MP apura divulgação de pesquisa eleitoral sem registro

O Ministério Público (MP) de Rio Preto abriu procedimento para investigar uma notícia de fato eleitoral sobre a divulgação de uma pesquisa eleitoral em grupos de WhatsApp. Não há registros do levantamento junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os números são os mesmos divulgados em uma reunião interna do PSB, na última semana. Já na sexta-feira (17), foi possível ver uma parcial do levantamento nas redes sociais.

Os dados foram amplamente divulgados em grupos de WhatsApp em dois arquivos no formato PDF, no sábado (18). Em um deles havia somente os números do levantamento, enquanto o outro trazia gráficos para ilustrar os resultados.

No levantamento, é possível ver o desempenho dos candidatos em pesquisas anteriores. Também há simulações de nomes para um eventual segundo turno na cidade, em diversos cenários, além de gráficos mostrando resultados de questionamentos aos entrevistados sobre os possíveis candidatos nas eleições de outubro e temas que devem ser debatidos pelos concorrentes.

Segundo o MP, a informação foi recebida como “notícia de fato eleitoral” pelo promotor José Marcio Rossetto Leite. Ele determinou a autuação em sistema próprio e abertura de procedimento para investigar a divulgação.

A resolução do TSE diz que é necessário o registro de pesquisas eleitorais para divulgação de resultados. No caso de pesquisas internas, que norteiam as estratégias de campanha, a divulgação pública dos dados é proibida.

Um dos responsáveis pela divulgação dos números foi o ex-vereador Jabis Busqueti. Procurado, por telefone, ele negou que tenha divulgado a pesquisa nas redes sociais.

Por meio de nota, o PSB informou que não divulgou pesquisa. “Se alguém colocou algum número, obviamente não foi o PSB que divulgou isso oficialmente. Mesmo porque é uma pesquisa interna. Esta pesquisa nem registro tem, porque foi feita internamente, para consumo interno do partido”.