Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 12 de abril

Fim da janela

Fechada oficialmente a janela eleitoral, a configuração da Câmara de Rio Preto ganhou representantes de três partidos e perdeu de dois. PSDB e PL deixaram de ter representantes, enquanto Podemos conseguiu dois e Avante e Novo, um cada. O MDB que tinha três vereadores está com quatro. O PSD que tinha dois, ficou com três, e o PRD permaneceu com dois. Já o PSOL, União Brasil e Progressistas ficaram com um cada. O Republicanos tinha três e agora está com um.

Pula-pula

O MDB, que já tinha Cláudia de Giuli, Jean Charles e Celso Peixão, ganhou Rossini Diniz, ex-PL. O PSD, que contava com Jorge Menezes e cabo Júlio Donizete, ganhou Robson Ricci, ex-Republicanos. O PRD ficou com Bruno Moura e Bruno Marinho. O Podemos passa a ser representado por Karina Caroline, que deixou o Republicanos, e Odélio Chaves, ex-Progressistas. O Avante agora tem Renato Pupo, que deixou o PSDB, e o Novo, Anderson Branco, que saiu do PL. Permaneceram nos partidos os vereadores Paulo Pauléra (Progressistas), Francisco Júnior (União Brasil) e João Paulo Rillo (PSOL). Antes mesmo da janela, Pedro Roberto já havia deixado o PRD para se filiar ao Republicanos.

Retardatário

Depois de ter declarado que havia fechado com o PL, Robson Ricci (PSD) voltou atrás. O vereador, que logo no começo da janela partidária se desfiliou do Republicanos, ficou pulando de galho em galho e quase ficou sem lugar. Ainda na quinta-feira (4), fontes próximas diziam que ele estava “99% fechado com o PL” e, horas depois, declarou que iriam fechar uma chapa no Democracia Cristã (DC), “em tempo recorde”. Já no sábado (6), Ricci declarou que foi para o partido do secretário estadual de Saúde.

Somando

Com Ricci, o PSD ficou com três cadeiras na Câmara. Além do jornalista, Jorge Menezes e cabo Júlio Donizete compõem a bancada de Eleuses. O trio deve contar com a força da ex-secretária da Mulher, Pessoa com Deficiência e Igualdade Racial, Maria Cristina Godoi. Ela pediu exoneração do cargo “a pedido do partido”. Maria Cristina pode ser candidata a vereadora ou até mesmo a vice em alguma chapa. Lembrando que o sonho de Itamar Borges (MDB) é ter uma mulher como vice.

Em cima do muro

A única coisa que complica uma possível candidatura a vice-prefeita ao lado de Itamar Borges é a indecisão do PSD. Por enquanto, nenhum membro do partido sabe o que será da legenda na cidade. Enquanto alguns filiados já declararam estar com o homem de bigode, outros dizem que Valdomiro Lopes (PSB) estaria costurando uma aliança com os diretórios nacional e estadual, o que acarretaria numa ordem de cima para baixo.

Substituídos

Além de Maria Cristina Godoi, também já deixaram dos cargos comissionados Alexandre Montenegro (PL) e Jean Dornelas (MDB). A primeira foi substituída por Rafaella Silva Moraes, da Procuradoria Geral do Município (PGM). O segundo, por Valter Vicente Lino Júnior, que passa a ocupar o cargo de sub-comandante da Guarda Civil Municipal (GCM). O terceiro, por Renata Bolognini, na direção do Procon.

Na espera

O único nome que ainda é aguardado é o de Fábio Marcondes (PL). O vereador licenciado não participou da última sessão da Câmara, na terça-feira (9). No lugar dele, ficou Rossini Diniz, ex-PL e agora MDB. Marcondes foi nomeado como secretário de Esportes e é o nome cotado para ser vice na chapa encabeçada por coronel Fábio Cândido (PL). A publicação em Diário Oficial do Município ainda não havia sido feita até o fechamento desta coluna, mas a exoneração pode sair com data retroativa.

Benção

Em uma live, no início da semana, Eduardo Bolsonaro (PL) afirmou que coronel Fábio Cândido é o candidato a prefeito em Rio Preto e que Fábio Marcondes é o vice. Apesar da afirmação um tanto prematura, o ponto que mais chamou a atenção na transmissão foi o deputado federal citar que Rio Preto tem um aeroporto. Para quem assistiu, ficou parecendo até que ele realmente não sabia disso e ficou bastante impressionado ao saber.

Sem rótulos

A ex-vereadora Márcia Caldas surpreendeu um total de zero pessoas ao anunciar filiação no PL, de Luiz Carlos Motta. Muito próxima ao deputado federal, a presidente do Sincomerciário de Rio Preto afirma que não é bolsonarista e que a mudança do PSD para o PL foi em nome da amizade com Motta. A entidade que Márcia Caldas representa é um sindicato que luta pelos direitos dos trabalhadores do comércio. Ela, que é suplente na Câmara, deve concorrer novamente ao cargo. Na mesma chapa que Márcia estará o GCM Montenegro.

Lado B

Abner Tofanelli foi outro que decidiu de última hora mudar de partido. Ele deixou a presidência do PDT para se acomodar sob as asas de Valdomiro Lopes, no PSB. O músico chegou a declarar que havia sido convidado por Beto Perosa para se filiar ao PSDB, mas declinou. Para alguns, a escolha foi algo natural. Para outros, o fato de ter muitos eleitores se transformou em um problema. Dizem que ele não conseguiu montar uma chapa com bons nomes no PDT e ganha um fio de esperança de ser eleito no PSB.

À direita

Ex-candidato a vice-prefeito pelo PRTB, Marcelo Zola tentou organizar o partido para as eleições de outubro, mas foi mais uma vítima das negociações de cima para baixo. A legenda decidiu por declarar apoio ao MDB e o advogado bolsonarista teve que buscar outro lugar. O jeito foi se acomodar no DC. O partido nanico deverá fazer parte da ala da direita e se juntar ao Novo no apoio ao PL, de Fábio Cândido.

Ex-tucanos

Vaz de Lima e a esposa Ivani deixaram de ser tucanos após 34 anos. O vai-e-vem dos dirigentes do PSDB parece que se acalmou e, aqui em Rio Preto, o partido ficou com Manoel Gonçalves. O casal esperou até o último minuto, mas não deu. A pá de cal veio na segunda-feira (8), quando o filiado Michel Pierre excluiu o ex-deputado do grupo de whatsapp dos membros. O casal foi muito bem recebido no Novo, de Rafa Bernardo e Sandrinha Reis.

Radiantes

Além do casal de ex-tucanos, quem também migrou para o Novo foi Anderson Branco. O vereador, que trocou seis por meia dúzia, passa a ser o primeiro parlamentar do partido na cidade. Ele foi recebido com muitos sorrisos pelo diretório e a presidente Sandrinha Reis foi até a Câmara acompanhar de perto a primeira sessão do novato. Branco fez um discurso de temperatura ambiente para gelado, mas, em uma análise mais profunda, é possível entender que ele demarcou território.

Território minado

Rafa Bernardo e Sandrinha Reis foram um pouco mais além e trouxeram parte dos bolsonaristas. Marco Casale e Paulo Bassan estão entre os nomes. Ambos foram candidatos a prefeito nas eleições de 2020 e protagonizaram episódios ímpares na disputa. Um deles foi quando Casale resolveu publicar um vídeo nas redes sociais com recortes da fala do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Em resposta, a deputada Carla Zambelli (PL) participou de um evento ao lado de Bassan e chamou Casale de mentiroso, com todas as letras.

Encantados

Apesar dos membros do Novo estarem encantados com as novas aquisições, nem tudo são flores. Com Sandrinha Reis na Câmara, Renato Pupo (Avante) fez um discurso respondendo as insinuações de Vaz de Lima. O ex-deputado havia dito que foi o responsável pela ascensão de Pupo ao Legislativo e que o delegado acabou com o partido na cidade. Na tribuna, Pupo contou que Vaz de Lima “fugiu” de Rio Preto para se “esconder” no governo de João Dória (PSDB). O delegado terminou o discurso desejando boa sorte e diversão ao Novo.

Previsões

Vaz de Lima chegou no Novo com um grupo de apoiadores. Entre eles, o sobrinho Carlinhos, apelidado carinhosamente de “carinhoso”. As grandes apostas do partido são Rafa Bernardo, Anderson Branco e o ex-vereador Márcio Larranhaga. A legenda pode ainda ser o futuro de Fábio Cândido, se der algo errado no PL. O militar esteve presente na reunião do partido, no início da semana.

Todos contra um

Itamar Borges tem sido a grande estrela da pré-campanha. Ele já conseguiu o apoio de muitos partidos, mas também vários desafetos. O principal opositor do homem de bigode, neste momento, tem sido as federações de esquerda. O deputado até virou alvo de uma ação questionando os gastos nas redes sociais. O processo é assinado pelo PSOL, mas tem gente da direita afirmando que já foi procurado por membros da esquerda que ofereceram a inicial para inspirar novas ações.

Homenageados

Além do secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) também será homenageado durante o evento de inauguração da nova sede do Baep, no próximo dia 15, em Rio Preto. Derrite vai receber uma honraria aprovada pelo plenário, de autoria de Anderson Branco. Já Tarcísio vai receber uma de autoria de Robson Ricci. A homenagem estava aguardando o momento certo desde 2022, quando foi aprovada.

Novos objetivos

Com o fim da janela eleitoral, os filiados já estão acomodados nos partidos. Apesar de muita gente dizer por aí que as mudanças são importantes para saber quem vai para qual partido, a verdade é que pouca coisa muda na negociação dos vices das chapas. No quadro atual, são quatro pré-candidatos a prefeito: Fábio Cândido, Itamar Borges, Marco Rillo e Valdomiro Lopes. Cada um deles tem, pelo menos, três possíveis vice.

Cotados como vice

Para Fábio Cândido, estão enumerados Fábio Marcondes (PL), mas não estão descartados os nomes do ex-deputado Vaz de Lima, que foi para o Novo. Ex-vice-prefeita de Rio Preto, Ivani Vaz de Lima, que também está no Novo, não é um nome descartado. Por fim, dizem que Valdomiro Lopes pode até deixar a disputa e indicar a esposa, Eliana Lopes, para concorrer ao lado do comandante do CPI-5.

Mais vice

Itamar Borges é o pré-candidato com maior número de possíveis vice. Na lista aparecem Beto Perosa, homem forte do PSDB que ocupa cargo no Ministério da Agricultura e já colocou o nome à disposição para a disputa, Orlando Bolçone, atual vice-prefeito e membro do União Brasil, e Diego Polachini, presidente do Republicanos. O presidente do PRD, Ulisses Ramalho também aparece entre os cotados, assim como a ex-secretária da Mulher, Maria Cristina Godoi (PSD).

Na esquerda

Pré-candidato pelo PT, Marco Rillo enfrenta um racha interno entre as federações, mas tem nomes de sobra. Pelo PSOL, aliadíssimo da legenda-mãe, aparece o nome de Luciana Fontes e Regina Chueire. Já o advogado Marcelo Henrique, atual presidente do PV, também pode ser um nome indicado pelo grupo. Por fim, o também petista Plínio Gentil, procurador de Justiça, também teve o nome aventado.

Menos vice

O pré-candidato com menos nomes possíveis para ser vice na chapa é o Valdomiro Lopes. Atualmente o partido dele está com Abner Tofanelli, que garante uma chapa pura, mas tira o músico que teve muitos votos para vereador da disputa da Câmara. Outra configuração possível dependeria de fechar uma aliança com o PSD. Se arrastar o partido de Eleuses Paiva, Valdomiro ganha Maria Cristina Godoi, Igor Gonçalves e Robson Ricci como opções.