Cidades
Rio Preto vai iniciar plano piloto de combate a escorpiões
Secretaria de Saúde registra aumento de casos de picadas na cidade e vai começar ação em parceira com o Semae e que terá apoio da Unirp

A Secretaria de Saúde de Rio Preto, por meio da Vigilância Ambiental, vai começar, nos dias 8 e 9 do mês que vem, a execução de um projeto piloto de combate a escorpiões na cidade. As atividades serão iniciadas nos bairros Vila Flora e Parque Industrial, onde, de acordo com registros da ouvidoria da secretaria e casos de acidentes envolvendo o aracnídeo, são maiores. A ação conta com a parceria do Semae e tem o apoio da Unirp, com estudantes do curso de biologia acompanhado o trabalho.
A projeto conta com levantamentos referentes aos índices de infestação, orientação a moradores, questionário, vistorias e aplicação de inseticidas para combate ao aumento da população de escorpiões. O inseticida será usado, inicialmente, apenas no Vila Flora, onde será feita a nebulização de galerias de esgoto. As ações deverão ser repetidas nos dias 17 e 18 de outubro e 28 e 29 de novembro.
Segundo o gerente da Vigilância Ambiental de Rio Preto, Abner Alves, a intenção é ampliar o projeto e implantar um programa, já no ano que vem. “Trata-se de uma questão de saúde pública e pretendemos expandir a ação para alcançar o restante da cidade”, afirmou.
A Secretaria de Saúde recomenda ao morador que encontrar um escorpião em casa ou em local público que registre o aparecimento do animal na Ouvidoria, que encaminhará uma equipe da Vigilância Ambiental ao local para vistoriar o imóvel e o entorno. “Assim que essa notificação chega à vigilância ambiental tomamos todas as providências necessárias para que a situação seja sanada”, afirma Abner.
Os índices de ataques de escorpiões em Rio Preto aumentaram nos últimos anos. Em 2016 foram registradas 280 ocorrências. No ano passado foram computados 384 acidentes e neste ano, até o dia 28 do mês passado já são 257 casos. Os números apontados pela Secretaria de Saúde de Rio Preto acompanham o aumento de ocorrências no Estado de São Paulo, que teve 18 mil casos em 2016, 21,7 mil no ano passado e já chegou a 11 mil, apenas no primeiro semestre deste ano.
Segundo o biólogo Giuseppe Puorto o problema em ambiente urbano é muito mais comum do que as pessoas imaginam e é necessário que a
própria população tome os cuidados necessários para evitar a infestação. “Escorpiões se alimentam de baratas, que são insetos domésticos. Eles invadem as casas atrás das baratas e depois acabam também buscando espaços onde se alojar”, explica.
Puorto afirma que nas grandes cidades a espécie mais perigosa é o escorpião amarelo (Tityusserrulatus), que se reproduz por partenogênese (ou seja, a fêmea se reproduz sozinha). E que a melhor maneira de evitar a visita dos aracnídeos é manter os lugares limpos, livres de entulhos. “No quintal de casa evite o acúmulo de telhas ou de tijolos, por exemplo. Eles podem se esconder entre as frestas. E se perto de casa tiver algum terreno baldio, peça para que a prefeitura providencie a limpeza do local”, orienta o biólogo.
O biólogo recomenda que pessoas que forem picadas devem procurar um serviço de atendimento médico o mais rápido possível. “A pessoa deve ser levada para o local mais próximo que tiver”, avisa. Geralmente, primeiro é aplicado um medicamento para aliviar a dor provocada pela picada do escorpião. E depois, se for o caso, é aplicado o soro antiescorpiônico. “O medicamento neutraliza as toxinas do veneno circulante no corpo”, esclarece Puorto. A aplicação é geralmente indicada para crianças e idosos, considerados maior grupo de risco.
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