vereador João Paulo Rillo ao PT, que contou também com a presença do ex-ministro José Dirceu e do deputado federal Kiko Celequim (PT). Após oito anos no PSOL, Rillo retorna ao partido com pretensão de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa.

PEC da Dosimetria e Reforma Administrativa sem clima para votação

Para Rui Falcão, não há ambiente político nem tempo hábil para que a PEC da Dosimetria e a Reforma Administrativa avancem. “Esses projetos já perderam força. O ano legislativo termina em 17 de dezembro. Temos que votar orçamento, LDO, regras para Big Techs. Não há condições de colocar essas pautas em votação”, afirmou.

Ele criticou a PEC da Dosimetria, destacando que sequer há um texto consolidado. “Nem sabemos qual é o projeto. O relator fez propaganda, disse que está negociando, mas não apresentou o conteúdo. Como apoiar algo assim?”, questionou.

Críticas ao texto sobre facções e à reação do Congresso

O deputado dedicou parte da fala à análise do projeto que trata do combate a facções criminosas, tema que gerou uma série de versões e recuos no Congresso. Ele afirmou que o debate ganhou força após o que chamou de “banho de sangue no Rio de Janeiro” e acusou governadores de explorarem o episódio politicamente.

Falcão criticou especialmente a proposta que equiparava facções a organizações terroristas, abrindo brecha — segundo ele — para intervenção estrangeira e retirando protagonismo da Polícia Federal. “Era um risco de violação de soberania. E ainda fragilizava o trabalho da PF, que vem desmontando organizações criminosas e apreendendo bens sem dar um tiro”, disse.

Ele também apontou contradições mantidas na versão mais recente, como a proibição de auxílio-reclusão para famílias de presos e a falta de benefícios legais para detentos que denunciem esquemas de facções.

Para o deputado, o melhor caminho seria retomar o texto original apresentado pelo PT. “Nosso projeto endurece penas e prevê perdimento de bens em ação criminal, como funciona nos Estados Unidos. O modelo atual favorece empresas que atuam associadas ao crime”, disse.

Escala 6×1 ganha força

Na avaliação de Falcão, o tema com maior chance de votação ainda neste ano é o fim da escala 6×1, que vem sendo adotada por grandes empresas. “Drogaria São Paulo, Pacheco, hotéis de luxo e até redes internacionais já estão operando no 5×2. As pessoas trabalham com mais disposição. Só falta melhorar o salário”, afirmou.

Ele mencionou ainda projetos relativos a mototáxis e autoescolas, também em tramitação.

Eleições 2026 e cenário no PT

Rui Falcão reafirmou que é pré-candidato à reeleição para a Câmara dos Deputados e defendeu a candidatura de Lula (PT) à Presidência. Sobre São Paulo, disse preferir Fernando Haddad (PT) como candidato ao governo, mas não descartou Geraldo Alckmin (PSB), que também poderia disputar o Senado.

Em relação à política local, destacou a volta de Rillo ao PT. “Ele é candidato a deputado estadual e deve fazer boas dobradinhas. Tenho ligação antiga com a região, estudei aqui em Monte Aprazível. É sempre um retorno afetivo”, afirmou.

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