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Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 7 de junho

Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

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Desistência

Beto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, comunicou oficialmente Itamar Borges (MDB) que não tem interesse em ser o vice na chapa encabeçada pelo homem de bigode à Prefeitura de Rio Preto. Tucano desde criancinha, Perosa tinha sido o nome escolhido pelo PSDB para o cargo. A retirada do nome dele como um possível vice dá uma ideia da dimensão da relação dele com o PSB.

A pedido

Dizem que Perosa recuou da possibilidade de ser vice-prefeito de Rio Preto a pedido de Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente da República. O rio-pretense é tido como uma pessoa essencial no Ministério neste momento de enfrentamento da crise do arroz e outros produtos produzidos no sul do país, que sofre com as consequências das chuvas. Perosa chegou ao cargo indicado por Alckmin e lá deve permanecer, mostrando que, mesmo filiado ao PSDB, é o homem forte do PSB no interior.

Coincidências

Na mesma semana em que Perosa recua de disputar as eleições como vice-prefeito, Orlando Bolçone (União Brasil) deixa a Secretaria de Planejamento. O atual vice-prefeito é um nome para compor a chapa de Itamar Borges. Bolçone, no entanto, precisa mostrar que tem capacidade para superar outros concorrentes. O posto de vice do Itamar ainda é disputado pelo Progressistas e Republicanos. Não deixando de acreditar que o PL, de Fábio Marcondes, ainda tem interesse no posto, assim como o PSD, que segue em cima do muro.

Firme

O Novo, de Sandra Reis, pediu uma audiência ao bispo dom Antonio Emidio Vilar para Fábio Cândido. O evangélico segue a linha dos católicos Itamar Borges e Marco Rillo (PT), oficialmente pré-candidatos a prefeito, e busca uma conversa com o líder da Igreja Católica. O encontro ainda não tem data definida, mas deve ficar para depois do dia 10 de junho. Mesmo sem garantias dentro do PL, dizem que Fábio Cândido vê o Novo como um possível partido para disputar as eleições de outubro.

Aposentado

Fábio Cândido está oficialmente fora do CPI-5. No lugar dele, deverá ser nomeado o coronel Márcio Cortez Maya Garcia. O militar tem origens na região e já passou pelo Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) de Rio Preto antes. Também foi um dos que ajudou na construção do método das Escolas Cívico-Militares. Outro que também deixa o posto é Marcelo Lessa. O tenente-coronel, comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar do Interior, deixa o tenente-coronel Ivan Cesar Belentani no lugar.

Assessor

Marcelo Lessa está de malas prontas para ocupar o cargo deixado vago pela sargento Cristiane Jatobá na assessoria da secretária estadual de Esportes Helena Reis. A sargento defendeu a candidatura da colega de partido à Prefeitura de Rio Preto e, a pedido da cúpula do Republicanos, vai disputar uma cadeira na Câmara. Cristiane é uma bolsonarista declarada e, apesar de não ter ficado contente com a decisão do partido, manteve-se firme ao lado de Helena Reis.

Pressão

A saída de Fábio Cândido do comando do CPI-5 é um alívio para parte da tropa. Alguns alegam que as regras eleitorais para militares da ativa são extremamente rígidas e o então comandante estava colocando a corporação no meio de uma disputa política desnecessária. Outros avaliam que Fábio Cândido colocava a Polícia Militar em situações delicadas por causa da pretensão de disputar a Prefeitura de Rio Preto enquanto ainda usava a farda. Tem militar que apenas está respirando aliviado porque agora acabaram os problemas daqueles que não eram a favor de Fábio Cândido estar na disputa.

Falta muito

Depois que Bolçone voltou para o tabuleiro, algumas coisas ficaram diferentes. Paulo Pauléra (Progressistas), que já avisou que está disponível para ser o vice de Itamar Borges, foi visto de afagos com Alex de Carvalho, pré-candidato a vereador pelo PSB e homem forte de Valdomiro Lopes (PSB). O atual presidente da Câmara segue como membro da base de Edinho Araújo (MDB), mas tudo ainda pode mudar. Fábio Marcondes também estava junto e não disfarçou o sorriso junto aos, outrora, aliados.

Convenções

O plenário da Câmara de Rio Preto irá receber convenções partidárias, por enquanto, do Progressistas e do PT. O uso do prédio público para convenções é permitido pela legislação eleitoral. O PT, de Celi Regina, marcou o encontro para o dia 20 de julho. Já o Progressistas, de Pauléra, para o dia 3 de agosto. Tudo está devidamente publicado na agenda da Câmara, disponível no site. Espera-se que mais partidos procurem o local para cumprir os ritos eleitorais.

Ataque

João Paulo Rillo (PSOL) tentou usar o mandato para atacar Itamar Borges. Ambos travam batalhas pré-eleitorais que estão causando bastante barulho e já foi até parar na Polícia Civil. Desta vez, o psolista acusou Itamar de promoção pessoal e “eleitoreira” durante a Festa das Nações, do Serviço Social São Judas Tadeu. Rillo até tentou que a Câmara aprovasse requerimentos pedindo informações para uma empresa privada. Parecia até que a tribuna tinha se transformado em palanque.

Tensão pré-eleitoral

No ápice da discussão, Renato Pupo (Avante) chamou o desentendimento de “TPE, ou seja, tensão pré-eleitoral” e defendeu que os questionamentos legais sobre publicidade devem ser feitos na Justiça Eleitoral. Marcondes, atuando como líder da base na casa, foi pacifista e disse que não cabe à Câmara solicitar informações de empresas privadas. Sobrou até para Celso Peixão (MDB) que foi chamado de “Zé do Caixão” depois de dizer que já havia trabalhado em uma fábrica de urnas funerárias. Nem mesmo acompanhando a discussão atentamente foi possível entender o que aconteceu ali.

“Gansos”

Ao que parece, os pré-candidatos a vereador estão proibidos de sair de casa. Apelidados de “gansos” por Peixão, aqueles que pretendem buscar a opinião dos eleitores para montar as próprias campanhas estão recebendo críticas em todas as sessões. Talvez o melhor caminho para conquistar uma cadeira na Câmara seja comandar um projeto social. Importante lembrar que nesta cartilha também está escrito que, depois de eleito, precisa fazer de conta que não está ligado ao projeto e torcer para que as pessoas acreditem.

 

 

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