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Quatro vereadores assinam a CPI do Dinheiro Vivo

Assessoria do prefeito Fábio Candido (PL) ainda não se manifestou sobre o assunto

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Divulgação/TV Câmara

Quatro vereadores de Rio Preto assinaram, entre segunda-feira (24) e terça-feira (25), o pedido de abertura da chamada “CPI do Dinheiro Vivo”, apresentado pelo vereador Alexandre Montenegro (PL). A investigação pretende apurar possíveis irregularidades na compra de um imóvel no condomínio Figueira por Cláudio Perpétuo Cândido, irmão do prefeito Fábio Candido (PL), e a suposta utilização da residência pelo próprio chefe do Executivo. Além de Montenegro, também assinaram o requerimento João Paulo Rillo (PT), Renato Pupo (Avante), Pedro Roberto (Republicanos) e Jean Dornelas (MDB). Para que a CPI seja instaurada, são necessárias oito assinaturas.

O pedido aponta que a compra do imóvel, no valor declarado de R$ 500 mil, teria sido paga integralmente em dinheiro vivo, conforme certidão citada por Montenegro e que circula nas redes sociais. O vereador argumenta que o pagamento “em moeda corrente e em espécie”, somado ao valor considerado abaixo do praticado no condomínio, levanta dúvidas sobre a origem dos recursos e sobre a transparência da operação. Ele também afirma que veículos de imprensa da cidade vêm noticiando que o prefeito estaria morando na residência adquirida pelo irmão, fato que, segundo ele, reforça a necessidade de investigação.

No texto do requerimento, Montenegro sustenta que os indícios podem envolver enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e violação aos princípios da administração pública. O vereador propõe que a CPI tenha três membros, respeitando a proporcionalidade partidária, e pede para presidir a comissão. A escolha do relator e do terceiro integrante deve ocorrer por sorteio, assim como a definição do suplente. Caso a investigação seja instaurada, o prazo sugerido para conclusão dos trabalhos é de 180 dias, prorrogável por igual período.

O requerimento prevê ainda que a comissão possa solicitar documentos, convocar testemunhas, requisitar informações e, mediante autorização judicial, pedir quebras de sigilos bancário, fiscal e telefônico. Ao final, o relatório deverá ser encaminhado ao Ministério Público, Tribunal de Contas e outros órgãos de controle. Se instaurada, esta será a primeira CPI aberta neste ano contra o prefeito Fábio Candido. Procurada na segunda-feira (24), a assessoria do chefe do Executivo ainda não se manifestou.

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