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Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 26 de setembro

Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

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Quem estiver de acordo…

Em uma aula de como seguir o líder, vereadores da base aliada aprovaram o projeto de Lei Complementar do prefeito Fábio Candido (PL), que revisa a Planta Genérica de Valores (PGV), a base de cálculo do IPTU. O texto limita o teto de reajuste do imposto em 20%, o que é um tanto diferente do primeiro, que garantia aumentos de passavam de 200%. O placar final ficou em 14 votos a favor e oito contrários.

Permaneça como está…

A votação do mérito do projeto, que é a votação final, foi rodeada de altos e baixos. Um dos momentos que já entrou para a história foi a declaração de Dr. Tedeschi (PL). Depois de atropelar a chamada dizendo que era contra e, em seguida, fazer uma explanação linda sobre o aumento do IPTU, chegando a dizer que era contra por mais de uma vez antes de encerrar o voto, eis que ele ressurge e se corrige, declarando voto a favor.

Aprovado!

Procurado, Tedeschi afirmou que se equivocou no momento da votação. Em nota, ele disse que sempre foi contra o aumento de impostos e que discorda de alguns pontos do texto. A confusão, segundo o vereador, foi porque ele apresentou críticas de forma enfática e acabou errando na hora de falar. Claro que o discurso de “herança maldita” não foi esquecido. A realidade é que o voto dele não fazia diferença alguma na aprovação.

É isso aí

Durante a declaração de voto do Tedeschi, João Paulo Rillo (PSOL) chegou a ficar assustado com o posicionamento. O vereador de esquerda, assim como muitos outros que estavam assistindo, se surpreenderam com o ex-secretário de Governo sendo contra o prefeito. “É isso aí, Márcia”, chegou a dizer Rillo para Márcia Caldas (PL), que foi a favor do aumento do imposto. Não demorou muito veio a decepção.

Vai virar meme

O voto de Tedeschi foi uma verdadeira caixa de Pandora. Era a origem de todos os males, para o governo, claro. No entanto, a esperança que restou no fundo da caixa foi que a votação ainda não havia se encerrado. E ela só apareceu no finalzinho. O susto com a mudança repentina do voto do Tedeschi foi geral. “Menos de um minuto, Tedeschi! Vai virar meme no país inteiro”, gritou Rillo em meio a gargalhadas.

Entre os contrários

Verdade seja dita, nem todo vereador da base foi a favor do projeto. Eram necessários 12 votos para a aprovação e alguns ficaram bem confortáveis em se posicionar contra. Entre eles, destaca-se Felipe Alcalá (PL). O bom moço de fala macia esclareceu a tranquilidade em votar contra e seu posicionamento que “não contraria a direita”. O recém-chegado Marcelo Renato (Novo) também falou de forma serena e bastante esclarecedora.

Mais contrários

A oposição deitou e rolou com todo o contexto da votação. Renato Pupo (Avante) não deixou de falar que o prefeito fugiu do país para evitar a repercussão negativa e que só vai voltar daqui dez dias, quando o assunto não estiver mais em foco. Fábio Candido foi para os EUA com uma comitiva, com tudo pago pela Prefeitura, para visitar a Prefeitura de Gainesville, na Flórida, há cerca de 200 km do complexo Disney World.

Entre os favoráveis

Jorge Menezes (PSD) era uma das esperanças de voto contrário. O vereador esteve ausente durante a votação de todas as emendas e apareceu para votar a favor do aumento. Em julho de 2023, Jorge Menezes foi um que criticou de forma bastante dura o projeto do ex-prefeito Edinho Araújo (MDB) que queria o reajuste do imposto em 25%. Na ocasião, ele afirmou que defendia os comerciantes. Desta vez, silêncio.

Pior

Alguns opositores do governo afirmam que o projeto aprovado é pior que o anterior. Em primeiro lugar, mantém as alíquotas de 3% e 1% para terrenos e construções. O anterior previa alíquotas de 0,5% e 1,5%. Outro ponto é que a planta genérica produzida pela Fipe, por R$ 700 mil, é mantida e não só para o próximo ano. Por fim, o texto aprovado acaba com a possibilidade de desconto do pagamento à vista, que antes era de 30%.

Os riscos

Nas redes sociais, apesar da aprovação do projeto que prevê a taxa do lixo, Fábio Candido afirma que não vai fazer a cobrança. A insegurança do morador está justamente neste quesito. Se a isenção está garantida pelos próximos quase três anos e meio, o que será do bolso do contribuinte depois disso? Mesmo que não aplique aquele reajuste inicialmente proposto, quando o morador vai se deparar com mais de 200% de aumento novamente?

Substituído

Alexandre Montenegro (PL) foi formalmente substituído nas comissões permanentes da Câmara. Em ofício assinado pelo vereador líder do partido, Felipe Alcalá, Márcia Caldas ficou como membro das comissões de Direito do Consumidor e Defesa dos Servidores. Dr. Tedeschi ficou com a de Defesa dos Animais e Legislação Participativa. Já Alcalá assumiu a presidência da Comissão de Segurança.

O bigode da discórdia

Anderson Branco já deve ter criado calo na língua repetindo que não vai tirar o bigode. Desde quando ele assumiu a Secretaria de Governo, o prefeito tem falado que vai pedir para que ele tire o “acessório” que lembra o antigo adversário da última eleição. Branco, no entanto, afirma que não vai tirar. “Eu deixei por carinho a um familiar. Não tiro de jeito nenhum e, se for realmente obrigado, eu prefiro voltar para a Câmara”, afirmou.

Brasils

Em entrevista ao podcast Redcast, o mais novo deputado federal de Rio Preto, Paulo Bilynskyj (PL), sugeriu repartir o país em “Brasil do Norte” e “Brasil do Sul”. Segundo ele, o Brasil do Norte seria composto por estados das regiões Norte e Nordeste e a população votaria na esquerda, de Lula (PT). Já o Brasil do Sul seria com os estados das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste e a população votaria na direita, de Jair Bolsonaro (PL).

Justificativa

Bilynskyj foi além e justificou a declaração dizendo que “historicamente, quanto maior a extensão territorial de um país, maior a tendência de uma ditadura”. O referido podcast é apresentado pelo liberal Júnior Master e as declarações foram dadas quando ambos conversavam sobre a proporcionalidade do número de senadores e a população, na semana passada. A declaração fere diversos pontos da Constituição Federal.

Tropa quase de elite

Na sessão da última terça-feira (23), João Paulo Rillo exibiu um vídeo onde o prefeito Fábio Candido aparece incentivando os vereadores a “colocarem esse cara no lugar dele”. Nas imagens, o prefeito se dirige diretamente a Bruno Moura (PRD). A fala do prefeito foi um dia depois da reunião da secretária de Desenvolvimento Social, Sandra Reis, na Câmara, que falou sobre a mudança do Centro Pop para a sede da Emurb.

Choro

Dizem que Sandra Reis saiu de lá chorando. No dia seguinte, ela registrou um boletim de ocorrência acusando Rillo de violência de gênero por ter sido interrompida de forma agressiva pelo parlamentar. Segundo ela, ele teria distorcido suas falas, elevado o tom de voz e a acusado de prestar “um desserviço à população” e de praticar uma “política higienista”. Sandra é mais uma que caiu na pressão da oratória de Rillo.

Áudio vazado

O presidente da Câmara, Luciano Julião (PL), não gostou de saber que o áudio dele admitindo que o reajuste do IPTU é “coisa de esquerda” vazou de um grupo. Na conversa, Julião ainda completa que Bolsonaro “vai dar cambalhota de nervoso” ao descobrir o teor do projeto. Julião diz que a fala dele foi distorcida. No entanto, não esclareceu o ponto. Se o aumento do IPTU não é “coisa de esquerda”, por que o ex-presidente não iria gostar?

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