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Prevenção do câncer de pele em trabalhadores é destaque de campanha

Dezembro Laranja busca conscientizar sobre a importância do cuidado constante com a pele e o uso contínuo de filtros solares

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Trabalhar de sol a sol. Usada para indicar uma rotina intensa de trabalho, a frase dita pelos quatros cantos do Brasil, se levada ao pé da letra, pode indicar um dado alarmante: segundo a pesquisa publicada pela revista científica Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology, os trabalhadores que ficam expostos ao sol durante as atividades profissionais têm três vezes mais chances de desenvolver câncer de pele do tipo não melanoma – que representa 95% dos registros da doença no mundo, do que pessoas que trabalham em locais cobertos.

Estes números levaram a SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia – a escolher o tema “Se exponha, mas não se queime” para a “Dezembro Laranja 2017”, voltada aos trabalhadores que desempenham suas atividades diárias expostos ao sol. A campanha visa a alertar a população sobre a necessidade de proteção e cuidados diários com o maior órgão do nosso corpo – a pele. A época foi escolhida por ser início do verão e, com ele, do aumento da incidência de raios ultravioletas. Entre todos os tipos conhecidos de câncer, o de pele é o mais comum no Brasil e corresponde a quase um terço dos tumores malignos registrados, segundo o INCA – Instituto Nacional do Câncer. Só em 2016, 175 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença no Brasil.

Para quem quiser saber se é da faixa de risco para desenvolver a doença, a Sociedade Brasileira de Dermatologia tem em seu site uma ferramenta que calcula estas chances. As perguntas podem ser respondidas no link: http://www.sbd.org.br/calculadora-de-risco-de-cancer-da-pele.

A doença

A principal causa do câncer de pele é a exposição excessiva à luz do sol ou até mesmo câmaras de bronzeamento. Os locais mais comuns são rosto, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombro e costas. Segundo a Dra. Renata Meneguette Lacerda, da clínica Duopelle de Rio Preto, “pessoas com pele clara, histórico da doença na família que possuem muitas pintas, correm mais riscos de ter a doença”. A exposição a agentes químicos e a radiação ionizante também são fatores de risco. Em qualquer um destes casos, a visita ao médico responsável precisa ser feita com mais frequência. Para prevenir o problema, é indicado evitar exposição ao sol das 10h às 16h -horários em que os raios ultravioletas são mais intensos. Além disso, o uso constante do protetor solar, chapéu, guarda-sol e óculos escuros também são recomendados.

Diagnóstico

Lesões que aparecem e não somem, pintas que apresentam mudança de cor ou textura e feridas que não cicatrizam, são algumas das características que podem ajudar a alertar se algo está errado em você. O diagnóstico pode ser feito por um dermatologista ou oncologista. A dermatologista Maria Claudia Nonato, da Duopelle, afirma que o diagnóstico precoce é muito importante. “Quando o diagnóstico é realizado logo no início da doença, o paciente possui grandes chances de cura. Os índices de sucesso nos tratamentos nestes casos podem chegar a 90%”, ressalta.

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