Cidades
Laudo complementar do IML indica tiro pelas costas em morte de empresário
Laudo corrige exame inicial e reforça conclusão da perícia criminal sobre a dinâmica do crime
Um laudo complementar elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML) concluiu que um dos disparos que matou o empresário Geovani Svolkin, de 30 anos, atingiu a vítima pelas costas. O crime ocorreu durante uma briga generalizada no bar Resenha, no dia 26 de outubro, em Rio Preto.
Inicialmente, o exame do IML apontava que Geovani havia sido atingido por dois tiros pela frente. No entanto, um laudo do Instituto de Criminalística (IC) indicava que ao menos um dos disparos ocorreu pelas costas. Após análises mais detalhadas, o IML revisou o resultado e retificou a informação no documento complementar, que será anexado ao inquérito policial.
O autor do crime é o segurança particular Keven Ígor Silveira Novaes, de 25 anos, que foi preso no dia 4 de dezembro, cerca de 40 dias após o homicídio. Ele foi localizado escondido entre o forro e o telhado da casa do pai, em Planalto, a aproximadamente 60 quilômetros de Rio Preto.

(Reprodução)
Ainda é aguardado o laudo do Instituto de Criminalística referente à análise das imagens gravadas por celulares de testemunhas que estavam no bar no momento da confusão. Vídeos registrados por clientes mostraram a pancadaria na área externa do estabelecimento. Nas imagens, Geovani aparece dando vários socos em Kevin, enquanto a mãe do segurança é agredida no chão por duas mulheres. A camiseta do segurança foi rasgada. Quando conseguiu se livrar dos socos, Keven entrou no carro e pegou a arma do pai, que é CAC, mas não tinha autorização para circular com o armamento.
Já uma câmera de segurança flagrou o instante em que ele dispara contra Geovani, que ainda caminha pela rua ferido antes de cair desacordado.
Geovani Svolkin foi sepultado no dia 27 de outubro, em Potirendaba, onde morava e trabalhava. Conforme apurado durante a investigação, a confusão teve início por ciúmes, após um desentendimento envolvendo o irmão da vítima.
Em entrevista ao Gazeta, o delegado Marcelo Ferrari confirmou a versão divulgada inicialmente pela reportagem, esclarecendo que o conflito começou dentro do bar e que o acusado e seus familiares já estavam deixando o local quando ocorreu a primeira agressão.
“Houve, sim, uma discussão entre o irmão do Geovani e a namorada dele. Ela se levantou e começou a dançar em frente à mesa da outra família, o que gerou o desentendimento dentro do bar. O Keven costumava dizer que era policial, e os seguranças intervieram, orientando que ele fosse embora para evitar confusão. De fato, ele e a família já estavam saindo, quase entrando no carro, quando o irmão do Geovani pulou a cerca e o atingiu com um chute”, afirmou o delegado.
Apesar disso, Ferrari ressaltou que o acusado perdeu a razão ao reagir de forma violenta. “Ele não podia ter sacado a arma. No primeiro disparo, a vítima colocou o braço à frente, o que indica uma tentativa de cessar a briga. Em seguida, Keven perseguiu Geovani ao redor de um carro e efetuou o disparo pelas costas. A conclusão dos laudos é fundamental para a análise da trajetória do projétil”, explicou.
O delegado também destacou que os demais envolvidos na briga generalizada serão responsabilizados. “Todos deverão responder judicialmente por lesão corporal”, concluiu.
(A cópia, reprodução ou qualquer alteração no texto desta reportagem está proibida pela autora).
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