Saúde
Nova diretriz para controle dos níveis pressóricos exige atenção e cuidado
Artigo escrito pelo Prof. Dr. Sthefano Atique Gabriel

Estima-se que aproximadamente 25% da população brasileira sofra com níveis pressóricos elevados. A hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como “pressão alta”, constitui um importante fator de risco para doenças circulatórias, aumentando o risco de derrame, infarto do miocárdio e má circulação.
Ninguém percebe que a sua pressão arterial está se elevando, exceto quando a pressão sistêmica atinge níveis preocupantes, como nos casos de crise hipertensiva, que se caracteriza pela pressão arterial acima de 180 x 100 mmHg. Por seu caráter silencioso, a hipertensão arterial sistêmica representa um inimigo oculto que pode subitamente danificar a parede arterial, resultando em consequências irreversíveis e, até mesmo, incompatíveis com a vida.
Na última semana, a Sociedade Brasileira de Cardiologia alterou suas diretrizes relacionadas aos cuidados com o controle dos níveis pressóricos. De agora em diante, uma pessoa cuja pressão arterial é mensurada em 120 x 80 mmHg é considerada pré-hipertensa. Isto não significa que ela necessita de terapia medicamentosa; entretanto, a avaliação médica faz-se necessária para que orientações e possíveis intervenções clínicas possam ser oferecidas.
Nos casos de pressão arterial mensurada em 130 x 90 mmHg, os medicamentos anti-hipertensivos deverão ser incluídos no tratamento após 3 meses de mudanças nos hábitos comportamentais. Se após este período não houver melhora nos níveis pressóricos, medicamentos deverão ser oferecidos aos pacientes. Por fim, a pressão arterial mensurada em 140 x 90 mmHg exige medicações anti-hipertensivas, uma vez que nestes níveis o indivíduo já é considerado hipertenso.
A dissecção de aorta constitui uma complicação potencialmente fatal associada a hipertensão arterial sistêmica. A progressão da dissecção de aorta resulta em infarto do miocárdio, insuficiência renal, oclusão arterial e isquemia circulatória grave. O controle pressórico representa a melhor forma de prevenir o quadro de dissecção de aorta, uma vez que a dor torácica associada à lesão arterial não permite, na maior parte das vezes, o diagnóstico clínico precoce.
A rotura de aneurismas cerebrais constitui outra complicação associada aos níveis pressóricos descontrolados. A rotura dos aneurismas cerebrais exige intervenção cirúrgica rápida, com drenagem do hematoma cerebral a fim de reverter a sequela neurológica e evitar o dano cerebral isquêmico. De modo semelhante ao quadro de dissecção aórtica, a rotura do aneurisma cerebral, geralmente, não é antecedida por sintomas clínicos que permitam o diagnóstico e o tratamento precoces.
O controle dos níveis pressóricos representa uma medida obrigatória, já a partir de 120 x 80 mmHg. Além do acompanhamento médico periódico, é necessário reduzir o consumo de sal na alimentação, manter a prática de atividades físicas e realizar o check-up vascular pelo menos uma vez por ano.
Para mais informações a respeito da hipertensão arterial sistêmica, das complicações circulatórias associadas aos níveis pressóricos elevados e de demais assuntos de interesse relacionados a medicina vascular, acesse o site www.drsthefanovascular.com.br.
Prof. Dr. Sthefano Atique Gabriel. Doutor em Pesquisa em Cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, especialista nas áreas de Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular e coordenador do curso de Medicina da União das Faculdades dos Grandes Lagos (Unilago).
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