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Famerp recebe pesquisadores do Senegal para intercâmbio científico

Grupo de pesquisadores do Instituto Pasteur, de Dakar, no Senegal, estão atuando no laboratório de virologia da faculdade para troca de experiências sobre zika vírus, dengue e chikungunya

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Pesquisadores do Instituto Pasteur, de Dakar, no Senegal, estão no laboratório de virologia da Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) para a realização de um intercâmbio técnico científico e troca de experiências sobre zika vírus, dengue e chikungunya. Os profissionais senegaleses têm experiência de mais de 15 anos no estudo desses vírus e vieram ao país para trazer novas informações aos pesquisadores brasileiros, que podem auxiliar no enfrentamento dos surtos dessas doenças.
A equipe, formada por Oumar Faye, Oumar Ndiaye, Moussa Dia e Amadou Alpha Sall, está sendo acompanhada pelos pesquisadores Paolo Zanotto e Daniel Ferreira de Lima Neto do Departamento de Microbiologia, da USP. 

O vírus Zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e da chickungunya. Os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em até sete dias. A doença se assemelha com a dengue por ter sinais semelhantes, como febre, manchas pelo corpo com coceira, dor de cabeça e nas articulações, enjoo e dores musculares. Em alguns casos, o paciente pode apresentar olhos vermelhos.

Segundo Maurício Lacerda Nogueira, chefe do Laboratório de Virologia da faculdade, esses profissionais trazem novas experiências na área de sorologia, o que pode trazer novas diretrizes para os estudos de diagnóstico e tratamento para as doenças originadas por esses vírus. “A grande importância é a troca de experiências. Eles têm experiência com o zika vírus. Vão explicar como interpretar a relação entre ele e a dengue. São vírus próximos e que os resultados podem confundir entre um ou outro. Obviamente que a técnica é importante, mas eles trazem conhecimento e experiência em ambos assuntos”, afirma ele. 

Ele explicou que um dos bairros estudados é a Vila Toninho. Por lá, além da dengue, há pesquisas relacionadas sobre zika vírus e febre chikungunya. “Estamos procurando ativamente mosquitos infectados pelo zika, mas até o momento não achamos nenhum. Achamos mosquitos com vírus da dengue, mas ainda nada foi localizado em relação as outras duas doenças”, disse ele. 

Notificação local
Prefeitura de Rio Preto já notificou um caso de zika vírus no ano passado, mas a Famerp acredita que o número seja maior. “Acreditamos que seja maior porque até o momento não tinha sido testado de uma forma sistemática. Estamos agora testando sistematicamente os pacientes suspeitos de dengue para zika, aqui na faculdade, isso não é uma política oficial do Estado”, afirmou o chefe do Laboratório de Virologia da faculdade. O transmissor da doença, até o momento, segundo Nogueira, é o Aedes. “Mas como houve poucos casos no passado não sabemos completamente. Então, a nossa pesquisa agora não é só para os vetores do Aedes, mas outros mosquitos também. 

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