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Edição cinquentenária do FIT Rio Preto terá mais de 60 apresentações

Por causa da chuva, a abertura do Festival Internacional de Teatro de Rio Preto, na noite de quinta-feira, dia 4, com apresentação gratuita de um pocket show do musical Elza, foi realizada no Graneleiro

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O Festival Internacional de Rio Preto, o FIT, completa 50 anos e a programação multicultural segue até o dia 13 deste mês. A abertura na noite de quinta-feira, dia 4, com um pocket show do premiado musical “Elza”, que conta a história de Elza Soares, foi transferida do Anfiteatro Nelson Castro, na Represa Municipal, para o Graneleiro.  O festival conta com 34 obras que ocuparão 25 locais da cidade, em mais de 60 apresentações. Por meio de mesas, rodas de conversa e entrevistas, a edição contempla 15 ações formativas, além do Painel Crítico.

Ponto de encontro do festival, o Graneleiro recebe 26 atrações gratuitas, entre shows, performances e intervenções artísticas. O FIT 2019 traz ainda dois projetos especiais: lançamento do livro-catálogo “Festival de Teatro de São José do Rio Preto – 50 Anos de (Re)Existência” e lançamento com leitura dramática da obra Fiz bem?/J’ai bien fait, da dramaturga francesa Pauline Sales, traduzida por Pedro Kosovski (Rio de Janeiro/RJ).

Realizado pela Prefeitura e pelo Sesc São Paulo, o FIT Rio Preto anualmente leva aos palcos, às ruas e espaços alternativos o diálogo e as possibilidades de leitura do mundo contemporâneo. O evento é um importante espaço de discussão e reflexão sobre as artes cênicas e suas conexões. Criado em 1969 pela Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto como Festival Nacional de Teatro Amador, em 2001 ampliou suas fronteiras e assumiu dimensão internacional, a partir de uma parceria com o Sesc São Paulo.

A edição 2019 do FIT Rio Preto caracteriza-se por propor uma programação de grande valor artístico, estético e de reflexão crítica. A programação é aberta às mais diferentes tendências contemporâneas das artes cênicas. Nesse sentido, antes do que buscar obras que tratassem de determinados assuntos ou questões, buscou-se obras que fossem urgentes e contundentes na sua especificidade. Buraquinhos ou O Vento é Inimigo do Picumã (Coletivo Carcaça de Poéticas Negras), Domínio Público (Elisabete Finger, Maikon K, Renata Carvalho e Wagner Schwartz), Epidemia Prata (Cia Mungunzá de Teatro) e Tom na Fazenda são exemplos de trabalhos presentes nesta edição e que perpassam temáticas latentes como violência, censura, racismo, homofobia e repressão.

Para além da produção do eixo Rio-São Paulo, também integram a programação do Festival companhias de Minas Gerais, Amapá, Bahia, Piauí e Santa Catarina, apresentando resultados de diferentes pesquisas e realidades de produção. França, Gana, Irã, México e Bolívia compõem o programa internacional com obras contemporâneas que dialogam com outras áreas artísticas.

Com três espetáculos na programação – agbanWu – [Velório] –  [Lying in State], dZikudZikui-aBiku-aBiikus – [Nascido Depois do Nascido-Morto] –  [Born to death-born to die] e Strikethrough – [Tachado] – a artista Va-Bene Fiatsi, de Gana (África), propõe uma reflexão sobre nossas contribuições, ações e inações em relação à violência humana, discriminação, ódio, preconceito, nossas vulnerabilidades e mortalidade. Já Hearing – [Escuta], do Irã, traz à cena dois tempos diferentes, o da inocência infantil e o da reflexão sobre o olhar passado.
Os bolivianos do Kinteatr apresentam Romeo y Julieta de Aramburo, uma versão nada sonhadora da versão original de Shakespeare, mas que denuncia o patriarcado ainda reinante na Bolívia. Por favor cierra la puerta, gracias [Por Favor Feche a Porta, Obrigado], do grupo mexicano Vaca 35 Teatro apresenta um teatro-documentário propondo um passeio por Juarez, cidade mexicana que faz fronteira com os Estados Unidos, suas histórias e seus fantasmas.

Cena Rio Preto

Criada em 2017, a categoria Cena Rio Preto se mantém no FIT como fomentadora da produção teatral local. Companhias, artistas e coletivos residentes em Rio Preto foram selecionados em dois módulos de participação: Módulo A, que contempla apresentações de espetáculos prontos, e Módulo B, direcionado a obras abertas a provocações, que recebem orientações de profissionais convidados em formato de residência artística. 
A curadoria desta edição foi realizada por Alexandre Dal Farra, dramaturgo, diretor e escritor, indicado aos principais prêmios brasileiros do teatro e ganhador do prêmio Shell de melhor autor; Adriana Macedo, jornalista com pós-graduação em Gestão Cultural e assistente da Gerência de Ação Cultural do Sesc São Paulo; e Ruy Filho, idealizador e editor da revista Antro Positivo, publicação sobre artes cênicas e pensamento contemporâneo, integrante da International Association of Theatre Critics e curador de teatro, dança e performance do espaço cultural Centro da Terra, em São Paulo. A curadoria propõe uma comemoração que não se construa tanto sobre a rememoração do que o FIT já foi, mas principalmente sobre a criação do que ele virá a ser; menos sobre a lembrança dos teatros que por aqui passaram, e mais pela imaginação dos teatros que poderão surgir.

De teatros a espaços não-convencionais

Como nas edições anteriores, o festival leva sua programação a espaços não-convencionais. Além de apresentações no Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto, Teatro Municipal Paulo Moura, Teatro e Ginásio do Sesc Rio Preto e Teatro Waldemar de Oliveira Verdi – Sesi, serão ocupados locais públicos de grande circulação como Praça Rui Barbosa e a Represa Municipal, Parque Ecológico Danilo Santos de Miranda, Zoológico Municipal, entre outros espaços.

Para os espetáculos Adulto (Nacional e Internacional), os ingressos custam R$ 17, a inteira. Aposentados, pessoas com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor de escola pública pagam R$ 8,50; já trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciados no Sesc e seus dependentes, classe teatral rio-pretense credenciada e participantes do FIT Rio Preto 2019, com crachá de identificação, pagam R$ 5.

Para a compra online, a venda é limitada a dois ingressos por pessoa para cada espetáculo. É necessário ter cadastro no Portal do Sesc para realizar a efetivação. O pagamento deve ser realizado com cartão de crédito e poderá ser retirado na bilheteria de qualquer unidade do Sesc São Paulo, até um dia antes da atração, mediante a apresentação de um documento oficial. Já para a compra presencial, os ingressos estão disponíveis na bilheteria do Sesc e poderão ser pagos e retirados na hora.

O pagamento pode ser feito em dinheiro ou em cartão de crédito ou débito. O horário de funcionamento da bilheteria da unidade de Rio Preto é de terças a sextas, das 13h15 às 21h30; sábados, domingos e feriados, das 9h45 às 18h30. A compra também é de dois ingressos por espetáculo para cada pessoa (CPF).

Festival conta com 16 espetáculos gratuitos

Dentro da programação do festival, 16 espetáculos têm entrada gratuita. Para as montagens da categoria Para Todos os Públicos – Inimigos, Mary e os Monstros Marinhos e Nerina – A Ovelha Negra – a entrada é franca. Os ingressos deverão ser retirados 1h antes da apresentação, no local.

O FIT Rio Preto também oferece outras obras com entrada gratuita, com apresentações em ruas, praças e outras áreas públicas, além de espaços alternativos. São elas: agbanWu e dZikudZikui-aBiku-aBiikus, da artista Va-Bene Fiatsi, de Gana; Cegos; Elza; |entre| ladeiras; Humalteridade; Imprudências Poéticas e Mão – Translação da Casa pela Paisagem. 
Pelo Módulo B da Cena Rio Preto, Corpomáquina, Não Tem Véu, Nem Réu, Tem Revolução! e Teoremas serão apresentadas gratuitamente dentro da programação do Graneleiro.

Vale lembrar que o Graneleiro terá um total de 26 atrações em suas oito noites, todas com entrada gratuita. Encenada dentro de ônibus circular em movimento, a peça Os Minutos que se Vão com o Tempo também é gratuita. Para assistir, o espectador deverá adquirir a passagem do transporte coletivo, à venda na bilheteria do Terminal Rodoviário Urbano. A lotação ficará sujeita à capacidade do ônibus.

O público ainda poderá conferir gratuitamente a leitura dramática da obra Fiz bem?/J’ai bien fait, texto da dramaturga francesa Pauline Sales, que estará presente no festival, com tradução do dramaturgo brasileiro Pedro Kosovski. A leitura dramática será feita por Fabiano Amigucci, Simone Moerdaui, Glauco Garcia e Vanessa Palmieri, da Cia. Cênica. 
Confira dias e horários na programação completa do FIT Rio Preto 2019, que pode ser acessada no site fitriopreto.com.br.

SERVIÇO

FIT Rio Preto 2019 – 50 anos de história

Até o dia 13 deste mês

Saiba mais e compre ingressos: fitriopreto.com.br

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